Capítulo Três

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Comentem, preciso saber oqw vocês estão achando da história.

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Author's point of view

O sol se erguia no horizonte, filtrando seus raios pela janela do quarto. Camila acordou ao som do leve tilintar dos sinos da bicicleta que passava pela rua. O aroma do café fresco perfumava o ar, e um sorriso se espalhou em seu rosto ao lembrar que Lauren sempre se levantava cedo para prepará-lo. Ela se espreguiçou, a rotina de cada manhã começando a se desenrolar em sua mente. Era um ritual que a fazia sentir-se viva e amada, uma familiaridade que já não conseguia imaginar sua vida sem.

Camila levantou-se, vestindo uma blusa que sabia que Lauren adorava. Cada peça de roupa que escolhia era cuidadosamente selecionada, não apenas para se sentir bonita, mas para provocar o olhar satisfeito de Lauren. A cada movimento diante do espelho, sua mente se preenchia com as palavras de Lauren: “Você é mais linda quando não chama atenção dos outros.” Para Camila, isso se tornou um mantra, uma verdade que precisava seguir. Ser bela para Lauren era mais do que um desejo; era um objetivo constante, uma maneira de provar seu amor e sua devoção.

Ao entrar na cozinha, viu Lauren já ocupada com o café da manhã. Os movimentos de Lauren eram precisos e delicados, cada gesto irradiando uma confiança que fazia Camila se sentir segura, como se ela fosse a razão pela qual tudo girava ao seu redor. “Bom dia, amor”, disse Lauren, sem tirar os olhos da frigideira. O coração de Camila disparou com a familiaridade da saudação.

“Bom dia! O que você fez para nós hoje?” Camila respondeu, aproximando-se para dar um leve beijo na bochecha de Lauren.

“Preparei panquecas com morangos frescos. Você adora, não é?” Lauren olhou para Camila, os olhos cheios de um brilho protetor. Camila assentiu, uma onda de felicidade a envolvia. Era incrível como Lauren sabia exatamente o que a fazia feliz, e essa atenção era um presente que ela valorizava acima de tudo.

Enquanto saboreavam o café da manhã, Camila observava Lauren com uma admiração profunda. Cada garfada era uma declaração silenciosa de amor, e a forma como Lauren a olhava fazia com que se sentisse como a única pessoa no mundo. Cada sorriso de Lauren era uma recompensa, cada elogio uma injeção de confiança. Contudo, por trás desse sorriso, havia um leve temor que Camila não conseguia ignorar. A necessidade de manter o status quo em seu relacionamento a deixava inquieta, como se uma parte dela soubesse que todo aquele amor poderia ser condicionado.

“Você deveria me ajudar a organizar seu estúdio hoje”, sugeriu Lauren, um tom de expectativa em sua voz. “Podemos criar algo incrível juntas.”

Camila concordou rapidamente, mesmo sentindo um misto de entusiasmo e ansiedade. A ideia de passar o dia ao lado de Lauren a enchia de alegria, mas também de uma pressão sutil, como se estivesse sempre à beira de uma aprovação. Para ela, cada projeto artístico não era apenas uma expressão de si mesma, mas uma oportunidade de agradar Lauren, de torná-la orgulhosa. “Sim! Vou começar a reunir as tintas e os pincéis”, disse, levantando-se da mesa, a adrenalina pulsando em suas veias.

No estúdio, a atmosfera estava carregada de emoção e criatividade. As paredes eram adornadas com suas pinturas — cada uma delas refletindo um fragmento do que Lauren era para ela. Camila olhava para suas obras e via a essência de Lauren em cada traço. Era como se a arte fosse um eco do amor que sentia, um reflexo do que era ser moldada por ela. A pressão de criar algo que impressionasse Lauren a fazia sentir-se viva, mas também a deixava em constante estado de alerta.

Enquanto organizava os materiais, Lauren se aproximou, avaliando o espaço com um olhar crítico. “Talvez devêssemos mudar isso aqui. O que você acha de usar uma paleta de cores mais suaves? Eu sempre penso que essas cores vibrantes competem com a sua beleza.”

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