Terceira fase. (Farsa)

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Mãe do pesadelo, filho do pesadelo

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Mãe do pesadelo, filho do pesadelo.

Ambos suspiraram, em seguida começando a andar para a terceira fase do sonho que vos aguardava.

O céu estava coberto por uma névoa espessa, enquanto ambos caminhavam pela trilha deserta, as flores vermelhas e as árvores deixava tudo ainda mais estranho, na verdade aquele local por si já era estranho. O silêncio entre eles era quase palpável, apenas interrompido pelos passos abafados contra o solo úmido. O ar denso parecia carregar um cheiro adocicado, um aroma que aos poucos começou a incomodar Semi, algo que ele não conseguia identificar com clareza, mas que o puxava como se fosse um convite.

– Você tá sentindo isso? – Semi murmurou, franzindo a testa, olhando para os lados, levemente desconfiado de algo.

– O quê? – Shirabu respondeu, o tom baixo de sempre, mas seus olhos mostravam uma ligeira curiosidade.

Semi parou, franzindo ainda mais o rosto, o cheiro parecia mais forte, quase sufocante. Ele desviou da trilha principal e seguiu em direção a uma árvore solitária no meio da névoa. As folhas tremulavam com o leve sopro do vento, e foi então que ele viu umas flores diferenciadas, digamos assim. Pequenas, vibrantes, de um vermelho quase hipnotizante. Elas caíam lentamente ao chão, dançando no ar com o vento que batia fracamente.

– Que porra de flor é essa? – Semi perguntou, aproximando-se mais, como se estivesse hipnotizado, e claro, o cheiro parecia ter ficado mais doce. – Ah, olha... Um facão. – Murmurou baixo, pegando o objeto de ferro, que estava sujo de terra.

Shirabu se aproximou, olhando as flores, seu olhar mostrava o quão desconfiado ele estava ficando com aquilo.

– Essas flores... já ouvi falar delas. São chamadas de “flores da morte” – Disse ele, sua voz mais baixa, quase um sussurro. – Não é um bom sinal vê-las por aqui... – Falou, ignorando o facão.

Semi bufou, dando um riso soprado após, em seguida prendendo o facão na calça.

– “Flores da morte”? Tá de brincadeira, né? – Ele zombou, se levantando. – Maluquice isso aí... – Murmurou.

– Tá me chamando de maluco? – Shirabu questionou, levantando uma das sobrancelhas.

– Se a carapuça serve... – Ele riu ao dizer, olhando agora para o menor.

– Tá comprando briga, seu filho da puta? – Xingou, levantou a cabeça, empinando o nariz.

– Entenda como quiser... – Respondeu, dando os ombros, em seguida andou levemente em direção ao garoto menor. Mas antes que pudesse continuar, seu pé escorregou numa pedra oculta pela neblina e ele tropeçou, perdendo completamente o equilíbrio.

Tudo aconteceu rápido demais. Semi sentiu o seu corpo ser impulsionado para frente, e num reflexo desesperado, Shirabu o segurou pelos ombros. Porém, o movimento foi desajeitado, fazendo Semi perder o equilíbrio, se jogando para cima do acastanhado.

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