❥capítulo treze

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❥~É sempre sobre você? É sempre sobre  o cara né?
Abusas, estás com razão e a nossa relação já não tem cura.
Mesmo de perto te vejo distante.
No íncio um doce amor,a máscara caiu agora é dor.

Lizha James - Narcisismo.

Maputo.
2016.

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── Quem quer ir comigo às compras? ── questionou Tia Mara, passando pela sala.

Nós estávamos sentados no sofá, assistindo a um filme. Levantei-me sem demora ao ouvir a pergunta da Tia Mara, e com um sorriso largo, respondi:

── Eu quero!

── Então vamos, Ísis.

Virei minha cabeça de volta para Allan e Ísis, olhando para eles curiosa.

── Vocês não vão? ── perguntei.

Allan acenou displicentemente com a mão, bocejando.
── Não, pode ir.

── Fecha a boca, Allan. E não, eu também não vou. ── confessou Ava.

Dei de ombros e corri até encontrar a Tia Mara do lado de fora, esperando para pegarmos o transporte. Entramos e sentamos lado a lado.

── Para onde vamos, tia? ── perguntei, entusiasmada.

── Para Costa do Sol, na casa de uma amiga. Ela vende roupas. Vou aproveitar para ver algumas para você. ── respondeu com simplicidade.

Assenti e deitei minha cabeça no ombro dela.

Depois de 25 minutos, chegamos à nossa parada. Não era muito longe de casa. Segui a Tia Mara até a casa da amiga. Ela tocou a campainha e, logo após, a porta foi aberta. A casa, de tamanho médio, destacava-se por sua simplicidade elegante. Com paredes pintadas em um azul-escuro profundo, transmitia uma sensação de acolhimento e tranquilidade. As janelas eram amplas, e o telhado, levemente inclinado, era coberto por telhas de barro, o que dava um toque rústico ao lugar. Um pequeno jardim na frente exibia flores coloridas.Algumas plantas verdes emolduravam a entrada, criando um ambiente convidativo. Era uma casa que, sem ostentação, exalava beleza e conforto.

── Mara, que saudades! ── Sem esperar a resposta, ela envolveu Tia Mara em um abraço apertado.

Tia Mara retribuiu o abraço com um sorriso cativante.

── Também estava com saudades, Júlia.

Senhora Júlia afastou-se de Tia Mara e olhou para mim, seus olhos brilhando.

── Quem é ela? Que fofa! ── Ela apertou minhas bochechas com um sorriso carinhoso, como se quisesse transmitir afeto através de um simples gesto.

── Prazer em conhecê-la, senhora. ── Dou um sorriso suave, quase sem perceber, enquanto sinto o calor do momento.

── Senhora, não. Pode me chamar de Tia Juju. ── Ela segurou minha mão e me puxou para dentro da casa, levando-me até a sala.

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