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Anna.

Ele tava quieto na dele, se fosse um cliente normal já tinha vindo pra cima a muito tempo, mas ele só ficava me olhando enquanto fumava.

Eu já estava incomodada com todo aquele silêncio, era estranho.

Gaspar: Se eu te falar que apartir de hoje tu não vai fazer programa pra ninguém -ri sem ânimo achando a maior piada- não tô brincando.

Anna: Impossível isso acontecer, sei nem me sustentar cara -ele se levantou vindo pro meu lado- porra, da onde você me conhece?

Gaspar: Porra, cala a boca -revirou os olhos- já falei pra parar de ficar perguntando os bagulhos, não vou dizer porra nenhuma

Anna: Idiota -ele me olhou como se pudesse me matar e fez um valeu se afastando- vamos fazer o que aqui?

Gaspar: Foi expulsa de casa por que? Era mo menor po -olhei pra ele

Anna: Assim como você não me conta nada, não vou te contar também -falei indo em direção a cozinha porém ele me segurou pela cintura

Gaspar: Tô querendo não perder a cabeça contigo -apertou minha cintura- responde o bagulho namoral

Anna: Não estou afim -estirei a língua e ele riu fraco me dando um empurrãozinho pra longe- ai, vou entrar naquela hidro. Quero ficar aqui te olhando não

Gaspar: Vai lá chupa cu -gritou e eu mandei dedo indo por meu biquíni

Entrei na hidro sentindo a água quente e sorri relaxando.

...

Anna: Sai de perto -resmungo ao sentir o Gaspar puxar meu corpo pra ele- chato

Gaspar: Tu é chata pra um caralho, sei nem como os cara paga -me colou ao corpo dele olhando pra minha boca

Anna: Do mesmo jeito que você -ele sorriu de lado beijado meu pescoço levemente- te odeio. Me fala um pouco sobre você, vai..

Gaspar: Hum -reposou a mão na minha bunda por cima do short de dormir- po, sei lá. Fui criado pelos meus pais, minha mãe já levou essa merma vida que tu, meu pai nós deixou e foi pra longe -falou simples- entrei no crime pra tirar minha mãe dessa, e tenho uns irmãos que a vida me deu

Anna: Você tirou sua mãe? -ele concordou- o que uma mãe não faz pelo filho né -sorri fraco sentindo meu coração apertar

Gaspar: Tu ia ser mãe né -alisou minha barriga e eu fechei os olhos com força vendo ele tirar a mão dali- desculpa

Anna: Tá tudo bem -falei com um nó na garganta- sempre tá tudo bem

Gaspar: Qual foi, claro que não tá -me apertou contra seu peito- minha mãe também fingia ser forte o tempo todo..

Anna: Eu não fingo -me distancio levantando- me leva embora.., por favor

Gaspar: Vai ficar aqui comigo po -ergui a sobrancelha olhando pra ele- vem -me puxou novamente me fazendo deitar

Anna: Tô começando a achar que você me ama -resmungo e ele ri entre os dentes coçando a cabeça

Gaspar: Vamos fazer um sexo? Melhor da tua vida -neguei fechando os olhos- chata

Anna: Pede algo pra comer -olho pra ele que já estava me olhando- tô com fome

Gaspar: Abusada -resmungou levantando da cama- pode dormir, quando chegar eu te chamo po

Eu já estava cansada mesmo, só fiz o que ele disse.

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