8:42 PM
O que aconteceu no fim da tarde me fez perceber muitas coisas.
Primeiro, a mulher baixinha e adorável, vestida com roupas formais, é a irmã mais nova de P'Karan.
O nome dela é Mai-tree. Ela é dois anos mais nova que a irmã e trabalha como advogada, frequentemente lidando com casos para celebridades ou empresas.
Hoje, ela veio para pegar emprestado o Aston Martin da irmã, e estava esperando que P'Karan o buscasse à noite.
Como já fazia algum tempo, ela decidiu procurar a irmã, mas acabou encontrando P'Karan e eu no meio de uma conversa.
Segundo, as habilidades de controle do tempo têm suas próprias condições...
A irmã mais nova segurou firmemente o braço de P'Karan. Ela franze a testa como um coelho determinado, pronto para morder. "Não pense em voltar no tempo para encobrir! Tente agora, e eu também me lembrarei!"
Naquele momento, P'Karan parecia desamparada; parecia estar tendo dificuldade para pensar antes de olhar para mim. Por um instante, parecia que ela queria "voltar no tempo para encobrir", exatamente como sua irmã mais nova havia insinuado. No entanto, ela soltou um suspiro, como se percebesse que, talvez, a essa altura, não devesse mais esconder isso. Então, tentou segurar o pulso de Mai-Tree e levá-la embora.
Mas a voz teimosa persistia, deixando claro para mim que, se P'Karan tivesse que interferir na morte de alguém apenas uma vez, ela perderia dez anos de sua vida. Isso me deixou paralisada, boca aberta, olhando para a mulher alta arrastando a irmã em direção ao carro estacionado, como se não quisesse deixar escapar mais nada.
E às 8 PM, sozinha neste quarto silencioso, porque minha colega de quarto estava de plantão na emergência, eu me encontrava sentada na beira da cama, cheia de emoções conflitantes.
Choque e culpa... por tê-la pedido anteriormente para ajudar todos os pacientes, mesmo sabendo que o que ela teria que trocar era uma década de sua vida.
Sinto-me grata, mas não consigo entender por que... sete anos atrás ela escolheu me ajudar. Eu não tinha nada de especial, nem um pouco.
E então, os sentimentos de arrependimento...
Quando cheguei às duas palavras mencionadas acima, as lágrimas escorreram pelo meu rosto incontrolavelmente. Elas caíram no travesseiro em pequenos círculos. Minha mão trêmula repousava ao meu lado.
O pensamento de que meu retorno à vida com meus trinta e dois órgãos teve que ser trocado por dez anos da vida dela pairava em minha mente.
P'Karan disse que havia usado seu poder para ajudar alguém apenas uma vez, e essa pessoa era eu... Por quê? Por que ela voltou no tempo? Por que voltou para segurar minha mão e me ajudar a atravessar a rua em segurança?
Meu peito está tão apertado que tenho que levantar a mão esquerda para pressioná-lo. O nó na garganta faz meus ombros tremerem. Sou a pior. Por que eu disse aquelas coisas para ela? Se voltar no tempo para salvar uma vida exigia tais condições, ninguém jamais desejaria usar esse poder. Sete anos atrás, foi mais do que apenas um bom ato. Foi um sacrifício muito grande.
Enquanto choro até minha garganta ficar constrita, percebo que P'Karan foi quem fez o sacrifício e, ainda assim, estou chorando como uma tola.
Pego meu telefone e entro no aplicativo LINE para enviar uma mensagem para ela. Eu fungo, enquanto meu coração está cheio de remorso e autoacusação. Mas então noto que ela me enviou algumas mensagens cinco minutos atrás, enquanto eu chorava incontrolavelmente.
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REVERTA COMIGO: ATRAVÉS DE MILHÕES DE ÓRBITAS
Fiksi Ilmiah"Então, minha resposta à sua pergunta é... Eu me apaixonei por você depois de todo esse tempo. Foi um amor duradouro. Não posso viver uma vida longa sem você ao meu lado."
