Na sombra da yakuza - sakuatsu [tradução]

Capítulo 2

A busca de Osamu por Atsumu ficava mais desesperada a cada dia que passava. Ele vasculhava incansavelmente as ruas de Inarizaki, seus olhos buscando cada sombra, seus ouvidos atentos a qualquer sussurro do nome de seu irmão. No entanto, Atsumu permanecia tão evasivo quanto um fantasma, não deixando rastros para Osamu seguir. Suas investigações o levaram por um labirinto de becos sem saída e meias-verdades, cada uma mais frustrante que a anterior. A cidade que antes parecia um lar agora se fechava ao seu redor, uma prisão que ele mesmo criou.

Enquanto o mundo de Osamu desmoronava, Atsumu começou a construir um novo dentro da yakuza de Itachiyama. A dureza de sua nova vida era um contraste gritante com a gaiola dourada que ele havia deixado para trás. Os dias eram longos e punitivos, mas ele encontrava uma satisfação sombria na dor, como se fosse uma penitência por seus fracassos percebidos. Ele aprendeu a navegar nas águas traiçoeiras da lealdade e do engano, cada movimento seu calculado e preciso.

Como Atsushi Kitamura, ele se tornou uma força silenciosa dentro do clã Itachiyama. Seu charme natural e astúcia lhe renderam o respeito de seus novos irmãos, e Sakusa o tomou sob sua proteção, preparando-o para a grandeza. As lições eram duras, mas Atsumu as absorveu avidamente, cada uma um passo mais longe da sombra de Osamu. O irmão que ele outrora idolatrara era agora uma lembrança desbotada, substituída pelo aço frio de sua nova identidade.

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| Atsumu ponto de vista |
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Através do submundo obscuro de Itachiyama, a nova identidade de Atsumu ficava mais forte a cada dia que passava. O nome Atsushi Kitamura começou a parecer uma segunda pele, moldada para se ajustar aos contornos de sua nova vida. E então, uma noite, Sakusa Kiyoomi, o líder de Itachiyama, o chamou em seu escritório, uma sala adornada com os despojos de vitórias passadas e os sussurros de conquistas futuras. O ar estava pesado de antecipação enquanto o líder da yakuza de Itachiyama traçava um mapa da cidade, traçando um caminho com um dedo manchado de carmesim.

— Hoje à noite — disse Sakusa, com os olhos brilhando com um brilho predatório — você vem comigo.

O coração de Atsumu disparou com a perspectiva. Não era apenas um exercício de treinamento; era algo real. Uma missão que testaria sua lealdade e sua coragem. Ele assentiu, com a garganta seca.

— Qual é o objetivo?

Sakusa recostou-se na cadeira, o couro rangendo sob seu peso.

— Hoje à noite, vamos enviar uma mensagem para uma gangue novata que está invadindo nosso território. Vocês serão meus olhos e ouvidos. — Atsumu sentiu um arrepio de excitação e medo.

Era isso. Sua primeira missão para a yakuza de Itachiyama. Ele estava treinando para esse momento, mas a realidade era mais gritante do que qualquer luta de sparring ou sessão de estratégia. Era vida ou morte, e as apostas eram maiores do que ele jamais imaginara.

Ele respirou fundo e assentiu.

— Eu entendo.

O ar da noite estava frio e úmido quando eles partiram, as luzes de neon da cidade lançando um brilho berrante sobre as ruas escuras. O coração de Atsumu batia forte em seu peito, seu pulso ecoando em seus ouvidos. Eles se moviam como sombras, silenciosos e rápidos, serpenteando pelos becos. Seus olhos disparavam de telhado em telhado, procurando por sinais de perigo, seus sentidos aguçados a um nível febril.

O alvo era um bar sujo, um conhecido ponto de encontro dos membros da gangue. Atsumu seguiu Sakusa, sentindo a tensão aumentar a cada passo. O fedor de medo e desespero pairava pesado no ar, uma presença palpável que fazia sua pele arrepiar. Suas mãos coçavam pelo peso reconfortante de uma arma, mas ele sabia que era melhor não chamar atenção para si mesmo.