Capítulo 01

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Uma série de batidas firmes na porta interrompe minha concentração nos documentos

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Uma série de batidas firmes na porta interrompe minha concentração nos documentos.

—Entre.

A porta se abre, revelando Ivan Kuznetsov, meu conselheiro. Aos sessenta anos, ele já tinha servido como conselheiro de meu pai antes de mim.

— Senhora Vorontsov, um dos capos solicita uma reunião urgente — anuncia, enquanto me acomodo na cadeira.

— Quem é? — franzo o cenho.

— Vladimir Vorontsov, senhora.

É a terceira vez esta semana que meu tio exige uma reunião urgente por causa dos malditos italianos.

— Certo — digo, enquanto organizo os documentos sobre a mesa. A porta se abre com força, e Vladimir entra rapidamente, sem se preocupar com formalidades, fechando-a com um movimento firme. Ele impõe sua presença, sua postura ereta e olhar fixo me deixam ciente de sua irritação antes mesmo que ele fale. Cada passo em direção à minha mesa é calculado, demonstrando controle, mas a raiva mal contida ferve em seus olhos.

— Chegaram mais cinco italianos esta manhã. Já são quinze só no meu território.— seu tom é grave, mas carregado de uma agressividade controlada enquanto caminha com passos decididos até mim.

Respiro fundo, mantendo minha expressão neutra. Vladimir raramente perde a postura, mas, quando faz, sempre há um motivo. Ele sabe que o medo é sua ferramenta mais eficaz, mas também sabe quando deve recorrer ao controle. Seus surtos não são sem motivos.

— Eu sei.

— E não vai fazer nada? — Ele inclina o corpo levemente para frente, os olhos estreitos em mim, tentando provocar uma resposta.

— Primeiro, se sente — ordeno, com firmeza, sem alterar o tom

Vladimir trinca o maxilar, mas obedece. Sua obediência não é submissa, é pragmática. Ele sabe quando empurrar e quando recuar. Sentado, seus dedos apertam os braços da cadeira com força, a tensão percorrendo todo seu corpo.

— Respondendo à sua pergunta: não, por enquanto.

A tensão com os italianos cresce: cargas roubadas, aparições nos nossos territórios, confrontos indiretos com alguns dos meus aliados.

— Iskra...

— Não é para atacar, Vladimir. Esta é uma ordem direta, e não estou falando como sua sobrinha — declaro, minha voz cortante. Ele me encara, seus olhos cinza brilhando com uma mistura de irritação e descontentamento. — Estamos de acordo?

Armas Do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora