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Os dias passavam bem, uma calmaria que só. Hyunjin já não estava regredindo tanto, o que era bom, estava conseguindo lidar com seus sentimentos de forma sóbria, isso era bom em sua cabeça. Ter Jehee era como um calmante, ela escutava a dupla, tratava eles bem e sempre oferecia segurança.

Tardes com pipoca e refrigerante, chás da tarde, brincadeiras e jogos, troca de playlists que estavam obcecados no momento... tudo estava incluso.

Changbin rezava mentalmente para que a temporada de estadia da irmã durasse muito mais que o tempo real.

Além disso, o natal se aproximava, trazendo consigo, a esperança e felicidade. Essa data era muito importante para todos, principalmente para Changbin, que gostava de tudo perfeito, organizado e bonito.

Seo era rígido em questões comemorativas. Não gostava de nada de qualquer jeito.

Já era dia 20 de dezembro, precisavam fazer as compras, para não passarem o sufoco de comprar tudo na véspera.

Então, cada um se vestiu de uma forma confortável e foram ao mercado. JeHee dirigia, Hyunjin estava na frente e Changbin atrás, relendo a listinha que tinha feito, novamente.

(...)

- Jinnie, pode buscar as batatas? Vou passar no açougue. - Disse Changbin.

- Uhum, já volto amor.

- Eu vou buscar os sucos então. - Jehee se despediu, sumindo entre os corredores.

(...)

As compras foram finalizadas. Haviam mais de quinze sacolas, eles realmente se empolgaram. Todos contribuíram para subirem com as sacolas relativamente pesadas. Os garotos fizeram questão de deixar as mais leves para Je, não que a achassem fraca, mas sim pois não queriam que ela fizesse esforços.

Enquanto guardavam os conteúdos, JeHee sentiu o telefone vibrar. Era um número desconhecido, fora da lista de contatos.

Saiu da cozinha e foi até a sala, atendendo o celular.

- Alô? - Perguntou a moça.

- JeHee, finalmente. - Uma voz adulta ecoou pelo outro lado da linha, causando arrepios em Seo. Essa voz era familiar, mas nada agradável.

- Por que está me ligando? - Perguntou, se contendo para não se exaltar.

- Você continua a mesma mal educada de sempre, não é? - Riu em descrença. - Está com Changbin? Certeza que estão em Incheon. Ele deve estar aí com aquele idiota que tirou nosso filho de casa.

- Por que está nos procurando depois de tantos anos? É natal, dá um tempo. Hyunjin não é idiota, comece a tomar medida das sua palavras.

- Seu pai estava insistindo, queria saber de vocês. Pare de lidar com Changbin como se fosse uma criança.

- A consciência dele pesou? Quer recompensar os vinte anos que mal parou em casa? Vocês não têm porque vir agora e querer falar com a gente.

- Ei garota, qual seu problema? - Perguntou amargamente, a mulher do outro lado da linha.

- Fala sério, parem de nos procurar. Changbin não quer falar com vocês, não ousem tentar contatar ele. Tchau. - Desligou.

Por que justo agora, o casal de genitores resolveria falar com os filhos? Jehee bufou, soprando a própria franja. Situações como aquelas não eram recorrentes, porém, quando falavam de seus pais, uma irritação aguda crescia em si estranhamente. Ela odiava ter contato com aqueles que preferiam status, dinheiro e tempo do quê a própria família.

Resolveu poupar os meninos de terem que ouvir sobre aquilo. Não queria arruinar a data tão especial e desejada, principalmente por Binnie.

(...)












Os dias passaram bem, porém Jehee ainda tinha aquela maldita ligação em sua mente.

- Noona? - Changbin chamou novamente, estralando os dedos na frente da irmã. - Está tudo certo?

- S-sim, estou bem, vamos continuar... - Voltou a moldar os biscoitos cuidadosamente.

Era um momento muito especial para ambos. Hyunjin tinha ido até uma loja de doces para comprar uma torta, levando consigo Kkami.

Era uma manhã de véspera de natal, finalmente. O trio estava muito feliz, preparando tudo para ficar milimetricamente impecável. Changbin estava se divertindo tanto com a irmã , o sorriso do mesmo aquecia o coração de Hyunjin. Ele sabia como a mais velha o fazia bem, por isso prezava por sua presença.

(...)

- Binnie, não fique de cabelo molhado amor, vai adoecer, também coloque as meias. Vem cá. - Puxou o pulso do namorado, o mandando sentar na cadeira. Pegou o secador e começou a secar os fios negros e sedosos do mais baixo. Hyun adorava as ondas naturais de Seo, mas estava muito frio para deixar as madeixas secarem naturalmente.

- Espera, rapidinho. - Buscou um par de meias que comprou especialmente para aquele momento. Eram meias natalinas, decoradas e estampadas com elementos que simbolizavam o natal. Abriu e colocou nos pés de Changbin. - Espera mais um pouco por favor! - Hyunjin riu, Changbin se perguntava o que tanto o outro queria.

Hyunjin pegou a câmera digital e fotografou o namorado, sentadinho, com os olhos mais redondos e bonitos do mundo.

- Olha que lindo meu gatinho! - Hyunjin exclamou, logo ganhando um abraço em sua cintura. As bochechas antes pálidas, tomaram um tom rosado, graças ao elogios.

- Sabe que eu te amo muito, né. - Changbin, ainda sentado, abraçava Hwang, olhando para cima, exatamente como um gato.

- Eu te amo muito, amor. - Acariciou as bochechas salientes.

(...)

Comiam rindo, felizes e imersos ao mundo real. Aquela atmosfera familiar e agradável que preenchia os corações doces do trio. Até mesmo a cadelinha, que comia seu jantar, contente, abanando o rabo.

Porém, o som da campainha insistente fez todos direcionarem seus olhos para a porta. Hyunjin levantou uma sobrancelha, se perguntando quem era.

- Eu atendo, um segundo. - Hwang se levantou, indo até a porta. Abriu a mesma e deu de cara com um casal, ambos bem vestidos com roupas aparentemente caras. Olhavam em volta com desgosto. A mulher batia o salto sistematicamente, causando um barulho chato.

- Posso ajudar? - Hwang perguntou.

- Ei, garoto, por acaso aqui mora Seo Changbin? - Perguntou a mulher, encarando o moreno de cima a baixo.

- A-ah, sim, quem são vocês? - Logo sentiu seu peito ser empurrado, tendo a visão do casal entrar sem mais nem menos no apartamento.

- Changbin, filho. - A mulher disse. Aquela voz fez Changbin olhar para o lado, enquanto tinha um biscoito em mãos, boquiaberto. Seu coração estava acelerado, por que eles estavam ali?

- M-mãe... p-por que, ah, por que estão aqui? - Changbin perguntou, apertando suas próprias mãos debaixo da mesa.

Meu pequeno JinnieOnde histórias criam vida. Descubra agora