TEACH ME PROFESSOR [Elizabeth Olsen]

cap 63... Há quanto tempo não nos vemos

POV S/N

Eu me movo repetidamente na cama incomodada por algo. Só quando deixo de estar meio adormecido meus ouvidos percebem gritos e gemidos, arregalo os olhos e me viro para Lizzie que se contorce reclamando em palavras incompreensíveis.

Pego meu telefone para ver que horas são e já é madrugada.

"E-eu sinto muito- sinto muito- p-por favor não vá embora!" ela murmura 

"Querida, p-por favor" Espere, mas-

"Amor, acorda, Lizzie, vamos, acorda", eu a sacudo e logo depois ela pula da cama abrindo bem os olhos.

Ela está tremendo como uma folha e seus olhos estão brilhando de lágrimas, ela se vira para mim e quase parece ter uma visão quando me vê.

"S/n..." seus lábios tremem ao ouvir meu nome

"Ei, está tudo bem, estou aqui", digo abrindo os braços, ela mergulha neles e começa a chorar, e eu envolvo seu corpo trêmulo.

"Eu pensei-eu pensei que tinha te perdido" ela soluça

"Não, querida, estou aqui, não vou a lugar nenhum", eu asseguro ela beijando sua cabeça.

"Você teve um pesadelo?" pergunto e sinto seu aceno no meu peito. "Isso acontece com frequência?" acrescento, ela levanta a cabeça para me olhar com seus olhos verde-esmeralda, que, mesmo cheios de lágrimas, ainda são lindos.

"S-sim..." ela sussurra "Você quer me contar sobre isso?" eu questiono enquanto gentilmente enxugo as lágrimas que escorrem por suas bochechas. Ela pega minha mão na dela e fecha os olhos por alguns segundos tentando relaxar.

"É o pesadelo de sempre que tenho ultimamente" ela começa a me dizer soluçando "Eu tenho algo a ver com isso, não é?" eu digo e ela concorda

"Nós brigamos, você me diz tantas coisas desagradáveis, você diz que não pode dar certo entre nós, que eu não mereço você e me deixa em paz, eu grito seu nome, eu peço para você ficar comigo, mas você vira as costas e vai embora na escuridão.

E eu não vou te impedir, eu não vou fazer mais nada para fazer você ficar comigo e então-então eu te vejo novamente em uma p-poça de sangue, deitada no asfalto com-sem vi-" ela não consegue terminar enquanto ela começa a chorar novamente "Eu estou bem aqui, querida, está tudo bem, você está comigo" eu a embalo em meus braços tentando acalmá-la. "Eu acho-eu só acho que estou com tanto medo de te perder, eu não quero depois do que aconteceu", ela confessa.

"Ok, ei, olhe para mim" Eu afasto meu rosto para olhar em seus olhos

"Você precisa seguir em frente, querida, ok? Você não é o que suas memórias sussurram no meio da noite, Liz, e você não é todos os erros que você já cometeu. Todo mundo comete erros, eu também errei com você no passado, mas não podemos perder o controle sobre isso", eu explico a ela. Ela pega minhas mãos e brinca com elas, mas sem falar comigo.

"Ei, talvez eu tenha subestimado o quão mal tudo isso fez você se sentir, quero dizer, o acidente, meu coma, deve ter sido muito difícil para você, mas eu estou aqui agora certo? Olhe para nós, querida, estamos finalmente vivendo nosso amor e eu não poderia pedir melhor" acrescento, levando minhas mãos ao rosto dela, acariciando suas bochechas com meus polegares enquanto ela olha para mim como uma criança.

"Eu te amo, ursinho" eu sussurro sorrindo e finalmente um pequeno sorriso surge em seu rosto

"Eu também te amo muito", ela diz e então eu levo meus lábios aos dela, dando um beijo doce e salgado ao mesmo tempo em suas lágrimas.

"Vamos voltar a dormir?" eu proponho e ela concorda

"Mas você pode me abraçar? Então se eu te sentir perto eu não terei mais pesadelos" ela me pergunta com aqueles olhos suplicantes que eu nunca conseguiria dizer não para.