Impulsos Irreversíveis

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Musica vibe do capitulo: Let me Know do Bts
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Ginna olhou para o teste em sua mão, as duas linhas rosa tremulando diante de seus olhos. Ela piscou algumas vezes, tentando focar, na esperança irracional de que aquilo desaparecesse.

Mas não desaparecia. Era real, inegavelmente real. O choque inicial, que antes parecia distante, agora a atingia com toda a força de um tsunami, e a onda de desespero tomou conta de cada célula do seu corpo.

Ela levou a mão à boca, como se tentasse impedir que algum som saísse, mas o soluço que escapou foi quase doloroso.

Lágrimas insistiam em cair, rolando silenciosas por suas bochechas. Tremendo, ela tentou falar, tentou encontrar palavras para responder a Anny, que ainda aguardava do outro lado da linha, mas sua garganta estava fechada, como se todas as palavras tivessem sido arrancadas dela.

—E então, Ginna? O que deu? Fala comigo, por favor!— Anny insistia, a voz claramente ansiosa, já imaginando o pior.

Finalmente, após alguns segundos que pareceram uma eternidade, Ginna conseguiu sussurrar, a voz trêmula e quase inaudível:

— Deu positivo...—

O silêncio do outro lado da linha foi esmagador por alguns segundos, antes de Anny soltar um grito de surpresa.

—O QUÊ? Positivo? Não, Ginna, não pode ser... Tem certeza? Você fez direito?!— Anny começou a despejar perguntas, tentando racionalizar o que acabara de ouvir, mas Ginna não conseguia responder.

Tudo parecia distante, a voz da amiga um eco distante em seus ouvidos.

Ela estava ali, parada, estática, as mãos tremendo tanto que o teste quase escorregava dos seus dedos.

Seu coração batia tão rápido que ela achava que ia desmaiar a qualquer momento. A ficha estava caindo, e o choque a prendia no lugar, incapaz de se mover.

"Isso não pode estar acontecendo," ela pensou, seus olhos arregalados fixos no chão. "Isso não é real, não pode ser. Eu não posso estar grávida. "

O nome dele veio à sua mente como um veneno amargo: Jungkook. Ela odiava aquele nome naquele momento. Odiava a lembrança daquela noite, daquele erro.

Um erro que começou com um impulso bobo, movido pelo álcool, pelas risadas fáceis, pelo olhar encantador dele pela tensão do momento. Ela o odiava tanto por isso.

"Foi só uma vez," ela repetia para si mesma. "Foi só uma noite, um momento de fraqueza de luxuria. Como isso pode ter acontecido? Como eu deixei isso acontecer comigo?"

Anny, que até então estava surtando do outro lado, parou abruptamente ao ver o estado da amiga pela câmera.

Ginna não estava bem. Seu rosto estava pálido, e as lágrimas que agora caíam incontrolavelmente mostravam o quão quebrada ela estava.

—Ginna... Ginna, pelo amor de Deus, respira, tá? Calma, por favor,—Anny pediu, sua voz suavizando um pouco, mas o pânico ainda evidente. Ela sabia que Ginna estava prestes a desmoronar de vez.

Ginna não se moveu. Ela mal conseguia respirar direito, o peso de tudo aquilo esmagando seu peito como um bloco de concreto.

Sentiu suas pernas fraquejarem e, antes que percebesse, se abaixou no chão, sentada de qualquer jeito, encolhida.

Um soluço doloroso escapou de seus lábios, enquanto ela enterrava o rosto entre as mãos, os ombros sacudindo com o choro.

—Não pode ser... eu não posso estar grávida... eu não posso...— ela repetia, como se pudesse se convencer disso.

Segredos sob os HolofotesOnde histórias criam vida. Descubra agora