Botas de couro, tamanho 23, com flores desenhadas em giz.
Batiam em ansiedade no chão de um carro que seguia, direto para o hospital.
As mãos apertavam uma cartinha, com um desenho cortês, feito de forma feliz.
Para uma outra menina, a qual não conhecia, mas tinha um apreço especial.
Era o momento de Applejack trocar o gesso antigo e por um novo no lugar, esse que já estava tão deteriorado que estava exalando um cheiro peculiar, era apenas a sua rotina de criança misturada com as suas caminhadas sem precauções pelos campos que haviam causado aquilo, ela esperava pelo dia que veria a Dash de novo. Era uma criança de muitas amizades, e fazia questão de não esquecer nenhuma delas, é por isso que levava consigo seu caderno com figurinhas, canetinhas, e uma carta para a menina, a mãe recomendou que ela não levasse essas coisas porque não sabiam se ela ainda estaria ali, mas a loirinha garantiu que estaria, sentia que sim.A consulta foi rápida, apenas a troca do gesso por um novo, a médica tão gentil que sempre lhe tratava com carinho, perguntou para ela porque tamanha empolgação aquele dia.
A mãe a segura em seu colo. — Ela conheceu uma garotinha aqui no hospital e gostou muito dela, ela tem uma cadeira de rodas.
A médica parece se recordar de algo. — Há! Você conheceu a Dash? — Indaga em direção a pequena criança.
— Sim! — Responde em um sobressalto animado fazendo a doutora rir, era uma criança muito feliz e alegre e com bastante energia. — Onde ela tá?
— Ela está na sala dela, mas eu não sei se posso te levar até lá, os pais dela costumam ser rígidos em relação a visitas. — Agora fala com a mãe da menina.
Applejack parece murchar como uma pequena flor nos braços da mãe com a informação, preocupando a mãe, tinha se esforçado tanto no seu pequeno desenho na cartinha para a garota. — Bom, eu me recordo do dia em que ela viu a garota, ela estava sozinha nos corredores, talvez se eu conversar com eles e dizer que a minha filha só quer conversar com ela, quem sabe não deixem.A médica parece pensativa com a proposta da mãe. — Talvez... acho que podemos tentar.
A menina solta um grito de alegria mas logo fica com vergonha pelo olhar das adultas em sua direção, no fim as três riem com a atitude da menina.
(...)
Passando pelos corredores, a menina ia com ansiedade olhando para todos os lados, decorando o caminho que levava para o quarto da amiga
Ao chegarem em uma porta, a doutora pede para que as duas esperem do lado de fora, atravéz do vidro da sala, podem observar a médica conversando com uma mulher sentada ao lado de uma cama, a menininha que estava aconchegada brincando em um aparelho, se levanta em um movimento rápido ao ouvir o que a doutora dizia para a mãe, a mulher negava com a cabeça e fazia gestos retraídos, a médica pede para que elas olhem para o vidro, e ao observar a mãe de Applejack, a mulher mais velha se levanta para ir até ela fora da sala, seus passos rápidos e firmes deixam a mulher ao lado de fora um pouco receosa das intenções daquela outra mãe. A médica ia junto tentando acalmar a mulher temendo pelo que ela falaria.
Quando abre a porta e vai até a mulher, a outra da alguns passos para trás com a cara de brava da outra. — Olha aqui minha senhora! Eu acho que ocorreu algum engano aqui! A minha filha não conhece nenhuma criança desse hospital, eu não sei quais são suas intenções mas eu não vou deixar uma estranha chegar perto dela! — Enquanto ela falava aquilo de uma forma agressiva para a mãe da Apple, a doutora cutucava seu ombro tentando falar com ela.
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First time × Appledash
RomanceSerá que quando nos apaixonamos pela primeira vez, é na verdade aquilo que já conhecemos? Será que nós saberíamos a diferença ainda sendo pequenas crianças? E depois? Como lidar com amor que já existe, mas não se reconhece? Aviso: níveis altíssimos...