CAPÍTULO 2.

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Cumprindo com a minha promessa, como a mulher de palavra que sou, cá estou eu finalizando minha primeira short-fic de YinWar!

Espero que gostem❤️‍🩹

Tirem as crianças da sala, rapaziada, e enfiem o diabo debaixo da coberta junto com vocês.

Curtam o capítulo, também, e comentem o quanto puderem, por favor, para que possamos engajar a história!

Amo vocês 🫂✨

༄˖°.🍂.ೃ࿔*:・

Yin Anan Wong.

31 de Outubro de 2024.

Quinta-feira, 20:47 PM.

— Então...? É isso o que tem para me dizer: "você veio" ? É claro que sim. Ou, se esqueceu de ter fodido comigo ao roubar o meu projeto? Pensou que eu simplesmente ignoraria isso? — Rancoroso, e me sentindo traído e usado para um caralho, cuspo as palavras com a acidez que sobe pela minha garganta.

A decepção é uma vadia má. E o desgosto, bem, nada menos que um aperto no peito, tal qual exprime tudo o que há de bom.

— Aproveite enquanto estou lhe dando uma oportunidade para se justificar, porque, ao meu ver, não há uma explicação boa o suficiente para o que fez — Dito isso, afrouxo meu aperto ao redor do seu pescoço pálido.

Eu não o solto, contudo, temendo que ele fuja, não sei, pela merda da janela, caso eu o deixe livre.

— M-me desculpa — War treme abaixo de mim, o músculo da garganta subindo e descendo rapidamente enquanto seu diafragma trabalha arduamente em sua função de levar o ar até os pulmões.

Observando com certo remorso as marcas avermelhadas deixadas para trás; o contorno perfeito dos meus dedos em sua pele alva, feito 'ferro a fogo', sinto a sua pulsação acelerada dançar sob a minha palma, as veias saltadas pressionadas pelo meu avanço punitivo sobre seu corpo. War tosse, as suas mãos agarrando a minha e segurando-me ali. Curiosamente, ele não me afasta ou tenta escapar, se mantendo à minha mercê. Submisso.

Ele está tramando algo, sei que sim.

— Pensei que estávamos na mesma página, que nossa trégua estava de pé... — Murmuro em confusão, não compreendendo suas motivações e a repentina mudança de comportamento — Eu estou magoado. Confiei em você — Confesso em voz alta, sendo sincero embora possa parecer patético aos seus olhos.

Afinal, quando começamos a nos encontrar fora do ambiente competitivo da faculdade, e da rixa entre nossas famílias, – tais encontros que ocorreram durante grande parte das nossas tardes ao decorrer das últimas três semanas, desde que o aceitei como minha dupla, o meu parceiro de trabalho, e o ensinei tudo sobre Eros – as camadas de hostilidade começaram a se desfazer entre nós. Ou, foi o que tolamente pensei.

— Q-Querido... — Nós estávamos indo bem, como nunca fizemos antes. Portanto, pensei que o passado pudesse ser superado. Nos tornamos confidentes um do outro, em certo ponto. Eu estava errado.

— Não me chame assim, merda! — O empurro para longe de mim, como se tocá-lo me fizesse mal, e War balança a cabeça em negação. A dor da rejeição cintila em seus olhos castanhos, as íris escuras marejadas. Há arrependimento adornando seu semblante.

Eu me importo mais do que gostaria de admitir. E eu quero acreditar nele além do permitido pelo meu bom – péssimo – senso de autopreservação.

Quero que tudo isso seja apenas um engano, e que ele não tenha me usado tão bem.

𝐁𝐀𝐃 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄 || 𝐘𝐈𝐍𝐖𝐀𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora