Yaman socou várias vezes a parede. Estava desesperado. Tinha medo de que Hakan a matasse ou o agiota a matasse. Ali e Kiraz chegaram da terceira ronda que tinham feito nos restaurantes em busca de Seher. Ouviram barulho de coisas quebrando e Yaman gritando descontroladamente: DESGRAÇADO, EU VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO! Ali e Kiraz subiram correndo para ver do que se tratava. Lá em cima, no quarto de Seher, Yaman estava sentado na beira da cama, totalmente desolado, a mão machucada pelos socos.
A: Abi??? o que aconteceu? Abi, fala comigo.
Y: Aquele desgraçado a pegou irmão. Ele a pegou.
K: não, por favor, não. Eu rezei tanto para que isso não acontecesse.
A: Como você sabe abi?
Y: eu liguei para ela. Ela abriu a chamada, mas não falou comigo, mas eu a ouvi falando com ele. Acho que ela estava tentando me avisar. Ela disse que eles estarão no banco amanhã às duas da tarde.
A: E você tem ideia de para onde ele a levou?
Y: não, mas temos que tentar achá-la hoje e tirá-la das mãos dele. Mesmo que ela faça a transferência, não pode estar sozinha com aquele miserável. Não sabemos quais as intenções dele. Ele já tentou violentá-la aqui dentro da casa dela. Irmão, estou ficando maluco de preocupação.
A: Mas já procuramos em todos os lugares, já fomos três vezes aos restaurantes e não a achamos. Você já andou por horas vagando pelas ruas e não a encontrou. O que mais poderemos fazer? Eu já não tenho mais ideias.
Y: Eu sinto muito, mas não tem mais jeito. Terei de ir até o senhor Yusuf. Vou perguntar a ele se existe algum lugar onde ela possa estar. Vou tentar não entrar em muitos detalhes. Sei lá, vou inventar uma desculpa.
A: mas ele ainda não está falando, como você vai fazer.
Y: não sei irmão, mas não posso ficar aqui sem fazer nada. ARRRRRRRRRR.
A: taman, então eu vou continuar procurando com Kiraz. Sei lá, nem sabemos mais onde procurar, mas vamos continuar.
Yaman chegou no hospital. Seu Yusuf estava dormindo. Dona Nida lia um romance.
N: Yaman, filho, está tudo bem?
Y: eu preciso falar com o senhor Yusuf mãe.
N: ele está dormindo agora, os remédios os deixam sonolento. Aconteceu alguma coisa?
Yaman abaixou o tom da voz e disse: Mãe, estou desesperado, Hakan pegou Seher.
N: como assim?
Y: Ele está com ela mãe, a mantendo cativa até que consiga fazer a transferência do dinheiro. Estou apavorado, mãe! Ela deve estar morrendo de medo e eu não consigo protegê-la. Apertou as mãos com força, para não gritar.
N: mas ele não precisaria da assinatura do senhor Yusuf também?
Y: não, apenas a senha dos dois já basta para a transferência e ele tem a procuração, lembra?
N: Então ele deve saber a senha ou espera que Seher diga a senha do pai. Filho, só imagino a sua agonia. Eu te conheço e sei como você é nervoso, mas fique calmo, vai dar tudo certo! Qual é o valor que ele está extorquindo deles?
Y: Um milhão de liras. Eu queria poder achá-la antes. Eu o denunciaria a polícia. Se precisasse, para protegê-la, iria com ela para algum lugar distante. Por isso, eu quero perguntar algumas coisas para o senhor Yusuf, ver se descubro onde ela possa estar.
N: Filho, mas ele ainda não está falando! Como é que você vai...
O senhor Yusuf acorda. Yaman chega perto dele e diz: Senhor Yusuf, eu sei que o senhor ainda não consegue falar, mas eu vou lhe perguntar algumas coisas e vamos combinar que o senhor piscará uma vez para sim e duas para não, taman?
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A Flor e o Colibri
RomanceDepois de um acidente de avião o piloto e uma empresária ficaram perdidos na mata. A incompatibilidade aparente entre os dois ficou clara desde o início, mas depois...Começaria ali um romance cheio de aventuras! Será que duraria depois que fossem re...