2.

32 3 0
                                    

Gaspar.

Gaspar: Presta atenção nesse caralho porra -grito puto vendo o menor atirar errado no alvo

Desço dali pra não perder a cabeça, olho o horário vendo que já iria dar onze da noite. Subo na moto indo me arrumar, me trajo no pique e desço pra casa de prostituição.

Entro lá e de cara vejo o Maurício, puxo ele pela gola da camisa, ele me olha assustado.

Gaspar: Cadê ela? -aperto a gola vendo ele ficar mais assustado ainda- responde.

Maurício: No quarto -soltei dele indo passar- perdemos muita grana por sua causa hoje -olhei pra trás

Gaspar: Quem patrocina aqui é quem mermo? Se fuder -volta pro meu caminho e chego invadindo o quarto dela

Anna: Porra que susto -me olhou parecendo ter gostado de me ver- hoje eu não tô trabalhando, não sei se você sabe..

Gaspar: Por causa de mim -fechei a porta se sentando na poltrona- se arruma, vou te levar pra outro lugar

Anna: Oi? Sei nem quem é você -respirei fundo buscando paciência- tá

Vi ela ir pro armário e pegar uns bagulhos pondo em uma bolsa toda colorida com uns tucano, maneira. Observo cada movimento dela e fico marolando com a minha maconha no bico.

Gaspar: Pronta? -ela concordou me olhando- vamos po

Passei meu braço pela cintura dela, fazendo ela descer assim comigo. Assim que íamos passar pela porta Maurício apareceu encarando ela. Na hora percebi que ela tinha mo medo dele.

Maurício: Saindo com cliente sem permissão? -encarou ela, só fiz por ela mais pra trás e tomar o lugar encarando ele

Gaspar: Cliente é meu pau, se não quiser morrer agora, sai da porra da passagem -apontei serinho vendo ele sair de imediato

Deixei ele passar primeiro e segui ela, vejo a minha Porsche Brabus e direciono ela, ela para um pouco e analisa o carro. Mas logo entra e eu faço o mesmo cantando pneus.

O silêncio durante todo o caminho nem era desconfortável pa, era maneiro. Entro no hotel e dou meu nome, a mulher só manda eu entrar.

Paro na garagem indo juntamente com ela pro elevador. Pego a chave pondo no botão, vendo o elevador começar a subir.

Anna: Você tem quarto particular aqui? -concordo vendo ela de boca aberta- quem é você? -me olhou por um tempo- gaspar.., teu apelido?

Gaspar: Bagulho fei, se fala vulgo po, apelido é coisa de tilti. Nós tem vulgo -ela ri jogando a cabeça pra trás, me dando mo visão do sorriso dela, mo bonito- mas é isso aí, é meu vulgo

Anna: Conheço esse ape..-encaro ela- vulgo de algum lugar -olha pro espelho e fica me encarando dali mermo- calma! Você é o dono da Penha?!

Gaspar: Curiosidade matou o gato, cuidado pra não matar a gata -vejo o elevador se abrir e tiro a chave saindo com ela- mas é, eu sou.

Anna: E da onde você me conhece? A casa de prostituição é bem longe da Penha, não acha? -concordo abrindo a porta

Gaspar: Sem mais perguntar por hoje -falo sem deixar espaço pra ela falar- vai ver como é aqui po, tá morrendo de curiosidade

Ela jogou a bolsa pra mim e saiu rápido indo ver, me sentei no sofá pondo a bolsa do outro lado e acendi meu baseado, botei um mc cabelinho pra tocar, no pique.

Anna: Puta que pariu -ouvi o grito dela- tem hidromassagem. Acho que vou virar bandida também

Ri fraco vendo ela me olhar espantada.

Gaspar: Sou bandido não, sou empresário -pisquei vendo ela sorrir- deveria sorrir mais, mo bonito

Anna: Tenho motivo pra sorrir não -fechou o sorriso aos poucos e suspirou- imagina vender o próprio corpo e ficar sorrindo pra cima e pra baixo

Nem falei nada, só concordei. Ela me olhou por alguns segundos mas logo desviou.

Recomeçar. Onde histórias criam vida. Descubra agora