A Verdade nos Olhos

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As luzes dos postes iluminavam tenuemente o parque, criando sombras que dançavam nas árvores. Jack e Lucas, estavam atentos a tudo ao redor, aguardavam ansiosamente por Tomás. O banco de madeira no qual estavam sentados servia como ponto de encontro.

Após alguns minutos de espera, Tomás chegou, a expressão marcada pela tensão. Seus olhos percorreram o entorno, buscando qualquer sinal de que estivessem sendo observados.

Ele sentou-se no banco e disse baixinho:

_ Finjam que não nos conhecemos para não levantar suspeitas.

Jack e Lucas concordaram, Jack então perguntou: _ Trouxe a fita?

Tomás, com cuidado, retirou uma pequena caixa metálica do bolso e a colocou sobre o banco. Ao abri-la, revelou uma fita cassete comum.

_ Agora não me procurem mais, por favor.

Jack e Lucas balançaram a cabeça em concordância enquanto Tomás se levantava e saía. Lucas, disfarçadamente, pegou a fita e, sem levantar suspeitas, saiu juntamente com Jack. Eles sabiam que precisavam analisar o conteúdo da fita o mais rápido possível, mas também tinham que ser cuidadosos para não atrair atenção indesejada.

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Depois de alguns minutos no carro, Lucas e Jack seguiram caminho até o prédio. Ao chegarem, pediram que Mia analisasse a fita. Mia pegou a fita, colocou-a no leitor e começou a analisar as imagens. Revelando um homem alto e de porte físico. Seus traços faciais são parcialmente obscurecidos pela sombra, mas uma tatuagem no antebraço chama a atenção.

_ Espera aí, consegue dar um zoom?

Mia digitou rapidamente e ampliou a imagem, revelando a tatuagem no antebraço do homem. Era uma tatuagem distinta: um círculo com uma serpente mordendo a própria cauda, envolvendo uma adaga cruzada com uma rosa.

Olhei para todos e perguntei:

_ Essa tatuagem lembra alguém?

Todos ficaram pensativos até que Pedro disse:

_ Lilith. Ela tem essa mesma tatuagem.

Senti a raiva subir instantaneamente. Gritei, furioso:

_ Vadia desgraçada!

Sarah continuou:

_ Ela queria que o nosso plano desse errado, para que depois trabalhássemos para ela. Devo admitir, ela é uma gênia no que faz.

Minha respiração estava irregular. Chutei uma cadeira, tentando me controlar. Lucas, indignado, falou:

_ E o que vamos fazer? Vamos confrontá-la?

Respirei fundo e respondi:

_ Não, vamos jogar o jogo dela. Vamos pegar o artefato e descobrir por que ela o quer tanto.

APARTAMENTO EDIFÍCIO AURORA:

A luz suave da luminária ilumina a sala, mas não é suficiente para dissipar a sombra de preocupação no meu rosto. As imagens daquela cena horrível voltam à minha mente com clareza cruel. Sinto um aperto no peito e levo as mãos aos cabelos, tentando afastar esses pensamentos intrusivos.

Pego meu celular e abro a conversa com Alex. Preciso de uma distração, de algo que me tire dessa espiral de obsessão.

_ Alex, você está livre agora?

Alguns segundos depois, o celular vibra com a resposta. _ Sim, por que? Aconteceu alguma coisa?

_ Na verdade, sim. Preciso sair um pouco, sabe? Respirar um ar puro.

Sombras da ConspiraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora