Duskwood - O Retorno

Longe de Tudo

Depois de duas horas de estrada, finalmente chegamos na cabana. Estamos realmente longe de Duskwood. O lugar é realmente lindo, grande, rústico, com detalhes em madeira e pedra, e em volta, uma densa floresta. O vizinho mais próximo fica á uns dez kilômetros de distância, segundo o Jake. Os meninos tiram as nossas malas dos carros enquanto eu e as garotas corremos pra conhecer o nosso lar temporário. Ao abrir a porta damos de cara com a sala e a cozinha. Tem uma lareira enorme na sala, vários sofás em frente a lareira e uma mesa de centro. Saindo da sala vemos a pequena cozinha, com armários de madeira e uma mesa de jantar no meio dela. Cleo com certeza vai amar usar essa cozinha, ela é uma ótima cozinheira!
É quente e aconchegante.
Os meninos entram com as malas e também se surpreendem com a beleza da cabana.

_ Bom, já que foi nosso amigo hacker aqui, que encontrou essa casa, acho que ele tem direito de escolher o quarto primeiro, não é? _ Dan anuncia e todos concordam.

_ Obrigado. Na verdade, eu já tinha escolhido pelas fotos _ Jake responde.

Todos então subimos para o andar superior, seguindo-o. O quarto que Jake escolheu era o primeiro, logo depois da escada, á esquerda. Jessy escolheu o próximo, perto do nosso. Ela se tornou minha melhor amiga desde que entrei nessa bagunça e tem me apoiado em tudo.
Antes que eu pudesse as escolhas do restante do pessoal, entrei no quarto com Jake.
O quarto era enorme, com um banheiro só para nós dois. Tinha até uma sacada com vista para a floresta, como na casa dele. O quarto é todo em madeira, assim como todo o resto da cabana. A cama grande de casal, arrumada com edredons e travesseiros fofinhos e brancos. De frente á cama fica a entrada do banheiro, que é bem grande, tem uma ducha e uma banheira pequena e delicada, um espelho enorme que pega toda a parede onde fica a pia, e um box todo de vidro. Era um ótimo quarto. Organizamos as nossas coisas e nos deitamos para dormir, não era tão tarde, mas todos nós estavamos cansados da viagem. No dia seguinte teríamos tempo de conversar. Hoje, só quero aproveitar a companhia dele, longe de tudo.

No dia seguinte, Jake e eu acordamos juntos. Na verdade, quando abri os olhos, percebi que ele estava me observando dormir. Depositou um beijo em minha testa, desejando bom dia.
Descemos para tomar café. O cheiro do café já estava entrando pela porta do quarto. Todos já tinham acordado e estavam sentados em volta da mesa, conversando.

_ Bom dia pessoal! Dormiram bem? _pergunto, sentando-me ao lado de Jessy e Jake sentando-se ao meu lado.

_ Demorei um pouco para pegar no sono. Mas confesso que descansei bem naquela cama super confortável.

_ Sim, eu também _diz Hannah.

_ Tudo muito bom, muito lindo! Mas vamos falar sobre o que aconteceu ontem ou não? _pergunta Dan, com pressa.

_ Não há muito o que dizer, Dan. Eu só não queria arriscar ficar em Duskwood e ter que lidar com tudo aquilo de novo. Mesmo tendo a mínima chance de ser uma brincadeira de mal gosto, pensei que dar um tempo seria mais seguro, entende? _ tento explicar.

_ S/n tem razão. Não podemos arriscar. Eu não quero reviver tudo aquilo de novo. Não quero que nenhum de vocês passem por isso novamente _completa Hannah.

_ Se for apenas uma brincadeira, Alan Bloomgate irá descobrir. Eu falei com ele ontem á noite depois que chegamos aqui. Não disse onde estavamos, mas contei sobre os sinais do corvo e sobre as mensagens que S/n recebeu. Qualquer novidade, ele me ligará e aí, poderemos voltar para casa, sem medo _conta Lilly.

_ Espero que seja mesmo apenas uma brincadeira de mal gosto _desabafa Thomaz, acariciando uma das mãos de Hannah sob a mesa.

_ Mas já que estamos aqui, vamos tentar ficar tranquilos e nos distrair, o que acham? Todos nós conseguimos um tempo de folga do trabalho e isso é raridade, não é? Então, vamos apenas aproveitar essas pequenas férias que temos juntos _ Cleo diz, tentando levantar o astral. Todos concordam, com um esboço de sorriso nos lábios.
Tomo um gole do café preto servido em minha xícara pelo Jake. Uma delícia, quente e equilibrado.
Ficamos todos ali, conversando por um tempo. Exceto Jake, que mal abre a boca.
De repente recebo uma ligação. O número desconhecido ligando outra vez. Resolvo atender e coloco no viva-voz para que todos pudessem escutar.