Primeira fase.

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Dia incomum?

O alarme tocava em um alto e bom som, o barulho se repetia diversas vezes, o som agudo parecia gritar nos ouvidos do garoto que resmungou de forma manhosa enquanto se remexia na cama. Abriu seus olhos de vagar, vendo a visão levemente embaçada, piscou algumas vezes até conseguir enxergar melhor seu quarto, bom, claramente não enxergou tanta coisa pois estava escuro. Estalou a língua no céu da boca e bateu sua mão bem acima do pequeno botão do despertador, maldito alarme!

Bom, o garoto bocejou enquanto se espreguiçava, após isso retirou o lençol, com isso se levantou e calçou suas pantufas cinzas, arrastando os pés para sair do quarto. Quando saiu do cômodo, se dirigiu até o banheiro que estava na porta mais próxima do corredor, adentrou o banheiro e se olhou no espelho, suspirando cansado quando avistou sua franja desgrenhada, revirou os olhos e começou a fazer suas necessidades.

Quando terminou, saiu do cômodo e foi até o seu quarto, sentindo sua pele se arrepiar com o ar que o rodava, pois estava apenas com a toalha na cintura, e seu cabelo derrubava pequenas gotículas de água.

Chegando no cômodo desejado, o garoto dos cabelos cor de creme se arrumou, colocando o uniforme do seu colégio, um terno branco com detalhes roxos, e a calça da mesma cor, com isso o garoto calçou seus sapatos e então pegou sua mochila, guardando seu celular no bolso próprio para o telefone. Com isso ele se retirou da sua própria casa, e se dirigiu até o ponto de ônibus mais próximo... Mais um dia cansativo estava por aí.

O tempo passou como uma lesma caindo morro abaixo, lento e torturante. O garoto se encontrava sem paciência, mal humorado, e claro, extremamente irritado! Ter que escrever um texto com mais de cinquenta linhas o deixava furioso, tanto que quase xingou o responsável por aquilo.

O garoto se encontrava na saída do colégio, seu rosto estava vermelho pela grande raiva que sentia, e claro, algum ser humano sempre tem que vir para piorar tudo!

- Você tá bem? Parece um tomate. - Um garoto comentou.

- Cale a boca, não quero saber. - Respondeu de forma rude, pouco se importando se estava sendo sem educação ou não.

Estava cansado, oras! O pior era que tinha que chegar em casa apenas para almoçar, pois trabalharia mais tarde... Oh, que dia infernal! Shirabu odiava ter que acordar todos os dias, eram repetitivos, cansativos. Kenjiro pensava em apenas se deitar na sua cama macia e dormir até não aguentar mais, preferia ter seus sonhos estranhos do que ter que ir trabalhar.
Digo, estudar e trabalhar o deixava zonzo de raiva, mas não tinha o que fazer, deveria trabalhar para manter sua casa, e estudar para que tivesse outro emprego que o pagasse bem. Estava cansado, aquela semana mexeu com ele de certa forma, bom, felizmente era quinta feira...

O tempo passou mais lento do que nunca, o mesmo pensou que estava vivendo em um loop, passar compras, guardar na sacola e entregar, aquilo se repetia incansavelmente e claro, fazia Kenjiro suspirar várias e várias vezes! Seu coração batia fortemente, estava tão enfurecido que poderia surtar a qualquer momento, a expressão de raiva contornava cada traço do seu tão belo rosto, sobrancelhas franzidas, o biquinho que pintava seus lábios, e claro, seu nariz levemente enrugado. Sua expressão estava tão assustadora, que os clientes do mercado se recusavam a ser atendido por ele, pois o mesmo dava medo.

Com o fim do expediente, Shirabu quase gritou de felicidade, porém se segurou e guardou suas coisas, pegando em seu celular para poder ver o horário, seis e meia da tarde, era o horário que marcava na tela inicial do seu telefone. Bom, guardou o eletrônico no bolso e saiu do mercado, indo em direção a sua humilde casinha que ficava a algumas quadras dali.

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