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— Viagem em família! — Taehyung estava sentado no colo de Namjoon sendo abraçado. — Nunca achei que isso iria acontecer tão cedo. Só não tá melhor que minha lua de mel.

— Amor, é uma missão. — Yoongi disse, dando algo para Tae comer e fazer silêncio, senão ele soltaria mais besteiras. — É trabalho. 

— Viagem em família! Jimin trouxe roupa de banho que eu vi. 

— Quero ir ver o mar e eu mereço, trabalho tanto. 

Seokjin estava sorrindo, um dos melhores presentes que ganhou quando se casou foi sua família do clã Jeon. Não sabia até esses dias o significado de ter uma família. Antes que pudesse fazer mais parte daquela conversa, seus olhos correram até Jungkook no pequeno avião, ele geralmente se isolava e era irredutível. E desde a última conversa que tiveram, seu Jungkook não estava mais agindo como antes. 

Depois que o avião decolou, Jungkook entrou numa parte que tinha um quarto. Imediatamente a família toda olhou para Seokjin que suspirou, mesmo que Jungkook fosse difícil de lidar, ele não era de se isolar principalmente se Taehyung estivesse perto. Por isso Yoongi sempre estava tenso, pois Jungkook não tinha problemas em falar se achava algo de errado com Tae. 

— Amor? — Jungkook estava deitado do jeito que fazia quando estava querendo dormir. — Posso deitar? 

— Você confia em deitar ao meu lado? 

— Jungkook… — Seokjin reclamou. — Você não entende que eu não queria gerar mais problemas? Por conta da briga entre você e Alejandro de Bogotá seu avô morreu, quase perdemos o Tae e eu quase te perdi. Imagine brigar com ele e com Kang. Amor, me escute. 

— Eu matei a mãe daquele filho da puta, matei quase todo o cartel dele e desmembrei ele. E irei desmembrar o outro braço dele. — Jungkook não se virou na cama. — E quanto a Kang, irei mostrar a ele o que é perder um filho. 

— Jungkook, são crianças…. — Seokjin o puxou pelos ombros. — Você não vai matar nenhuma criança. 

— Você perdeu nosso filho por culpa deles. Um filho pelo outro filho. 

— Não… Jeon Jungkook, não. Não. Você pode ser tudo, mas não um monstro que mata crianças. 

— Porra, Seokjin. Eles mataram o meu filho, o seu filho. Eu quase perdi você. E ainda você tem a coragem de esconder a informação sabendo do que eles são capazes? — Jungkook se levantou irritado, batendo as mãos na cama. — É sua cabeça que está em jogo. Se você saísse sem os seguranças como sempre faz? Você ia parar na porra da cama de Alejandro de Bogotá e ele iria te estuprar, porra. Não entende a gravidade? Eu vou matar a criança, vou matar os dois filhos da puta, vou acabar com o cartel de Alejandro de Bogotá e com o clã Kang. 

— Amor… — Seokjin chegou perto de Jungkook, segurando ele pelo rosto. Aproximando seus rostos. — Eu sei que você tá com raiva, não foi intencional, muita coisa aconteceu, eu passei só por várias perdas de nossos filhos. Eu sei que te escondi, sei que não confiei em você, não me importo se vai matar o mundo, eu te ajudarei a matar o mundo, mas se matamos uma criança, a próxima poderá ser a nossa e eu quero ter um filho seu, meu Jungkook. Eu preciso de um filho seu. Eu… — Ele apertou os olhos, tentando segurar as lágrimas. — Não faça isso. 

—  Me prometa que vai me contar as coisas? — Jungkook segurou o rosto de Seokjin pelas laterais, passando ambos os lábios um no outro. O beijando no rosto devagar, sentindo-o com certa ânsia. — Me prometa que se eu não reagir da forma mais humana possível, você vai me lembrar que eu não sou um monstro. 

— Me desculpa. Por favor, me desculpa. 

— Eu sempre irei te perdoar. 

O beijo foi simples, era um beijo que raramente davam um no outro. Era um beijo calmo, em que Jungkook sentia os lábios de Seokjin passando pelos seus devagar, sem pressa e com levava. 

Let it burn | JINKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora