PDV RHAENYRA TARGARYEN
ANO 121 D.C
Enquanto o sol se punha sobre Porto Real, a Princesa Rhaenyra observava seu irmão, o Príncipe Aemond Targaryen, cabisbaixo à beira da muralha do castelo. Ele olhava atentamente para os dragões que sobrevoavam o céu, cada um mais grandioso que o outro. Sua expressão era de fascínio e desejo, mas também de uma melancolia que Rhaenyra reconhecia bem.
Ela se aproximou silenciosamente e colocou a mão em seu ombro. Aemond se sobressaltou, mas relaxou ao perceber que era sua irmã.
— Alguma vez pensou em domar um dragão, Aemond? — perguntou ela, a voz suave, mas cheia de curiosidade.
Ele assentiu, sem desviar o olhar dos dragões.
— Sim. Sempre. Não quero mais apenas olhar para eles. Quero montar um dragão poderoso. Não um filhote... quero um dragão adulto. Algo como Vermithor ou Asaprata. — A voz de Aemond era firme, e Rhaenyra viu o brilho de determinação em seus olhos.
Rhaenyra sorriu, orgulhosa do desejo de seu irmão. Ela sabia o quão importante era o laço entre um Targaryen e seu dragão, e o quanto Aemond ansiava por essa conexão.
— Então, vamos para Pedra do Dragão. Lá, você poderá encontrar um dragão digno de sua coragem. — Ela falou, os olhos fixos nos dele, medindo sua reação.
Aemond arregalou os olhos, surpreso e animado.
— Agora? — ele perguntou, com um misto de hesitação e excitação.
— Sim, agora. Não há tempo a perder, e a vontade de um dragão não espera. Suba em Syrax comigo. Vamos encontrar o dragão que você busca. — Rhaenyra sorriu, tomando a mão de Aemond e levando-o para o Fosso dos dragões.
Logo, ambos subiram em Syrax. O grande dragão dourado os ergueu aos céus em um movimento poderoso, e Porto Real se tornou apenas um ponto à medida que se afastava em direção a Pedra do Dragão. A jornada foi rápida, o vento assobiando ao redor deles e o coração de Aemond batendo em expectativa.
Ao chegarem, Rhaenyra guiou Aemond até os caldeirões de lava, onde muitos dos dragões da Casa Targaryen repousavam. O chão retumbava com os passos pesados das criaturas e o ar era carregado com o calor de suas respirações flamejantes.
Eles se aproximaram da caverna onde Vermithor, o velho dragão de Jaehaerys I, estava deitado. O imenso dragão bronze parecia dormir, mas, ao sentir a presença dos visitantes, abriu um olho dourado, fixando-o em Aemond.
Rhaenyra fez um sinal de incentivo para o irmão, que deu um passo à frente, os olhos brilhando de emoção e temor. Com a respiração pesada, ele se aproximou lentamente de Vermithor, estendendo a mão em um gesto cuidadoso e respeitoso.
— Lembre-se, Aemond — disse Rhaenyra — os dragões podem sentir seu coração. Mostre-lhe seu respeito e sua força.
Aemond respirou fundo, enfrentando o olhar penetrante de Vermithor, determinado a mostrar que era digno. O dragão pareceu avaliar o jovem príncipe, soltando uma baforada de ar quente que fez os cabelos de Aemond se agitarem. Finalmente, Vermithor abaixou a cabeça, aceitando sua presença.
Rhaenyra sorriu ao ver a determinação de seu irmão e deu um passo atrás, permitindo que Aemond e Vermithor se conectassem sozinhos. Ela sabia que aquele era apenas o começo de uma jornada. Com um dragão ao seu lado, Aemond se tornaria uma força a ser reconhecida.
Quando o momento passou, Rhaenyra se aproximou novamente, colocando a mão no ombro de Aemond.
— Está pronto para voar? — ela perguntou.
Aemond, com um sorriso confiante e o olhar cheio de determinação, assentiu. Eles retornariam juntos para Porto Real, mas desta vez, Aemond estaria montado em um dragão. Ele estava um passo mais perto de se tornar o homem que sempre desejou ser.
[...]
De volta a Porto Real, o retorno de Rhaenyra e Aemond com o imponente Vermithor foi recebido com uma combinação de surpresa e admiração. Enquanto os servos e soldados observavam o dragão aterrissar nas colinas próximas à Fortaleza Vermelha, boquiabertos com a visão, o Príncipe Aemond desceu do dragão com um olhar de triunfo nos olhos, ainda respirando forte pela emoção da conquista.
