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A confirmação do clã Jeon no evento tradicional de clãs, máfias e cartéis era como a volta do rei que fundou o crime no mundo em seu lugar de origem. O clã Jeon estava na mesma proporção de um imperialismo no meio daquele monte de criminosos, todos queriam tocar em Jungkook, a promessa do velho Jeon. Raramente Jungkook era visto em eventos, ele também não era simpático o suficiente.

— Senhor Jeon, seja bem vindo… — o anfitrião do ano era Park Hyuk, pai de Jimin. — Fico feliz que tenha vindo. Meu filho deve ter feito um ótimo trabalho. 

Park Hyuk era um homem já com seus 50 anos, líder do Clã Park que para ter apoio do clã Jeon, ofereceu Jimin como moeda de troca achando que Jungkook o aceitaria como ômega. Mas na época, Jungkook já havia conhecido Seokjin que convenceu a aceitar a proposta, aceitando Jimin no clã Jeon, mas não como amante e sim como um integrante. Na época, com raiva, Park Hyuk retalhou, matou alguns membros do clã, mas Jungkook era intenso quando o assunto era vingança. Ele acabou matando, sem querer, a terceira esposa de Park Hyuk, uma das madrastas de Jimin. Levantando assim a bandeira branca. Alguns meses depois Hoseok, que é o chefe de segurança do clã Jeon pediu a mão de Jimin em casamento para Seokjin. 

— Jimin não se preocupou em me dizer nada, Park Hyuk. Seu filho é leal ao clã Jeon, ao clã que lhe deu uma vida para viver, mas… — Jungkook olhou ao redor devagar, então seus olhos foram imediatamente numa figura esguia. Seu sogro. — Me surpreende que queria tanto minha presença, mas convidou Kim Seojon. Eu devo o matar aqui hoje? 

Ao ouvir o nome do pai, Seokjin ficou tenso, sentindo a mão de Jungkook em sua cintura, tentou relaxar, mas nada seria o suficiente naquele momento. 

— Farei de tudo para que vossas presenças não se colidem. Peço desculpas desde já. 

Como perdoar? Dentre todos os atos humanos mais cruéis, o perdão é de longe o mais dolorido. 

— Nada vai acontecer com você. — Jungkook falou baixo, virando o marido frente a frente. — Eu estou aqui, nada vai acontecer com você. 

— Tudo bem. Eu só estou um pouco nervoso. — Antes que pudessem selar os lábios, Seokjin sentiu um cheiro característico. Um cheiro que lhe regurgitar e tentar se aproximar mais de Jungkook para correr da sensação. 

Alejandro de Bogotá estava perto, tão perto que não deu tempo de Jungkook colocar Seokjin mais para trás de si. O homem, um alfa lúpus tão forte e presente em sua presença quanto Jungkook, pegou a mão direita de Seokjin e levou até os lábios. 

— Mi amor… — Alejandro disse, olhando nos olhos de Seokjin. Ele era um homem bonito, de pele bronzeada, cabelos grandes e barba sempre alinhada. Seus olhos tinham cores diferentes, era o que lhe entregava na multidão, os malditos olhos. — Senti sua falta. Jeon Jungkook lhe trancafiou? 

— A bandeira branca não me impede de estourar seu estômago, Alejandro. Quer perder seu outro braço também? — Jungkook chegou perto do homem, ombro com ombro, segurando uma arma apontada para barriga escondendo da multidão, mesmo que todos estivessem de olho naquele encontro. — Não encoste. Não olhe. Não respire perto do meu ômega. 

— Oh desculpa, Jeon. Não sabia que ainda era tão ciumento. 

Seokjin se virou à procura de um de seus seguranças que estendeu um pequeno frasco de álcool em gel, derramando em sua mão. Tentando tirar o ranço que era sentir aquele beijo e não ter o que fazer além de sentir pavor. 

Alejandro de Bogotá era como um bicho venenoso, mortal e traiçoeiro que não estava no mundo para se defender e sim apenas para atacar sem se alimentar. 

— Me ofende desse jeito, Mi amor. 

Seokjin não respondia Alejandro, sabia que se falasse a voz não iria sair. 

Let it burn | JINKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora