𝐈𝐦𝐩𝐞𝐫𝐢𝐚𝐥 𝐥𝐨𝐯𝐞

𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐𝟏

Emmy olhou para Nick com uma expressão séria, sem se deixar abalar pela tensão no quarto.

— Não será preciso — disse Emmy, sua voz firme e imponente. — Não criei filha minha para ser desesperada. Você é uma lupus pura, se controle.

Nick parou ao ouvir aquelas palavras, o olhar de determinação ainda presente, mas ela sabia que Emmy não falava à toa. Havia uma confiança silenciosa em suas palavras. Emmy sempre foi uma líder que agia com precisão e calma em momentos críticos.

— Então, o que sugere? — Nick perguntou, virando-se para encará-la.

Emmy se aproximou de Haddes mais uma vez, inclinando-se para sussurrar algo incompreensível para os ouvidos de Nick, enquanto seus dedos faziam um movimento delicado sobre o corpo da filha. Ela sabia que a solução já estava ali, bastava agir com a clareza de uma líder que nunca perdeu uma batalha.

— Nós vamos fazer isso do nosso jeito.— Emmy sai do quarto.

O quarto de Haddes estava tomado por uma atmosfera de tensão. O silêncio era quase palpável quando a porta se abriu com um rangido suave, revelando Emmy.

Seu vestido negro flutuava ao redor de seu corpo enquanto ela caminhava em direção à cama, seus olhos fixos na filha desacordada. Com um movimento preciso, Emmy retirou um pequeno frasco de dentro da manga do vestido. O líquido brilhava com um tom esverdeado, refletindo o pouco de luz que entrava pela janela entreaberta.

Sem hesitar, Emmy inclinou-se sobre Haddes e, com cuidado, fez com que ela bebesse o conteúdo do frasco. O líquido deslizou pela garganta de Haddes, mas ela ainda não demonstrava sinais de reação imediata. Emmy se levantou, os olhos escurecidos pela preocupação, e virou-se em direção à porta.

— Jenna! — chamou Emmy com uma voz firme, que ressoou no quarto. Sua autoridade não deixava espaço para questionamentos.

Jenna entrou rapidamente, o rosto tomado de preocupação. Seu olhar foi direto para Haddes, mas quando seus olhos encontraram os de Emmy, ela soube que algo mais sério estava prestes a acontecer. Emmy a olhava com uma expressão séria e determinada.

— As garras, agora — ordenou Emmy, sem vacilar.

Jenna hesitou por um segundo, mas obedeceu. Suas garras cresceram, afiadas e reluzentes à luz fraca do quarto. O som suave das garras se estendendo foi a única coisa que quebrou o silêncio.

Antes que Jenna pudesse perguntar qualquer coisa, Emmy segurou sua mão com firmeza, guiando-a até o abdômen de Haddes. Com um movimento rápido e decidido, Emmy pressionou a mão de Jenna contra o corpo de Haddes, fazendo com que suas garras penetrassem profundamente na pele, traçando cinco cortes longos e profundos.

De repente, uma fumaça amarela começou a sair dos cortes, como se algo maligno estivesse sendo expulso do corpo de Haddes. A fumaça se contorceu no ar, se dissipando lentamente, e a respiração de Haddes começou a se regular, tornando-se mais forte a cada segundo. A cor voltou ao seu rosto pálido, e seus músculos relaxaram.

Jenna olhava horrorizada para o que havia feito, mas Emmy permaneceu impassível, focada apenas na recuperação de Haddes. Quando a última nuvem de fumaça desapareceu, Haddes abriu os olhos, piscando lentamente, como se estivesse despertando de um pesadelo.

— O que... aconteceu? — murmurou Haddes, com a voz rouca e fraca, mas viva.

Emmy se aproximou mais da filha, o rosto finalmente suavizando, mostrando um pequeno sinal de alívio.

— Você está de volta — disse Emmy com uma leveza que só ela poderia mostrar depois de tal ato. Ela lançou um olhar breve para Jenna. — Agora você sabe o que precisava ser feito.

Jenna ainda parecia chocada, mas havia uma compreensão silenciosa em seus olhos. Ela limpou o sangue das garras e olhou para Haddes, aliviada por vê-la acordada e a salvo.

Haddes, agora ciente de tudo, respirou fundo. — Achei que não fosse sair dessa — disse, sua voz voltando ao normal, embora ainda estivesse fraca.

— Nós não deixaríamos — Emmy respondeu, sua voz firme.