Introdução

32 7 5
                                    

- SÍRIA, VOLTE AQUI AGORA! - com certeza o grito do homem foi ouvido por todo o quarteirão - 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- SÍRIA, VOLTE AQUI AGORA! - com certeza o grito do homem foi ouvido por todo o quarteirão - 

- É SIRIUS, SEU ESCROTO! - o garoto mostrou os dois dedos do meio, sua madrasta o olhava com extremo desgosto, enquanto na face do pai, só tinha ódio -

As pessoas não aceitaram muito bem quem ele era, mudar de garota pra garoto não é fácil, principalmente quando se mora em uma cidade tão pequena como Woodsboro.

Bom, ele teve sorte, seus amigos não ligaram quando falou que era Sirius e não Síria, foi meio estranho para eles no início, se acostumar a chama-lo pelo pronome certo, erravam as vezes, mas agora está tudo bem. 

A entrada do colégio estava lotada de gente, a maioria eram repórteres tentando ter qualquer atenção dos alunos.

- O que tá rolando? - Sirius perguntou para sua prima assim que à avistou conversando com Tatum - 

- Casey Becker e o namorado dela, Steve Orth, foram encontrados mortos na casa dela ontem. - Sidney disse, a voz baixa parecendo incerta sobre alguma coisa - 

O Killing conhecia Casey, os dois eram amigos antes dele fazer a transição, mas quando contou a garota, ela parou de falar com ele e o xingou de todos os nomes possíveis. Steve já o assediou uma vez, foi quando Billy e Stu tomaram uma puta detenção por quebrar a cara do garoto e deixa-lo no hospital por uma semana. O castanho chegou a contar sobre isso para Casey, mas ela apenas disse que ele estava mentindo e que seu perfeito namorado nunca faria isso. 

Sinceramente, Sirius esperava que os dois estivessem queimando no inferno, lembraria e queimar uma vela para Hades pedindo isso.

Ele seguiu para a sala, não prestando verdadeiramente atenção na aula, não tinha o menor interesse na independência dos Estados Unidos, já passou, por que ele teria que se preocupar com essa merda agora? 

- Senhorita Killing, poderia se dirigir até a sala do diretor? - a mulher velha com várias rugas de expressão perguntou -

- Porque? - ele perguntou, ignorando o erro que ela cometeu ao lhe chamar - 

- Os policias querem lhe fazer algumas perguntas. - o garoto de levantou, faria qualquer coisa para sair daquela sala -

A sala do diretor era um pouco longe, Sirius andava distraído, acabou por esbarrar em alguém. 

- Desculpe! - ele pediu rapidamente, olhando para cima -

Sirius Killing era absurdamente baixo comparado ao seu amigo mais próximo, Stuart Macher, e seu pescoço sempre doía um pouco por ter que olhar para cima, mas valeria a pena por ver o lindo sorriso do loiro. 

- Onde está indo, gatinho? - gatinho, o maldito apelido que tirava a sanidade do Killing - 

- Sala do diretor. -

- Acabei de voltar de lá, não se assuste se perguntarem se você gosta de caçar. - ele abaixou um pouco seu corpo para falar no ouvido do outro -

- Vou lembrar disso, tchau Stu! - o garoto acenou correndo pelo corredor até a diretoria - 

O Macher ficou parado ali, olhando o mais baixo correr pelo corredor vazio pelo horário de aula, um pequeno sorriso descansava no canto de seus lábios enquanto ele ia para a sala.

Enquanto isso, na sala do diretor Himbry.

- Oi, policial Dewey. - Sirius disse, quase se esquecendo de chama-lo de policial - 

- Oi, Sirius, como vai? - o garoto apenas acenou sorrindo -

Ele gostava de Dewey, o homem era um dos poucos naquela cidade de merda que o aceitava do jeito que ele era. 

- Bom, senhorita Killing, - a voz do chefe de polícia foi ouvida no lugar, o mais novo se segurou para não revirar os olhos - era amiga da senhorita Becker? - 

- É, ela era minha amiga, mas quando eu disse quem realmente sou, ela se afastou. - o homem que anotava tudo em um caderninho o olhou - 

- E isso poderia ser um gatilho para mata-la? - ele questionou, fazendo Sirius levantar uma das sobrancelhas - 

- O que está insinuando, xerife? - ele perguntei, mesmo que já soubesse aonde o homem queria chegar - 

- A senhorita poderia ter ficado irritada com a pobre menina e resolvido mata-la por errar seu "pronome". - o homem zombou -

- Como está fazendo agora? - Dewey segurou o riso - Eu estava com Stu e Tatum ontem, estávamos vendo filmes. - foi verdadeiro - 

- A sim, o senhor Macher disse algo parecido, vamos chamar a senhorita Riley para confirmar a história. - ele voltou a anotar no caderninho - Pode ir, senhorita Killing. - ele frisou o "senhorita", o mais baixo mordeu a língua para não soltar um palavrão - 

Ele não tinha a menor intenção de voltar para a sala, acabou por ir ao banheiro, jogando uma água sobre o rosto, tentando inutilmente aliviar o estresse. 

Sirius odiava aquele lugar, pessoas com mentes pequenas que não enxergavam o mundo ao seu redor, era desprezível. O garoto queria chorar, mas isso mostraria vulnerabilidade e essa era a ultima coisa que ele queria. Então, ele apenas sorriu, como se o mundo fosse apenas rosas, mesmo ele estando quebrado por dentro, iria fingir que estava tudo bem, não importa o que os outros pensem.

 Então, ele apenas sorriu, como se o mundo fosse apenas rosas, mesmo ele estando quebrado por dentro, iria fingir que estava tudo bem, não importa o que os outros pensem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Deixe seu voto, por favor🎔

Sagrado Profano - ᵇᶦˡˡʸ ˡᵒᵒᵐᶦˢ & ˢᵗᵘ ᵐᵃᶜʰᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora