"Não estamos no batalhão, você não é meu chefe aqui."
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S E X T A
DEPOIS DE CANTAR mais uma vez a pedido do público, Gabriela é envolta de aplausos e gritos animados que indicavam que ela havia se saído muito bem, caminhando de volta à mesa que estava sentada, notou que ela estava mais vazia, Neto e Mathias tinham sumido.- Ué' cadê' eles? - Se referiu aos homens desaparecidos.
- Precisaram sair, mas não se preocupa que qualquer coisa a gente te leva. - Geovane disse e a mulher apenas riu levemente desconfortável.
- Você canta muito bem, Parabéns. - Nascimento disse para descontrair, percebendo o desconforto dela.
- Obrigada. - Riu envergonhada, dando um gole em sua cerveja. - Não é todo dia que se canta na presença de um Capitão do bope. - Nascimento também soltou uma pequena risada, ele estava se divertindo pela primeira vez em muito tempo.
- Bem que dizem: Dê bebida à uma mulher e você descobre quem ela realmente é. - Matheus falou, cortando o clima. - Para uma mulher, você é até bem assertiva. - Comentou sorrindo, sem perceber oque estava falando, e o semblante dela é de Nascimento se fecharam, eles pareciam ser os únicos racionais naquela mesa.
- Ah é? - Sorriu sem graça. - Preciso ir, já tá' tarde. - Abriu a bolsa tirando um pouco de dinheiro e deixando sobre a mesa. - Minha parte aí. - Se levantou tentando não deixar transparecer ao máximo sua irritação, caminhou até o lado de fora, sem deixar que falassem nada.
Pegou um cigarro e acendeu, levando a boca, ela raramente fumava, mas alguma coisa dentro dela pedia o cigarro, pensando sobre como andar com Neto e Mathias era furada.
Prestes a começar a caminhar, sentiu um cheiro familiar do perfume masculino até bem conhecido por ela.
- Você vai ir embora sozinha à essa hora mesmo? - A voz grossa perguntou, e como ela já sabia quem era, deu um trago no cigarro e se virou para ele.
- Sim, nunca precisei de ajuda para me defender. - Olhou-o nos olhos, falando com um leve tom de deboche, talvez o álcool já tivesse subido à cabeça.
- Olha como você fala comigo garota. - Repreendeu.
- Não estamos no batalhão, você não é meu chefe aqui, por tanto você não manda em mim, então eu falo como eu quiser. - Riu e deu mais um trago no cigarro, é ela estava bêbada.
Nascimento se conteve para não fazer uma grande besteira ali mesmo, não queria ser culpado de nenhum assassinato, apesar de que aquela mulher estava testando seus limites a muito tempo, mas ele sabia que parte da rebeldia se dava pela bebida que estava dentro dela agora.
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Montenegro
Fanfiction"Policiais convencionais não são treinadas para a guerra, e eu não sou uma policial convencional, eu sou do BOPE, da tropa de Elite da polícia militar." Gabriela Montenegro, futuramente Capitã Montenegro. CAPITÃO NASCIMENTO x (O.C)