Parado no meio de um lugar escuro, um rapaz encarava um homem diante dele. Ele sentiu como se o conhecesse, mas não sabia por quê.
“Quem é você?”
[Eu sou aquele que te guiara pra próxima vida]
“A reencarnação é possível?” diz o rapaz com uma expressão estranha.
[Dúvida disso?]
“Não, só não aguento mais essa vida. Me esforçar tanto pra fazer as coisas certas, mas no final eu não realmente me senti vivo.”
O homem diante do rapaz, piscou. Ele teve uma ideia se formou em sua cabeça. Se o rapaz odiava tanto a própria vida, ele o faria repensar sobre isso na próxima.
[Vou te dar uma segunda chance, mas não reclame. Farei com que veja o quão afortunado foi.]
“O que você quer dizer com isso?”
[Não se preocupe, não irá de mãos abanando!]
“Não estou entendendo!”
[Devo avisá-lo. Sua nova vida poderá ser tão difícil quanto essa foi, se adapte rápido ao presente que te dei.]
O rapaz simplesmente afundou no chão escuro que agora parecia água negra, ele sentiu uma sensação calorosa e então foi seguida de uma sensação de frio.
“Oque está acontecendo?” pensou o rapaz tentando abrir os olhos, mas suas pálpebras estavam pesadas.
Ele sentiu mãos enormes o tocando, imediatamente entendeu sua situação.
“Eu renasci? Aquele homem realmente me reencarnou, mas onde.” Pensou ele, o rapaz sentia seus ouvidos mocos, só ouvia sons abafados até que uma voz feminina ecoou.
“Você é tão lindo, sinto uma aura poderosa em você meu bebê.” Disse a mulher com ternura.
O rapaz tentou abrir os olhos e então avisou aquela que seria sua nova mãe, era uma mulher de cabelos negros e olhos verdes. Ela tinha uma expressão cansada no rosto, parecia ser uma mulher na casa dos vinte, trinta anos.
Com cuidado ela colocou o bebê na cama, o rapaz olhou em volta e viu que estava em um quarto só com sua nova mãe.
“Ela fez um parto sozinha?” pensou o rapaz, ele viu sua mãe fazer todo o procedimento de remoção de placenta e depois ela curtiu o cordão umbilical dele. O rapaz não pôde negar que ficou apreensivo com isso, pra surpresa dele a mãe guardou a placenta em um pote. “Pra que ela está guardando isso?”
Jogando seus pensamentos pro lado, ele decidiu juntar informações. Olhando pra um calendário na parede, ele descobriu que possivelmente estava no ano de 1985. O lugar onde estava parecia ser um tipo de motel. (NT: na gringa, os hotéis são chamados de motéis mesmo)
“Eu tô no passado, renasci dez anos antes do meu antigo nascimento!” pensou ele.
A mulher assim que termina de cuidar do seu bebê, tomou um banho e depois que saiu do banheiro ela começou a mexer em alguns tipos de ervas. Juntando algumas em um saquinho estranho ela cantou algumas palavras esquisitas girando e saquinho em cima do bebê.
“Que macumba é essa, mãe?” pensou o rapaz.
“Com isso os monstros não vão se aproximar de você por um tempo, eu prometo que não vou deixar nada acontecer com você, Antony.” Disse a mulher dando um beijo na testa do bebê.
“Então era isso? Obrigado.” Pensou Antony. “Espera, ela disse, monstro?”
De repente batem na porta e alguém gritou: “Gabriela, sou eu, Jhon!”
“O papai chegou!” disse a mulher indo até a porta e a abre.
“Vim o mais rápido que pude, onde está?” pergunta o homem entrando nervoso, assim que viu o bebê sobre a cama ele congelou.
O rapaz agora chamado de Antony, viu a face de seu novo pai. O homem estava com os olhos humedecidos o encarando, com cuidado Jhon pegou Antony nos braços.
“Você é lindo!” disse Jhon.
Gabriela se aproxima de Jhon e segura a mão de Antony dizendo: “Fale oi pro papai, Antony.”
“Antony?” disse Jhon sorrindo.
“O quê? Eu gosto desse nome.” Disse Gabriela.
“Tudo bem, Antony é um bom nome.” Disse Jhon. “Eu adoraria conversar mais, mas temos que sair daqui. Arranjei um lugar pra vocês ficarem por um tempo.”
“Certo, vou pegar as minhas coisas. Me dê o bebê, vou cobri-lo com alguma coisa.” Disse Gabriela pegando o filho e o envolveu em um cobertor.
Assim que foram embora do motel, eles viajaram por algumas horas até o novo lar. Era uma casa modesta de um andar em Lafayette, Louisiana.
Antony viveu com sua mãe por cinco anos nessa cidade, Jhon aparecia raramente, cerca de quatro ou cinco vezes por ano.
Certo dia, Antony estava em seu quarto olhando pra uma pedra no chão, concentrando-se ele fez a pedra flutuar. Sua mãe que passava pelo corredor, viu porta semiaberta e a abre.
“Tony, você está aí?” ao olhar para dentro do quarto, ela vê Antony levar um susto e deixa a pedra cair. “Querido, oque estava fazendo?” pergunta Gabriela com um sorriso.
“Nada!” responde Tony se levantando.
Com um sorriso, Gabriela olhou para Tony e depois para a pedra e diz: “Estava movendo a pedra com a mente?”
“Tava não.” Disse Tony.
A mãe se abaixa e enquanto olhava para o menino ela fez a pedra flutuar até ficar entre os dois.
“Você também consegue fazer isso?” Pergunta Antony.
“Sim, e parece que você também.” Disse a mãe. “Vem, vou te ensinar algumas coisas.”
Ela pegou a mão dele e o levou até o armário de seu quarto onde guardava seus equipamentos de feitiçaria, Antony logo descobriu que suas habilidades e as de sua mãe eram bem diferentes, mas graças a isso ele aprendeu algumas coisas novas.
Antony perguntou a ela sobre os monstros e coisas do mal que assombram o mundo, pra sua surpresa, Gabriela responde que quase tudo que existe nos contos de fada e histórias é real.
Ele também perguntou sobre seu pai e o porquê de ele quase nunca estar em casa, tudo oque teve como resposta foi um olhar de tristeza.
Em uma das visitas de Jhon, no sexto aniversário de Antony. O garoto abordou o pai e pergunta de forma inocente: “Porque você não mora com a gente?”
Ouvindo a pergunta, Jhon força um sorriso e responde: “Filho, o papai está ocupado com o trabalho, não posso ficar em casa sempre que eu quiser.”
“Se seu trabalho é mais importante, então não precisa se obrigar a voltar!” disse Antony.
“Tony, não fale assim!” disse Gabriela.
“Eu não quero mais te ver triste, mãe. Ele quase não vem pra casa, e quando vem só fica algumas horas e vai embora, ele estar ou não aqui não faz diferença. Não precisamos dele, eu vou cuidar de você.” Disse Tony.
Gabriela emocionada abraçou o filho e disse: “Meu homenzinho é tão valente.”
“Eu sinto muito, filho, vou tentar vir mais vezes.” Disse Jhon tentando tocar em Tony, mas o garoto recusa o toque.
Com o clima pesado, Jhon foi embora horas depois.
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Sobrenatural
FanfictionApós morrer e reclamar de sua vida, um jovem é enviado para uma nova vida onde monstros, divindades e aberrações estão sempre a espreita.