Harwin, que havia acabado de chegar ao pátio, foi o primeiro a se aproximar. Seu rosto exibia um sorriso orgulhoso enquanto ele colocava uma mão firme no ombro de Aemond.
— Parabéns, rapaz. Domar um dragão adulto não é uma tarefa fácil — elogiou Harwin, com uma mistura de respeito e orgulho.
Jacaerys, que tinha chegado ao pátio com seu pai, se aproximou e olhou para o tio com admiração. Embora Aemond fosse mais velho, havia algo na atitude do Príncipe que fez Jacaerys se sentir genuinamente impressionado.
— Tio, isso foi incrível! — disse Jacaerys, com os olhos brilhando. — Vermithor é um dos maiores dragões vivos. Isso faz de você um verdadeiro Targaryen.
Aemond, que raramente recebia esse tipo de reconhecimento, manteve-se humilde, mas havia um brilho de satisfação em seu olhar enquanto ouvia as palavras do sobrinho. A princesa Helaena, que havia se juntado ao grupo, observou o irmão com um sorriso caloroso.
— Eu sempre soube que você iria conseguir o que queria, irmão. — disse Helaena, o orgulho visível em sua expressão.
— Uau...Ele é enorme, Mond. — Dessa vez quem falava era seu irmão caçula, Daeron, com uma expressão encantada.
— Kepus, isso foi incrível! Quando Arrax estiver grande o suficiente, poderemos voar juntos. — Seu sobrinho Luke falou com os grandes olhos castanhos brilhando em expectativa e empolgação.
Não demorou para que o Rei Viserys, avisado da chegada triunfante de Aemond, se dirigisse ao pátio. Ao ver o filho caçula, que agora era um cavaleiro de dragão, Viserys se aproximou, visivelmente emocionado. Ele colocou as mãos nos ombros de Aemond e o olhou nos olhos.
— Meu filho, você alcançou um grande feito hoje. — Viserys declarou com um tom solene. — É um grande orgulho para mim e para toda a nossa Casa.
Aemond fez uma reverência, agradecendo as palavras de seu pai, enquanto os presentes murmuravam palavras de aprovação e aplausos suaves. O Rei Viserys então se voltou para os servos e guardas que observavam a cena, proclamando:
— Esta é uma conquista digna de celebração! Ordeno que seja organizado um banquete nesta noite, para honrar o feito de meu filho. Que todos na Fortaleza Vermelha possam celebrar conosco esta vitória!
A notícia do banquete se espalhou rapidamente, e em pouco tempo os salões da Fortaleza Vermelha estavam sendo preparados. Tapestries foram pendurados, velas foram acesas, e pratos elaborados começaram a ser trazidos para a grande mesa. Harwin e Rhaenyra, agora ao lado de Aemond, permaneceram juntos, trocando olhares de orgulho enquanto o jovem Príncipe recebia felicitações de todos que se aproximavam.
A noite caiu e, sob a luz das tochas, o banquete começou. A mesa principal estava repleta de figuras importantes da corte, todas ansiosas para ouvir Aemond contar sobre sua experiência montando Vermithor. Entre conversas e risos, o Príncipe Aegon levantou uma taça e ergueu-a na direção do irmão mais novo.
— Aemond, hoje você provou ser um verdadeiro Targaryen. Brindemos a isso!
Os convidados levantaram suas taças, e o salão ressoou com o som de brindes e aplausos. Aemond, um pouco tímido, mas com um sorriso no rosto, ergueu sua taça em resposta, sentindo pela primeira vez o calor da admiração e respeito de sua família e da corte.
Rhaenyra, observando o irmão com orgulho, se aproximou e o abraçou.
— Esta é apenas a primeira de muitas conquistas, Aemond. Você está apenas começando.
Aemond assentiu, absorvendo cada palavra, ciente de que sua vida havia mudado. A partir daquele dia, ele não seria mais o Príncipe que apenas olhava os dragões ao longe; ele era um cavaleiro de dragão, e sua jornada estava apenas começando.
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Amor Improvável - O Deleite do Reino e o Quebraossos
FanfictionO rei Viserys Targaryen I, pai da princesa Rhaenyra Targaryen, ordenou que ela deveria se casar para poder fortalecer sua posição como herdeira do Trono de Ferro, e para que os boatos sobre sua indiscrição fossem cessados. O homem escolhido para ess...