CAPÍTULO 3

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Aemond pousou com Vhagar em uma montanha alta, distante de Driftmark. O ar era frio e o silêncio do lugar contrastava com o caos que ele havia deixado para trás. Ele desceu lentamente de Vhagar e, sem hesitar, caminhou até a cabeça imponente da dragonesa, envolvendo seus braços ao redor do focinho espinhoso. A textura das escamas antigas e a respiração quente de Vhagar eram um consolo em meio à confusão que dominava sua mente.

— Vhagar, — ele murmurou, a voz trêmula de alívio e emoção. — Você está aqui. Está viva e inteira. — Ele fechou o olho, com as lágrimas ameaçando cair, enquanto apertava ainda mais os braços ao redor do focinho de seu dragão, sentindo-se seguro pela primeira vez desde que tudo aquilo começara.

Ele ficou ali, agarrado ao seu dragão, por horas, enquanto as sombras da noite lentamente se dissipavam e os primeiros raios do sol começavam a iluminar o horizonte. A quietude da montanha o ajudava a clarear os pensamentos, mas ainda assim, as imagens do futuro que ele havia visto continuavam a assombrá-lo, como uma espada afiada pairando sobre sua cabeça.

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De volta ao castelo de Driftmark, o caos reinava. O rei Viserys estava pálido, andando de um lado para o outro, seus olhos traindo a preocupação que sentia por seus filhos, netos e pela situação tão preocupante.

Alicent estava em estado de desespero, quase fora de si de preocupação. Ela se recusava a ficar parada, olhando para a porta a para as janelas como se esperasse que Aemond retornasse a qualquer momento. Seu pai, Otto, ao seu lado, tentava acalmá-la, sua voz firme, mas compreensiva, algo que só acontecia com a sua filha e seus netos. — Aemond irá voltar Alicent, meu neto irá voltar.— Otto murmurou como se estivesse se convencendo.

Enquanto isso, em um canto mais afastado, Rhaenyra e Daemon estavam sendo tratados pelos maestres, ambos feridos e silenciosos e exaustos. Principalmente Rhaenyra, que acalentou seu filho a noite toda enquanto ele chorava desesperado pelo seu dragão. O pequeno Arrax, graças aos Deuses viveria mais nunca mais voaria e o seu filho nunca iria conhecer os céus por ele mesmo. Não com um dragão aleijado sem uma asa.

E Rhaenyra não podia culpar ninguém, a grande e impotente Rainha dos Dragões fez o que qualquer dragão faria se seu cavaleiro fosse machucado. Mais também era estranho e ela não foi a única a notar. Rhaenys e Daemon foram os primeiros a notarem, ambos cavaleiros por reinvidicação sabiam na pele como era. E o vínculo de Aemond e Vhagar era novo, inexperiente e cru. A ligação só estaria forte o suficiente depois de meses de convivência. Se ninguém soubesse, parecia até que cavaleiro e dragões já tinha anos de parceria

E isso só se juntava ao mar de estranhamente sobre Aemond. Ela ainda pode ver e sentir com clareza o choque do toque violento do seu irmão, o sentimento de puro ódio que emanava dele era assustador. E Rhaenyra sinceramente não sabe por que é alvo de tanta raiva, ela admite que não era uma irmã tão presente como deveria. Contudo, ela sempre buscava saber sobre todos os seus irmãos, ela gostava de saber como eles eram e sempre quis se aproximar, mais.... não sabia.

Rhaenyra não sabia ser uma irmã, em sua infância ela nunca interagiu com outras crianças ou muito menos crianças Targaryen. Laena e Laenor sempre viveram em Driftmark, então na infância e adolescência eles não tiveram muito convívio. E na sua adolescência ela só teve Alicent, como uma amiga, confidente e irmã, ainda  ponto ainda sensível para ela, apesar de anos.

E Alicent não ajudava botando seus filhos em uma distância tão longe dela, traçando um limite auto e claro. E Rhaenyra nunca teve coragem de ultrapassar, não quando já estava tão cheia de problemas. E tomar mais um problema com a rainha, deixaria ela em ruínas e sem paz.

𝐓𝐡𝐞 𝐓𝐡𝐫𝐞𝐞 𝐇𝐞𝐚𝐝𝐞𝐝 𝐃𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧, Hᴏᴜsᴇ ᴏғ ᴛʜᴇ ᴅʀᴀɢᴏɴOnde histórias criam vida. Descubra agora