Aemond assistia com o olhar turvo, enquanto via os adultos no salão brigando cada vez mais alto. Sua cabeça latejava, seu olho ou que restou dele queimava como brasa. Ele mal sentia a agulha costurando a sua pele multilada, a dor o entorpeceu.
Seu coração batia como um tambor, fazendo com que mais sangue saísse do corte profundo em seu olho. Ele também respirava com desespero, sentindo o ar não chegando em seus pulmões.
Ele queria gritar, esbravejar com a injúria. Mais mal conseguia falar direito, sem que os seus músculos do seu rosto puxassem o corte. As garotas eram estúpidas dragões não eram heranças, não eram objetos. E que culpa, Aemond tem se Vhagar desde que ele pôs os pés nesse maldito castelo e então o escolheu.
Em sua vida, ele sempre foi motivo de zombaria. Do seu irmão, a quem devia proteger ele. Dos seus sobrinhos, que achavam estranho seu jeito quieto e silencioso. Do reino que o julgava inferior por não ter um dragão. Do seu pai que o insultava, não olhando para ele, ou mal reconhecendo sua existência como seu filho.
Ele era Aemond Targaryen o sem dragão, mais Hightower que Targaryen.
E Aemond se cansou, cansou da injúria.
E em um momento que deveria ser o mais feliz de sua vida, e transformado em terror. Acusado, espancado, insultado, multilado. Era enervante está no centro de tantas atenções negativas, por que o odiavam tanto? Ele só estáva fazendo o que era seu por direito, reivindicar quem já reivindicou a sua alma.
Reivindicar seu dragão.
Mas o mundo era injusto, e em um mundo injusto. Os bons se tornavam maus, e os maus se tornavam monstros.
E Aemond sentia que nunca mais seria o mesmo.
De repente lhe tirando o resquício de fôlego que ele tinha um clarão de luz o envolveu, e Aemond se viu caindo. Não caindo da cadeira, mas caindo para dentro de si mesmo, como se estivesse sendo puxado para um abismo de escuridão e luzes piscantes. De repente, ele não estava mais no corpo de um garoto; estava em um corpo mais velho, mais forte, com cicatrizes que contavam histórias de batalhas travadas e perdidas.
Ele via essas características a sua frente, quando se via a frente de um espelho. Era ele, parecia ele só que mais velho. A cicatriz atravessada em seu rosto também denunciou, junto do tapa olho negro preso firmemente em sua cabeça.
E em um piscar de olhos, o cenário muda.
Ele olhou em volta e se viu no que parecia ser o casamento de seu irmão Aegon com Helaena. Ambos parecendo tão mais velhos como ele. A cena parecia distante e borrada, como se ele estivesse assistindo através de uma cortina de fumaça. Ele viu o olhar vazio de Aegon, que parecia mais interessado no vinho do que em sua nova esposa. Que estava presa em seu pensamentos, olhando para uma pequena lagarta em suas mãos pálidas.
— Linda não é irmão? Ela vai se transformar em uma linda borboleta verde misturado com toques negros!.— Helaena fala em um suspiro sonhador, com os olhos violetas vidrados no interior dos olhos dele. Como se pudesse ver, vê ele.
Então tudo muda novamente, como tinta jogada em água.
E então ele viu algo que o chocou: Ele parecia estar em uma sala de parto, atrás da sua irmã lhe apoiando. E seu coração se contorce em puras emoções quando Jaehaerys e Jaehaerra nascem. Pequenos, frágeis, mas seus olhos brilhavam tão violetas como a sua irmã a força de suas almas.
Aemond sentiu algo dentro de si se mover, um sentimento que ele não esperava. Amor. Amor pelos seus sobrinhos, como se fossem seus próprios filhos. Ele os observava brincando, no berço entre si, viu quando seus ovos de dragão chocaram, se viu aconselhando os pequenos. Ensinando valiriano, correndo atrás deles de brincadeira pelos corredores do castelo, e via com tanto amor os dois crescendo a cada dia que passava.
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𝐓𝐡𝐞 𝐓𝐡𝐫𝐞𝐞 𝐇𝐞𝐚𝐝𝐞𝐝 𝐃𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧, Hᴏᴜsᴇ ᴏғ ᴛʜᴇ ᴅʀᴀɢᴏɴ
FanfictionNa noite em que Aemond Targaryen perde o olho e reivindica Vhagar. E inesperadamente, os deuses olham para ele e resolvem lhar dar a visão de olhar através do tempo. O passado se funde com o presente, e só Aemond pode ver. E só ele, pode salvar os d...