Capítulo Um

13 1 0
                                    

Katherine era abusada e violentada frequentemente por seu padrasto. Pois, Brian a estuprava e a sodomizava de todas as formas possíveis e inimagináveis, fazendo tudo que queria e a hora que bem entendia, ou pelo simples fato de sentir prazer ao vê-la sofrer. Porém, as coisas pioravam ainda mais, quando ele ficava chapado. Pois, Brian sempre a espancava, isso quando não a torturava.

O homem judiava tanto de Katherine fazia com que sua pele alva e que mais parecia de porcelana, ficasse tão vermelha que parecia estar na carne viva, sem falar das várias cicatrizes e hematomas de vários tons que iam do roxo mais escuro puxando para o preto, ao verde mais claro puxando para o amarelo, deixando apenas seu lindo rosto intacto, para que assim, o homem pudesse manter as aparências. Mas, agora nem isso Brian deixava escapar, já que Katherine havia literalmente se tornado o “seu brinquedinho favorito” para que ele pudesse “extravasar” Sua raiva e frustração do dia a dia.

A menina ainda podia sentir a dor em sua face pela bofetada que o padrasto lhe dera á três dias, e também estava começando a sentir uma tontura devido a fraqueza que vinha sentindo. Eram sinais claros de alguém que estava passando por uma breve abstinência alimentar. Ainda assim, Katherine não podia e nem queria se arriscar a sair de seu esconderijo, pois tinha medo de ser pega novamente por um dos homens que trabalhavam para seu padrasto, ou até mesmo pelo próprio Brian e receber uma punição ainda mais severa do que seu último castigo, só por ter tentado fugir mais uma vez daquela maldita fortaleza a qual sua própria casa havia se tornado.

Mas, era ali, naquele cantinho que Katherine se “sentia” segura e longe das “garras” do padrasto. Pois, ela havia aprendido a duras penas que se ficasse ali, quietinha e sem fazer nenhum tipo de barulho, ele não a encontraria tão cedo.

A menina mais uma vez tentou se mexer e novamente sentiu uma dor aguda próximo a cintura, a dor estava tão intensa que acabou fazendo com que ela mordesse o lábio inferior com força para não gritar. Enquanto sentia o gosto do próprio sangue na boca. Porém, nada impediu de que seu lindo rosto fosse banhado por suas lágrimas.

Brian havia conseguido destruir a menina por completo, tanto por dentro, quanto por fora. Ele havia terminado de tirar as únicas coisas que ainda restara para ela e a mesma mais prezava em si. Sua dignidade e sua pureza. Tudo para mostrar que era ele que estava no controle de tudo. Tanto da corporação, quanto de sua vida.

A menina já não aguentava mais viver daquela forma, sendo torturada diariamente e sendo forçada a se submeter a coisas absurdas das quais nem sabia o significado, só para não ser espancada com chutes, pancadas e socos que seu padrasto lhe dava até a mesma desmaiar. O homem fazia aquilo somente por “diversão”. Sem contar nas argolas, chicotes, cordas e nos vários aparelhos de eletrochoques – que ele usava quando Katherine se agitava tentando se libertar para fugir e tinha as facas. Aquelas malditas cordas e facas.

Tinha dias que a menina mal conseguia se mexer ou se quer andar, tamanha era sua dor, era quase indescritível o que ela sentia, por causa das surras que o padrasto lhe dava quando estava estressado ou furioso com alguma coisa. Isso sem falar nos cortes que o mesmo lhe fazia na maioria das vezes só para ter o prazer em vê-la sofrendo em suas mãos.

Sem contar que Brian a obrigava a se drogar com todos os tipos de drogas possíveis e já existentes até hoje. Mesmo que Katherine se negando a consumir aquelas coisas e as vezes até cuspindo na cara do padrasto, o mesmo sempre acabava a forçando a consumir, pois, ele empurrava goela abaixo. Pois, além dela detestar aquele gosto horrível que ficava em sua boca, eram muito fortes.

Ele costumava dopá-la com a cocaína, o crack, o ectasy, a morfina e o oxi. Quando a menina estava chorosa e dizia que preferia morrer a continuar vivendo daquela maneira. Mas, é claro que Brian não era tolo em deixar que “sua galinha dos ovos de ouro” se matasse, por isso que ele a drogava daquela forma, para impedi-la de fazer alguma besteira. Sem contar no fato de que ele gostava de vê-la impotente.

