Capítulo 02

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Já era por volta das onze da noite quando o carro passou pelos portões da mansão Vorontsov

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Já era por volta das onze da noite quando o carro passou pelos portões da mansão Vorontsov. O vento soprava forte, agitando as árvores altas ao redor da propriedade e carregando o som suave das folhas dançando.

A grande estrutura da mansão rústica se erguia imponente à minha frente, com suas paredes de madeira escura, pilares robustos e vigas expostas. A base de pedra grossa sustentava a entrada, marcada por uma escadaria de pedra que levava a uma varanda espaçosa, cercada por balaústres esculpidos. As janelas grandes, com molduras detalhadas, e as várias varandas e terraços ao redor da casa davam um ar grandioso ao lugar.

O telhado inclinado, com seus picos e beirais, acrescentava uma sensação de imponência à mansão. Na frente, uma fonte decorativa no pátio completava a cena, enquanto as janelas escuras refletiam a luz tênue da lua, e as paredes de pedra antiga, cobertas de trepadeiras, pareciam quase vivas sob o brilho da noite.

— Todos já chegaram, menos Arkady. E seus avós chegam amanhã à noite com os Konstantinou — comenta Nikoloz, e eu aceno com a cabeça.

O motorista contornou a fonte e parou em frente à longa escadaria.

— Senhor Petrov — chamei, dirigindo-me ao motorista de cerca de cinquenta e seis anos —, o senhor está dispensado, tenha uma boa noite.

Ele sorriu em agradecimento e desejou uma boa noite em voz baixa.

Saí do carro e comecei a subir a escadaria em passos largos. Tudo que eu mais preciso nesse momento é um banho. Era para eu ter chegado aqui às três da tarde, mas precisei lidar com os iraquianos nervosos porque alguns italianos desembarcaram em Bagdá. Eles estão testando meus limites, tentando ver até onde podem me desafiar e desafiar meus aliados. E isso não vai terminar bem, pelo menos não para eles.

Assim que chego à porta principal da mansão, um dos mordomos a abre.

— Boa noite, senhora — acena em respeito — estão todos na sala principal.

— Obrigada — murmuro.

Quando entro na mansão, sinto a familiaridade me engolir. O espaço do Hall é vasto, com um teto alto que parece se perder nas sombras. O piso de madeira polida brilha sob a luz suave dos lustres de cristal, refletindo um jogo de brilhos que dançam no ar. As paredes, revestidas em um rico tom bordô, são adornadas com molduras douradas intricadas que contêm retratos emoldurados de ancestrais, cujos os olhares rigidos parecem me seguir.

Ao longo de uma das paredes, uma elegante escadaria de madeira escura se ergue em direção ao andar superior, com corrimões de ferro forjado que se curvam suavemente. A escadaria é ladeada por grandes janelas em arco, que deixam entrar a luz do dia, embora as pesadas cortinas de veludo criem um contraste dramático, permitindo apenas um toque de luz filtrada.

No centro do hall, um grande tapete persa cobre o chão, suas cores vibrantes contrastando com o austero ambiente. Um imponente lustre de cristal pendurado do teto lança um brilho suave, iluminando os cantos sombrios e acentuando a atmosfera de sofisticação. Ao redor, pilastras de mármore se erguem.

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