capítulo 4

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Acordei com o som abafado do despertador ao lado da minha cama

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Acordei com o som abafado do despertador ao lado da minha cama. As cobertas estavam quentes, e o ar gelado da manhã me fez querer ficar ali mais alguns minutos. Ou algumas horas. Talvez dias. A luz suave do sol invadia o quarto pelas frestas da cortina, iluminando os cantos de forma preguiçosa. Ontem à noite foi divertida. Jenny, Jonathan e eu assistimos filmes e conversamos até tarde, como sempre fazíamos. Mas agora era um novo dia, e eu precisava me preparar para a escola. Suspirei, sabendo que a rotina me aguardava.

Estiquei o braço, desligando o despertador e me jogando de volta no travesseiro por alguns segundos, aproveitando o silêncio. Mas logo a mente voltou a trabalhar. A escola, os estudos, as provocações de Nathaniel... Ele sempre estava lá, de alguma forma. Respirei fundo e, com alguma resistência, finalmente me levantei. Pisando no chão frio, senti um arrepio subir pela espinha. Não era fácil sair da cama em uma manhã assim.

Caminhei até o banheiro do meu quarto, ainda meio sonolenta. O espelho refletia meu cabelo todo bagunçado, e uma expressão de quem ainda queria estar dormindo. Abri a torneira, deixando a água correr um pouco antes de molhar o rosto. A água gelada era exatamente o que eu precisava para acordar de verdade. A sensação do frescor na pele me fez abrir os olhos de verdade, me sentindo um pouco mais acordada.

Peguei minha escova de dentes e, enquanto escovava, minha mente vagava. Pensei nos planos do dia, nas aulas que teria, nos amigos que veria. Mas, inevitavelmente, Nathaniel também surgiu nos meus pensamentos. Será que hoje ele vai tentar me provocar de novo? Provavelmente. Ele sempre achava um jeito. Mas eu já estava me preparando mentalmente para ignorá-lo, ou pelo menos tentar.

Depois de terminar a escovação, prendi o cabelo em um coque desajeitado e tomei um banho rápido. A água morna era reconfortante, como um abraço que eu precisava naquele momento. À medida que a água escorria, senti meus músculos relaxarem, e uma sensação de calma tomou conta de mim. Eu adorava esses pequenos momentos de paz, longe de tudo, onde só eu e meus pensamentos existíamos.

Saí do banho e me enrolei na toalha, voltando para o quarto. O cheiro de café fresco começou a invadir o ar, vindo da cozinha. Minha mãe devia estar preparando o café da manhã, como fazia todas as manhãs. Isso trouxe um sorriso leve ao meu rosto. Havia algo incrivelmente tranquilizador em ter uma rotina estável, em saber que certos detalhes nunca mudariam.

Depois de me vestir, desci as escadas com passos lentos, sentindo o piso de madeira debaixo dos pés. Assim que cheguei à cozinha, encontrei minha mãe colocando a mesa. O cheiro do café, das torradas quentinhas e dos ovos mexidos era irresistível.

— Bom dia, dorminhoca! — minha mãe disse com um sorriso afetuoso, colocando uma caneca de chá na minha frente.

— Bom dia. — respondi, me sentando e servindo um pouco de chá. — Dormi bem, mas foi difícil acordar.

— Imagino, com a noite de filmes que vocês tiveram. — ela riu, sentando-se à minha frente. — Aproveitaram bastante?

— Sim, foi ótimo. — respondi, pegando uma torrada e passando manteiga. — Jonathan ficou falando besteira o tempo todo, como sempre.

A Simples Magia da VizinhançaOnde histórias criam vida. Descubra agora