TEACH ME PROFESSOR [Elizabeth Olsen]

cap 57... Jovem de coração

PONTO DE VISTA DE LIZZIE

O abraço do mar, a carícia do pôr do sol, suas mãos que não me deixam ir. É assim que eu desenharia o amor.

Era isso que eu sempre quis da vida, só não sabia, ou pelo menos não sabia até conhecê-la.

E agora eu a vejo como a coisa mais preciosa deste mundo, como minha fonte de vida, de felicidade.

Ela não sabe, mas meu coração grita o nome dela todo dia, toda noite, eu só quero estar perto dela, eu só quero ela.

Entendi que o amor não é uma necessidade, o amor porque preciso do outro.

É errado, tóxico e imaturo e talvez por um tempo foi assim comigo, eu precisava me distrair de um relacionamento que nem existia mais e nela eu encontrei a necessidade que eu estava procurando. Mas agora eu entendo que eu preciso dela porque eu a amo e isso é diferente.

"Por que você está olhando para mim?" ela me pergunta "Oh, nada, eu só adoro olhar para coisas bonitas. Como este pôr do sol, como este mar, como você" admito olhando em seus olhos e ela cora e aquela cor avermelhada em suas bochechas só a deixa ainda mais bonita.

As cores do pôr do sol se põem em seus olhos, os raios de sol contornam seu rosto fazendo ainda mais justiça à sua beleza. Eu não pensei que na minha idade eu poderia me apaixonar novamente e em vez disso aqui estou eu, tendo perdido a cabeça por essa linda garota.

"Sabe de uma coisa? Esse pôr do sol me faz sentir nostalgia até de coisas que não me lembro de ter vivido, e é estranho, é como se meu coração sentisse emoções já vividas enquanto o cérebro é um apagão completo e isso é uma droga", ela diz. "São emoções bonitas, pelo menos?"

"A mais linda que já me senti" ela admite sorrindo para mim, deixo um beijo em sua cabeça e a abraço por trás enquanto assistimos o pôr do sol na praia. Levei-a exatamente ao mesmo lugar onde ela tinha me levado há algum tempo, bebemos os chocolates quentes do Ben e então, não tendo a moto dela, nos encostamos no meu carro para nos presentear com essa paisagem maravilhosa.

"Eu quero fazer alguma coisa" ela diz se apoiando no meu ombro para tirar os sapatos enquanto eu a olho para ela confusa tentando descobrir o que ela quer fazer. Eu a vejo caminhando em direção à praia sem muletas.

"Querida, as muletas!" eu grito perseguindo-a

"Olha Liz, eu não preciso delas!" ela diz feliz como uma criança e eu sorrio ao vê-la assim

"Você vai se machucar, eu não quero-"

"Por favor, Liz, pare de ser pessimista, olha, estou ótima, venha aqui!", ela diz se aproximando da praia mancando.

Eu balanço a cabeça e rio ao vê-la tão desajeitada, mas, meu Deus, como ela me faz feliz.

Chego até ela e fico ao seu lado.

"Tire os sapatos, é maravilhoso sentir a água do mar te acariciando" ela me convida a fazer isso "Mas está frio" eu indico "Está tudo bem, confie em mim" Eu faço o que ela me diz, tiro os sapatos e meus pés tocam a areia fria. A água acaricia minha pele, primeiro me fazendo tremer de frio, mas depois me acostumo e devo admitir, é uma sensação maravilhosa.

"Viu? É lindo", ela se aproxima de mim, envolvendo os braços em volta dos meus e descansando a cabeça no meu ombro e meu coração salta de felicidade. Tudo é tão perfeito, eu não poderia pedir nada melhor.

"Eu ficaria assim para sempre" eu declaro

"Bem, eu não me importaria de ter uma cadeira", ela brinca e eu dou um tapa em seu ombro. "Ai, não é assim que você deve tratar os pacientes, Olsen, eu deveria chamar outra enfermeira", eu me viro para encará-la. "E vamos ouvir para quem você ligaria?"