Seus braços, suas costelas e suas pernas doíam tanto que era difícil até para ela se mexer, pois qualquer movimento, por mínimo que fosse, era como se a menina estivesse sendo torturada novamente pelo do padrasto. Katherine nunca conseguiu entender como e que alguém podia ter prazer em fazer e ver outra pessoa sofrer? Aquilo era doentio. Aquele homem era doentio.

A menina podia jurar que mais uma vez, o padrasto havia quebrado mais um de seus ossos, e pela dor intensa que ela sentiu ao inspirar e expirar o ar para dentro de seus pulmões. Ela deduziu isso por ter sentindo a dor se intensificar ainda mais naquele local cada vez que respirava fundo, já que estava com mais dificuldades que o normal para respirar. A consequência disso, foi dela ter sido jogada escada abaixo, provavelmente tinha sido três lances. Porém, ela não tinha tanta certeza, já que o “acidente” havia acontecido á três dias atrás e aquilo estava lhe causando um grande desconforto sempre que inspirava e expirava o ar para dentro de seus pulmões.

Porém, onde mais lhe doía era no pé da barriga, - mais especificamente em seu ventre, - e por onde o sangue havia escorrido e secado por entre suas pernas

Katherine jamais imaginou que algum dia, isso pudesse lhe acontecer. Apesar dela que sempre ter visto esse tipo de assunto em filmes e séries. Ainda assim, jamais imaginou que se tornaria um alvo, ainda mais durante tanto tempo e ainda por cima dentro de sua própria casa.

Se eu ficar quietinha aqui, o monstro não vai me achar! Ele não vai me encontrar...” – Katherine repetia aquela frase frequentemente em sua mente, na tentava de espantar seu medo e na tentava inútil de ter algum pensamento positivo sobre todo aquele pesadelo em que estava vivendo.

Após a notícia de que seu pai havia sofrido um grave acidente na fábrica na qual trabalhava como operador de máquinas e o mesmo não ter sobrevivido. A menina viu sua vida dar uma guinada de trezentos e oitenta graus. Pois, sua mãe, Louren, tinha se casado novamente, alguns meses depois da morte de seu falecido marido, Joseph Halstead.

A mulher se casou com um homem alguns anos mais novo que ela. Sem contar que o mesmo era bem ambicioso e muito poderoso, seu nome era, Brian Bolton.

Ele não era um homem de muitos amigos, muito menos de deixar as coisas pendentes. Pois, foi sua personalidade forte e agressiva que o fez ao topo da Halstead Corporation, como um dos mais fortes acionistas da empresa, se não for o mais forte. Colocando até mesmo Paul Smith em segundo lugar.

- Louren, minha cara! – o homem disse tentando chamar a atenção da “amiga” que estava sentada no sofá bege grande a sua frente. – Você realmente confia neste homem? – Paul perguntou com um pequeno sorriso de canto, um sorriso sínico mesclado de deboche com piedade. Porém, a mulher a sua frente não se incomodou. – Sabe o quão interessado ele está na herança que Joseph deixou para você e Kathy! – indagou. Mas, a mulher apenas sorriu, enquanto erguia os olhos azuis envelhecidos e arqueava uma das sobrancelhas.

- Não tanto quanto você, meu querido amigo! – a mulher devolveu no mesmo tom e com um sorriso zombeteiro nos lábios finos, porém, cheios de botox. – Infelizmente, alguns ganham e outros perdem.

Katherine pôde observar um pouco daquela pequena conversa entre sua mãe e o srº Smith, e de certa forma, ficou feliz pois, pelo menos mais alguém concordava com ela em relação a não confiar totalmente no homem tão duvidoso que havia acabado de ser anunciado como o mais novo membro de sua família.”

A menina não gostou nenhum pouco da ideia no começo, pois achava que sua mãe estava desrespeitando a memória de seu pai. Porém, ela também nunca protestou ou se quer disse uma palavra para a mulher de que era contra o relacionamento da mesma, pois via como Brian a fazia feliz, ou pelo menos era isso que Katherine achava.

Pois, certo dia – algumas semanas após o casamento de sua mãe, para ser mais específica – a menina descobriu, que seu padrasto era uma farsa. Ela descobriu que o homem no qual sua mãe havia se casado era na verdade, um criminoso, golpista e traficante de drogas, entre muitas outras coisas que ela ainda desconhecia e que era dessas atividades desconhecidas que vinha a sua tão questionável fortuna.

Mas, como Brian era um homem ambicioso e ardiloso, e como qualquer outro homem tomado pela ganância, o mesmo não se contentava com metades e muito menos com migalhas. E era por esse motivo que ele almejava tanto a fortuna dos Halstead’s.

Katherine HalsteadOnde histórias criam vida. Descubra agora