Capítulo 12

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NATALIE

Acordei com o som insistente do meu despertador tocando no celular. Meu corpo estava pesado, e a única coisa que eu queria era continuar dormindo, mas sabia que precisava ir trabalhar. Merda, pensei. Olhei para o lado e vi Timothée dormindo tranquilamente, a expressão relaxada, quase angelical. Me levantei com cuidado, tentando não fazer barulho, e saí da cabine. Assim que olhei pela janela, percebi que já estávamos de volta à costa. Droga, vou me atrasar.

Voltei para a cabine e, hesitante, balancei o ombro dele:
— Hey, Timmy, eu preciso ir... — sussurrei, tentando não soar desesperada.

Ele abriu os olhos lentamente, confuso por um segundo, e eu me senti um pouco culpada por acordá-lo assim.
— Desculpa, mas eu realmente preciso ir trabalhar — expliquei, já pegando minha bolsa.

Ele pulou da cama, sem pensar duas vezes.
— Desculpa, baby. Deixa só eu lavar o rosto — disse ele, ainda com a voz rouca de sono.

Enquanto ele ia ao banheiro, ele acenou com uma escova de dentes nova na embalagem.
— Quer? — perguntou com aquele sorriso fácil que me fazia derreter.

— Obrigadaaa! — respondi, pegando a escova. Depois de nos arrumarmos rapidamente, saímos em direção ao carro dele. Enquanto caminhávamos, alguns flashes de câmeras nos cercaram, e eu só tive tempo de perceber o quanto aquilo me incomodava.

Timothée olhou pra mim com uma expressão de desculpas.
— Te levo pra casa? — ele perguntou, preocupado.

— Não, direto pra biblioteca do campus, eu preciso trabalhar — expliquei, tentando ser o mais prática possível.

Durante o trajeto, peguei meu celular para avisar que me atrasaria alguns minutos e vi uma mensagem da Bina: "Bom dia, morena misteriosa", seguida de um link. Cliquei, e lá estava: uma matéria sobre "Timothée Chalamet flagrado em um passeio de barco com uma morena misteriosa", com várias fotos minhas na praia. Merdaaaaa!

— O que houve? — ele perguntou, preocupado.

Mostrei a matéria, e ele começou a pedir desculpas freneticamente.
— Eu entendo se você não quiser mais sair comigo — ele disse, parecendo genuinamente arrependido.

Eu ri, tentando tranquilizá-lo.
— Tim, tá tudo bem. Ninguém sabe quem eu sou... — menti para nós dois, tentando me convencer, mas já sabia que o grupo da faculdade inteiro estava falando sobre isso.

Quando finalmente chegamos à biblioteca, ele insistiu em descer comigo.
— Eu vou comprar um livro pra compensar o atraso — disse, determinado.

— Não precisa, é bobagem... — protestei, mas ele insistiu.

Entramos juntos, e logo que pedi desculpas à Helen, a bibliotecária, ela viu Timothée e abriu um sorriso gigantesco atrás do balcão. Merda. Ele, sempre carismático, se aproximou.

— Oi, sou Timothée. Desculpa pelo atraso dela, foi culpa minha — ele disse, e Helen sorriu de orelha a orelha.

— Tudo bem, eu entendo — respondeu ela, claramente encantada.

— Você tem algum livro de mistério pra me indicar? — ele perguntou.

Helen, ansiosa, o levou até as prateleiras. Eu fiquei ali, tentando não me encolher de vergonha. Não acredito que isso está acontecendo, pensei.

Depois de alguns minutos, ele voltou com um livro chamado Dançando no Escuro.
— Vou levar esse — disse ele, mostrando o livro.

— Ótima escolha — comentei, tentando parecer calma.

Wildest Dreams - Timothée ChalametOnde histórias criam vida. Descubra agora