Capítulo 15

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NATALIE

Acordar em cima do Timothée, distribuindo beijos pelo seu corpo, era uma das melhores formas de começar o dia. A mistura de carinho e desejo se espalhava em cada toque, e o fato de ele estar só de cueca, enquanto eu, praticamente nua, só de calcinha, deixava tudo ainda mais íntimo e natural. Timothée soltava pequenos suspiros, retribuindo os beijos.

Estava tão focada nele que nem ouvi a porta se abrir até ouvir a voz da Bina ecoando pelo quarto:

Bina: — FOI A MELHOR TRANSA DA MINHA VIDA!

Ela parou assim que viu nós dois ali, com aquela expressão congelada e totalmente surpresa, e soltou um:

Bina: — PUTA MERDA, DESCULPA!

Eu e Timothée trocamos um olhar antes de explodirmos numa gargalhada. Ele ainda tentou cobrir a gente com o lençol, mas era tarde demais, a Bina já tinha visto tudo.

Timothée: — Será que foi o Don? — perguntou com aquela expressão divertida, enquanto eu saía de cima dele.

Nati: — Provavelmente. — Ri e me joguei de volta na cama.

Ele me puxou mais uma vez, brincando com meu cabelo enquanto tentava me convencer a não levantar.

Timothée: — Fica mais um pouco, vai.

Nati: — Infelizmente, o mundo real chama, senhor Chalamet.

Ele fez uma expressão de drama exagerado, como se a ideia fosse a pior do mundo. Levantei e fui até o banheiro, escovei os dentes e tentei dar um jeito no cabelo. Quando voltei, ele já estava vestido, ele foi pro banheiro se lavar, e eu fui pra cozinha.

Encontrei Bina na sala comendo. 

— Caralho, Nati, tu mal perdeu a virgindade e já tá trazendo macho pra dormir aqui em casa. Tô acostumada com isso não — disse ela, rindo mais ainda.

Eu ri junto e fui direto ao ponto:
— Vai, conta, tu transou com o Dom?

Ela confirmou com uma risada animada, dizendo que eles tinham passado a noite em um motel.

— Motel? — perguntei, surpresa.

— Claro! Não ia trazer um desconhecido pra cá. Fora que o motel era mais perto da festa que a casa dele.

Logo Timothée apareceu na cozinha, e dava pra ver que ele estava meio vermelho de vergonha pela cena de mais cedo.

— Bom dia, Bina — disse ele, com um sorriso sem graça.

— Desculpa, não sabia que você tava aqui — ela respondeu. Ele apenas riu e disse que tava tudo bem, segurando minha mão.

— Vamos tomar café na lanchonete ali do lado da biblioteca, é a melhor. Só pega seu kit anti-paparazzi e vamos. — falei, segurando a mão dele.

Timothée deu uma risada e colocou o boné e a máscara, preparado para passar despercebido. Fomos andando juntos pelo campus, uma cena que qualquer casal universitário faria, só que nós dois não éramos exatamente um casal comum. Ele era a porra de um astro do cinema, e a chance de alguém reconhecê-lo ali era uma possibilidade real de causar o caos total.

Assim que chegamos ao café, escolhemos uma mesa mais reservada, um pouco afastada dos outros. Pedi dois cappuccinos, e ele me lançou um olhar curioso.

— Pode confiar, você vai amar o cappuccino daqui. — falei, rindo.

Ele sorriu e fez o pedido de torradas e ovos pra nós dois, e começamos a conversar sobre a ideia de eu ir pra Nova York com ele.

Wildest Dreams - Timothée ChalametOnde histórias criam vida. Descubra agora