o renascer da tempestade

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Capítulo 6 –

A noite estava silenciosa na Aldeia da Folha, o vento balançava as folhas das árvores de forma suave, criando um ritmo quase hipnótico. Hana Uchiha, agora Hana Sabaku, observava pela janela da casa onde vivia com Gaara, o Kazekage, e seus filhos, Ciel e Cibele. O brilho suave da lua iluminava o rosto sereno de Hana, mas dentro de si, seu coração estava agitado. Algo estava por vir, e ela podia sentir.

Os últimos meses tinham sido tranquilos demais. O período de paz que parecia eterno na aldeia trazia conforto, mas também uma sensação de que algo estava errado. Hana, como uma Uchiha, sempre soubera reconhecer os sinais antes da tempestade. Seu olhar carmesim com o Sharingan ativo brilhava intensamente enquanto ela sentia uma presença perturbadora ao longe.

Gaara, que estava sentado em uma cadeira de frente para a janela, também parecia inquieto. Ele não precisava de palavras para entender o que sua esposa sentia. Eles compartilhavam um vínculo profundo, algo que ia além do casamento e do amor; era uma compreensão mútua de suas responsabilidades e da proteção de seus filhos.

— Está vindo, não é? — a voz de Gaara era firme, mas com um toque de preocupação. Ele sabia que Hana nunca errava quando se tratava de pressentir perigo.

— Sim. Não consigo identificar exatamente o que é, mas sinto que não estamos prontos — respondeu ela, ainda olhando para o horizonte.

Cibele, de apenas 12 anos, era uma garota promissora. Seu controle sobre a areia herdado de Gaara e suas habilidades com o Sharingan a tornavam uma jovem prodígio. Ciel, embora mais jovem, também mostrava grande talento, mas sua verdadeira força ainda permanecia adormecida, algo que Hana temia que um dia fosse testado de maneira cruel.

De repente, um som de asas cortando o ar tirou Hana de seus pensamentos. Um falcão mensageiro pousou na janela, trazendo uma mensagem urgente. Gaara foi o primeiro a abrir o pequeno pergaminho preso à pata da ave. Seu rosto se contraiu em uma expressão que misturava preocupação e determinação.

— Hana, parece que a vila Oculta do Som está se movendo de novo — ele disse, entregando o pergaminho a ela.

Hana franziu o cenho enquanto lia rapidamente. A Vila do Som, que há muito tempo estava inativa, parecia estar se reorganizando. Ela sabia que isso não era bom. Eles sempre estavam envolvidos em planos sombrios e vingativos. O que isso significaria para a Folha? Para sua família?

— Eles estão atrás do poder do nosso clã... — murmurou Hana. — De novo.

Gaara se levantou, seu olhar focado e implacável. Ele sabia que se aproximava um conflito, e a segurança de sua aldeia e de sua família estava em jogo.

— Cibele e Ciel precisam ser preparados. Não podemos subestimá-los — ele falou, agora em tom mais firme.

— Eu vou treiná-los. Cibele já está pronta, mas Ciel... — Hana parou, refletindo sobre o filho mais novo. Ele era diferente. Seu poder era silencioso, quase invisível, mas Hana sabia que quando despertasse, poderia ser devastador. Ela só esperava que não fosse necessário chegar a esse ponto.

Mais tarde naquela noite, Hana reuniu Cibele e Ciel no campo de treinamento da família. A lua cheia iluminava o espaço, e o vento da noite se misturava com a areia que Cibele começava a controlar com leveza. Ciel observava sua irmã com atenção,

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