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⋆.˚ 𓆉 𓆝 𓆡⋆.˚ 𓇼
[Nome] Ayane
Eu acordei, mas dessa vez não era de manhã e nem tinha despertador tocando. Ainda estava de noite, eu tava toda suada e morrendo de sede, olhei meu celular , eram 1:00 da manhã . Quando olhei pro lado vi Elis dormindo tranquilamente.
Desci as escadas tentando fazer o máximo de silêncio possível pra não acordar a tia mei, que provavelmente estaria dormindo em seu quarto. Fui ao banheiro e logo em seguida fui até a cozinha, coloquei um bastante água em um copo e bebi.
Eu tava com fome, provavelmente por não ter jantado e ter dormido a tarde toda. Como era muito tarde eu resolvi ir em uma loja de conveniência aqui perto,não queria fazer barulho e nem incomodar a tia mei .O meu bairro era seguro então não tinha problema, além da lojinha ser na minha rua e ter guardinhas na rua.
Como estava com uma roupa "normal" não me troquei, apenas peguei meu celular e um pouco de dinheiro. Sai devagarinho de casa. Mandei uma mensagem pra tia mei, pra caso ela acorde e acabe ficando assustada por eu não estar em casa.
A lua estava bem visível no céu, era uma noite muito linda, as estrelas estavam quase perfeitamente visíveis. Fui na primeira loja de conveniência aberta, procurando algo que poderia comer, que fosse rápido e bom.
Entrei na loja, que estava vazia, peguei um bolinho de morango e uma caixinha de suco de maracujá, o meu preferido. Fui até o caixa e paguei as coisas, o que não foi tão caro. Aproveitei que estava sem um pingo de sono e andei até uma praça, nessa praça tinha uma ponte, que dava uma vista muito bonita pro rio.
Fiquei na "beira" da ponte, apenas observando o rio e a lua refletida na água,o que era uma visão realmente bonita. Sentia a brisa suave do vento deixando o ambiente agradável e relaxante. Aproveitei esse momento pra pensar sobre as coisas que tinha acontecido no dia anterior.
A primeira coisa que eu pensei foi naquele sonho esquisito, que dava mais pra pesadelo, eu odiei ter que rever aquele momento, o momento mais triste dessa vida, e espero que um dos únicos, o que com certeza não vai ser. Eu sofri bastante nas outras vidas, merecia pelo menos ser feliz nessa...eu acho.
A segunda coisa que eu pensei foi no garoto que me ajudou quando eu tava desmaiada. Eu sabia de vista quem ele era, eu já tinha visto ele algumas vezes no corredor da escola, mas só de longe. Ele sempre tava com o irmão gêmeo dele, e também sempre tava com uma cara irritada,de acordo com a Akemi ele parecia preocupado...talvez ele seja alguém legal.
Eu tava perdida nesses pensamentos, quando derrepente senti alguém puxando o meu pulso, eu fiquei tão assustada que a minha primeira reação foi gritar.
"Eu vou ser assaltada? Ou sequestrada" – pensei assutada com o que poderia acontecer.
Quando olhei pra pessoa que puxou meu pulso fiquei confusa e surpresa. Era aquele garoto da sala do chifuyu, sim, o do cabelo azul, o que supostamente me ajudou a ir pra enfermaria.
Ele usava um uniforme preto com umas coisas escritas, era como o que o chifuyu usava, o da toman.Olhei pra ele confusa, ele ainda segurava meu pulso.
– o que você tá fazendo? - eu pergunto confusa,ele me olhava irritado e preocupado, ainda sem soltar meu pulso, como se tivesse medo que eu fizesse algo.
– o que você tá fazendo? - ele repete a minha pergunta, dando ênfase na palavra "você" – você acha que se matar é a solução? Já pensou no que as pessoas que ficariam, os seus amigos, sua família...ja pensou como eles ficariam? –soltei uma leve risada, ele realmente achou que eu ia me jogar no rio. – por que você tá rindo?? Eu tô falando sério – ele fala irritado, apertando um pouco mais o meu pulso. Até que era fofa aquela expressão irritada.
– eu não ia me jogar – falo calma, ele faz uma expressão confusa – eu só tava olhando o reflexo da lua no rio, apenas observando.
– ah...– ele fica meio envergonhado e solta meu pulso – sério mesmo? – eu faço que sim com a cabeça. —me desculpa, eu só fiquei preocupado achando que você ia se jogar...
– relaxa, eu fiquei um pouco confusa no começo, mas você só queria ajudar... então não precisa se desculpar... – falo tentando deixar ele menos envergonhado.
Olhando de perto ele não parece estar "de mal com a vida" era só o jeitinho dele. Uma coisa eu não podia negar, ele é bonito, tem um cabelo bem cacheadinho, quase crespo e azul, tem olhos azuis lindos e um rosto fofo.
" Eu deveria tentar conversar mais com ele...ele parece legal" – pensei
– bem... não é seguro você ficar aqui sozinha e a essa hora da noite – ele fala meio preocupado.
– relaxa, esse bairro é seguro.
– mas mesmo assim, você tem que tomar cuidado, nunca se sabe o que pode acontecer – ele fala me olhando, com olhos preocupados.
A luz da lua iluminava o rosto dele, aí eu percebi o quão bonito ele é. Ele tinha uma expressão meio irritada, mas fofa, seus olhos eram do azul mais lindo que eu já vi.
O silêncio toma conta por uns segundos, deixando o clima meio constrangedor, ele quebra o silêncio.
– eu acho melhor você ir pra casa...ou melhor, eu pelo menos te acompanhar, já tá tarde, eu não posso te deixar sozinha á essa hora da noite...– ele diz olhando pra mim, falando essas coisas em um tom de certeza.
– não precisa, eu vim aqui por um motivo – levanto as sacolas com o bolinho e o suco que eu tinha comprado – afinal comer olhando a lua refletida na água é bem menos sem graça do que comer na loja de conveniência – falo rindo levemente.
Ele olhou pra mim com um olhar como se dissesse " garota estranha". Me sento em um banco que era de frente pro rio, aponto pro espaço ao meu lado indicando pra ele se sentar alí. O garoto me olha confuso, mas mesmo assim se senta ao meu lado.
– quer um pedaço? – falo estendendo um pedaço do meu bolinho de morango.
– não... obrigado – ele nega, mas eu insisto e ele acaba pegando.
– você é a garota que eu ajudei mais cedo... cê lembra? – ele fala meio envergonhado, enquanto come o pedaço do bolinho.
– não...mas me falaram que foi você que me ajudou, aí eu fiquei tentando lembrar quem era.
– você não deve lembrar, tava desmaiada... você se sente melhor? – ele pergunta em tom preocupado e curioso.
– sim, não era nada grave...e obrigada por ter me ajudado, de verdade – sorrio levemente.
Ele me olha por uns segundos, com um olhar estranho e depois fala:
– de nada...era o mínimo...– ele fala baixinho e olhando pro lado – essas coisas acontecem sempre?
– hoje foi a primeira vez...
– você ficou bem, certo? – ele pergunta olhando pra mim, com aqueles lindos olhos azuis.
– sim...e novamente, obrigada – sorrio levemente.
– tava todo mundo olhando a briga, só as suas amigas tentaram te ajudar...eu não podia deixar alguém que precisava de ajuda sozinha – ele fala desviando o olhar do meu rosto.
– isso é gentil da sua parte...de verdade..– dou uma leve risada.