capítulo cinco.

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Rowan White

   OBSERVO MINHA pequena luz sair bufando do prédio, totalmente irritada.

Corrigindo, irritada e excitada.

  Soltar ela foi sem dúvidas uma das coisas mais difíceis que já fiz, eu estava duro, duro para caralho. O cheiro dela, sentir seu corpo quente, seus suspiros, a maciez de sua pele, tudo era tentador. Eu a teria fodido ali mesmo, naquele chão empoeirado, teria a marcado em todos os lugares, teria beijado cada pedaço de pele que eu encontraria e fodido seja Cristo, ela teria gostado.

  Mas não era essa a minha ideia, não era isso que eu tinha em mente. Eu planejava transformá-la em algo obscuro primeiro, torná-la uma de nós, e então eu daria prazer porque só aí ela entenderia o significado real do prazer combinado a dor.

  Ela era minha e poderia negar, me mandar para o inferno a casa do caralho ou até mesmo para uma igreja, mas isso não apagaria o fato de que ela é minha, não importa o quanto negasse, resistisse ou Adelaine pedisse para que eu a deixasse em paz.

  Saio daquele maldito prédio sujo, e fiz uma nota mental para lembrar alguns idiotas de limpá-lo amanhã, havia gostado de perseguir Naomi ali, foi reconfortante e excitante demais para não fazê-lo novamente, mas não poderia deixar ela voltar a um lugar sujo como aquele uma outra vez. Ela merecia mais, muito mais.

  Chego em nossa mini república, só viviam nós três lá, embora as vezes aceitavamos visitas de alguns outros colegas, principalmente quando tinham algo a nos dizer. Adentro a sala principal vendo Dylan assistindo um documentário de como degolar alguém, franzo a sobrancelha e desvio meu olhar, de todos nós Dylan parecia viver sempre com sede de sangue, parecia a porra de um vampiro. Pouco falava, mas sempre que abria a boca dela só saiam comentários sarcásticos e ofensas, era quase como se não soubesse conviver em sociedade como um animal doente.

Quando ele me olha me analisa de cima abaixo seu olhar parando em minha calça, ele estala a língua volta a olhar para a televisão, logo sendo interrompido por Theo que pulava em seu colo plantando um beijo em sua bochecha, rio baixo quando Dylan simplesmente o empurra no chão e aproveita a deixa para chutar sua bunda.

— Não encoste, porra. - ele avisa voltando seu olhar para a televisão, mas um sorriso se formou ao ver Theodoro resmungando de dor. Sádico pra caralho.

Theo vem até mim sorrindo com dificuldade e me olha também dos pés a cabeça abrindo um sorriso, ele murmura algo em Alemão e logo depois da de ombros, com certeza tirando suas próprias conclusões antes de me dar um tapinha no ombro e voltar para a área da varanda de onde ele havia vindo, com certeza Thorne estava chapado demais para ter noção do que estava fazendo.

Decido ignorar e subir em direção ao meu quarto, entrando no mesmo e fechando a porta, me dirijo ao banheiro tirando minhas roupas, meu pau saltando fora da cueca antes de eu ligar o chuveiro, passo a mão nele fechando meus olhos com força antes de começa-lo a esfrega-lo de cima para baixo, lento e forte, em minha mente aparece Naomi, seu corpo pressionado no meu enquanto ela quase gemia, imaginei como ela ficaria com a boca cheia da minha porra, escorrendo por seus lábios enquanto seus olhos grandes estariam com lágrimas porque eu teria fodido a boca dela com força, teria feito ela engasgar mais vezes do que ela poderia imaginar, suas unhas se cravariam em minha coxa com força para ter equilíbrio e eu iria gostar. Gostaria de ser marcado por ela.

  Continuo me masturbando cada vez mais rápido, sentindo as veias saltarem, meu subconsciente me lembra da sensação dos seios de Gray sobre meus dedos e foi impossível não pensar neles em minha boca, se esfregando em meu peito enquanto eu a foderia sem piedade. Gozo com a imagem dela em minha cabeça e a vontade de tê-la ali agora, de invadir seu dormitório e a foder, terminar aquilo que comecei.

  Abro meus olhos e tiro a mão de meu pau deixando a água escorrer o limpando, meu peito subia e descia regulando minha respiração enquanto eu passava a mão em meus cabelos. Um sorriso se forma em meu rosto ao lembrar que na manhã seguinte poderia atormenta-la, pois, eu tinha certeza que ela não facilitaria para mim, não viria de bom grado tomar café ao meu lado.

Gostava de suas lutas, eram excitantes e deixavam minha mente enevoada me fazendo pensar apenas nela, oferecendo-me um pouco de paz.

   Fecho o chuveiro e saio do box enrolado na toalha  indo para a pia. Enquanto me olhava no espelho, notei o corte em meu lábio inferior devido ao jogo de hockey onde Dylan fez questão de me dar uma cotovelada um tanto quanto discreta no rosto. Meus olhos de focam na figura atrás de mim, ela estava ali com seu conjunto de terninho rosa enquanto me olhava com um sorriso, meu coração acelera e forço minhas mãos a continuarem paradas, cerro minha mandíbula e pisco duas vezes, na segunda ela some e eu solto o ar que estava segurando.

  Porra, ela não tinha direito nenhum de me atormentar assim.

    Odiava ela, odiava oque ela tinha feito com uma criança de 7 anos e odiava o fato dela estar morta e não poder me vingar dela. Mesmo dez anos depois eu me ressentia, queria que ela voltasse a vida e sofresse mais, um sentimento egoísta, mas o mundo era repleto disso.

O meu mundo era repleto desses sentimentos.

𝗴𝗼𝗹𝗱𝗲𝗻 𝗲𝗹𝗶𝘁𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora