Freen Sarocha, uma garota rica de 16 anos, que sofreu bullying durante toda a sua vida por ser lésbica, muda-se para Londres depois que seu pai se torna sócio de Kath, esposa de seu melhor amigo Kirk. Eles têm dois filhos, Becky e Richie, que Freen...
Sou acordada pelo despertador do meu celular, que foi arremessado contra a parede há 1 minuto atrás. Tento dormir novamente, mas a luz intensa do dia entra pelo quarto, cegando meus olhos. Droga, devia ter fechado as cortinas antes de dormir. O calor do sol é insuportável, e a claridade parece me puxar de volta à realidade. Tento ignorar o toque insistente do despertador, mas ele não para. Não tenho outra escolha a não ser me levantar.
Caminho até o celular, ainda sonolenta, tropeçando nos meus próprios pés, como se o chão estivesse conspirando contra mim...como sempre. Com um esforço, desligo o maldito barulho e respiro fundo. Hoje é o meu primeiro dia em uma escola nova, e a ansiedade aperta meu coração. Entro no banheiro e ligo o chuveiro. A água fria escorre pelo meu corpo, ajudando a acabar com a minha sonolência e, ao mesmo tempo, me lembrando de que preciso estar alerta, pois qualquer um pode aprontar algo comigo. Sinto cada gota como uma pequena injeção de coragem e ao mesmo tempo medo. Uma parte de mim deseja desaparecer, mas a outra sabe que preciso enfrentar o dia. Preciso me esforçar para fazer pelo menos um amigo e encontrar meu lugar naquele novo ambiente. Com uma nova motivação, termino o banho e me preparo.
Coloquei uma camiseta de algodão da Stüssy, que caía de forma solta e confortável, deixando o visual simples e casual, umas jeans da Levi's e as minhas Vans "knu skool" que são clássicas e sempre combinam com qualquer look. Depois de me vestir, adicionei alguns acessórios para completar o visual. Por fim, passei meu perfume habitual e me senti pronta para o Paraíso ou o Inferno, depende do que me espera...
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O caminho até a escola parecia mais longo do que deveria, com o barulho ritmado dos meus tênis batendo contra o asfalto parecendo ecoar na minha cabeça, acompanhando o ritmo acelerado do meu coração. As ruas já começavam a encher com o movimento matinal, mas eu só conseguia pensar no que me esperava quando cruzasse os portões da escola. Quando finalmente cheguei, o prédio parecia ainda maior do que nas visitas anteriores. Eu respirei fundo e passei pelo portão, tentando manter uma postura casual, como se aquilo não fosse tão intimidador quanto parecia. Por dentro, no entanto, meu estômago se revirava de ansiedade.
No corredor principal, o ambiente já estava agitado. As pessoas estavam espalhadas em grupos, rindo, conversando animadamente como se tudo aquilo fosse parte de uma rotina. Eu, no entanto, me sentia como uma intrusa, uma estranha observando de fora. Fui direto ao meu armário, que pelo menos era um ponto de referência em meio aquele mar de rostos desconhecidos. Tentei me concentrar em abrir o armário, fingindo não perceber os olhares curiosos que me seguiam. Talvez eu estivesse exagerando, mas parecia que todo mundo sabia que eu era nova ali. Depois de me perder algumas vezes pelos corredores, finalmente encontrei minha sala de aula. Ao entrar, senti uma onda de alívio ao ver que a sala ainda estava se enchendo, então pude escolher meu lugar com calma. Fui direto para o canto mais vazio, quase me escondendo em plena vista. Sentei-me perto da janela, observando o movimento lá fora enquanto esperava a aula começar. Pouco a pouco, os outros alunos foram se acomodando, preenchendo a sala com conversas baixas e risadas. A professora chegou logo depois, e sua voz clara e firme cortou o ar, sinalizando o início das aulas.
