CAPÍTULO 2

315 43 13
                                    

Aemond despertou com um grito sufocado, deitado em uma cama, o rosto coberto de suor e dor. Havia meistres ao seu redor, e sua família e os outros Targaryen estavam seu redor, com todos os olhares sobre ele. Pareciam até nervosos, preocupados, a visão era tão estranha para ele que deixou um gosto amargo na sua boca. Sua mãe ao seu lado tinha rastro de lágrimas em seu rosto, enquanto Aegon e Helaena novamente com rostos tão infantis quando o dele, se amontoaram ao redor dele com feições tensas.

Tudo parecia distante para Aemond. Ele olhou para cada um deles com um novo olhar — um olhar que sabia o que o futuro guardava, o que todos eles se tornariam. O peso do conhecimento o esmagava. Ele se levantou da cama, ainda tonto como o inferno, e mal ouviu os gritos preocupados da sua mãe, e dos suas irmão. E mal sentiu as mãos maternas da sua mãe tentando lhe por de volta no seu ninho protetor ao lado dela.

— Eu vi...— ele murmurou, quase inaudível, mas ninguém pareceu ouvi-lo. Ele se sentiu sozinho, mais sozinho do que nunca, carregando o fardo de um futuro que não poderia ser mudado.

— Eu preciso sair daqui...—  Aemond sussurrou, mal conseguindo ouvir a própria voz. Ele se levantou abruptamente, ainda tonto e instável, e tropeçou para frente.

— Aemond meu filho, você precisa se acalmar! — Alicent implorou, estendendo a mão para ele.

Mas Aemond não a ouviu. As palavras ecoavam em sua mente, misturadas às imagens das visões que ele acabara de testemunhar. Ele se moveu como um homem possuído, determinado a sair daquele lugar e buscar refúgio no único ser que ele sentia que realmente poderia entender seu tormento: Vhagar.

E o sentimento se intensificou, quando as suas últimas memórias da visão era de Caraxes mordendo o pescoço do seu dragão. Ceifando a vida longo de Vhagar, e então uma espada de chocou seu crânio.

Ele mal ouviu os gritos e apelos ao seu redor.

Quando Aemond alcançou a porta, ele se deparou com Daemon e Rhaenyra. Que estavam perto da porta.

A mente de Aemond disparou alarmes, enquanto ele estancava no lugar. Olhando para os seus então inimigos, raiva e ódio dominou o corpo de Aemond. E inconscientemente, lágrimas caiam do seu olho, e sangue coagulado caia do seu olho costurado em carne viva.

Estranhamente, os dois olhavam para Aemond com algo que ele pode jurar que era preocupação. Mais não poderia ser, eram Daemon e Rhaenyra, um tio e uma irmã que nunca ligaram para ele ou seus irmãos.

— Garoto? O que...— Daemon falou com o cenho franzido, e Aemond viu lentamente lentamente a mão do seu tio se movendo em sua direção. E quando Daemon agarrou seu ombro, um choque percorreu todo seu corpo da cabeça aos pés. E ele percebeu que foi o único que sentiu, Daemon deu um sobressalto surpreso, com sua sombrancelha se erguendo em surpresa, porém a mão no seu ombro não saiu.

Seu único olho travou com o olhar roxo do seu tio. Há não muito também atrás, esses mesmos olhos eram a única coisa que Aemond viu, antes de fechar o olho para o mundo dos vivos.

Eram os olhos do seu assassino.

Seu sangue.

Sue tio.

Seu inimigo.

— Me solte...— Aemond murmura rangendo os dentes. Sentindo tanto ódio em seu ser, que mal parecia possível sentir tanto assim.

Ao longe ele ouvia as pessoas chamando por ele.

— Solte meu filho Daemon!!.— Ele ouvia sua mãe esbravejando atrás dele, tão louca quando ela parecia em sua visão.

E ele também ouviu Rhaenyra gritando, — Daemon não vai machucar Aemond, ele é tio dele Alicent pelos deuses!.

Apesar do tumulto, o olhar de Aemond não se desviou de Daemon que também o olhava parecendo um pouco chocado com o que via nele. — Eu ... eu não vou lhe machucar garoto. — Daemon falou, no mesmo tom de Aemond.

𝐓𝐡𝐞 𝐓𝐡𝐫𝐞𝐞 𝐇𝐞𝐚𝐝𝐞𝐝 𝐃𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧, Hᴏᴜsᴇ ᴏғ ᴛʜᴇ ᴅʀᴀɢᴏɴOnde histórias criam vida. Descubra agora