❥Capitulo quinze

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~Eu Devo deixar você ir?
Eu vou deixar você ir?
Eu não quero que você vá.
Você era o único que me segurava.
SZA - Open arms.
Maputo.
2016.

Maratona
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___________________________________Desço do transporte e começo a caminhar em direção à casa, sentindo o calor intenso queimando minha pele

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Desço do transporte e começo a caminhar em direção à casa, sentindo o calor intenso queimando minha pele. Arranco a gravata do pescoço, que parece sufocar ainda mais com esse calor infernal. Esse clima está insuportável, resmungo, acelerando os passos. No meio do caminho, cruzo com Ava.

Ela para ao me ver e apoia o braço no meu ombro, soltando um suspiro.

── Que calor, hein? ── comenta, com um sorriso divertido.

── Insuportável... como certas pessoas. ── resmungo com desdém, sem olhar diretamente para ela.

── Ela solta uma leve gargalhada. ── “Certas pessoas," traduzindo: Dylan. ── responde, brincando.

── Não citei nome algum. ── rebato, ainda desviando o olhar.

Ava bagunça meu cabelo e dá um sorriso antes de entrarmos em casa. Vou direto para o meu quarto, jogo a pasta na cama e começo a me despir. Meu estômago ronca alto, me lembrando que ainda não comi. Será que como primeiro ou tomo banho? penso, enquanto meu estômago parece protestar novamente.

Decido tomar um banho rápido e, assim que termino, corro para a cozinha.

── Alguém está com muita fome. ── comenta Ava, enquanto arruma os pratos na pequena sala de jantar.

── Muita mesmo. ── confirmo, e quase em resposta, meu estômago volta a roncar, ainda mais alto.

── Ava gargalha. ── Percebi.
Nesse momento, Allan entra pela casa e passa por nós.

── Boa tarde, Allan. ── Ava o cumprimenta, com um toque de deboche.

── Sempre tão receptiva. ── ele rebate, com um tom cínico.

── Boa tarde, mano. ── cumprimento-o com um sorriso e corro até ele, dando-lhe um abraço apertado.

Ele me recebe de braços abertos e me dá um beijo na testa.

── Boa tarde, minha princesa.

Dou um sorriso alegre, mas logo sinto o ar quente saindo da boca de Allan contra meu rosto. Respiro fundo, tentando identificar o cheiro – é uma mistura de menta e algo mais... algo que prefiro não acreditar, mas parece álcool.

Afasto-me e franzo o rosto.
── Mano, ── digo, firme.

── Diga, Ísis.

── Você está me escondendo algo? ── indago, semicerrando os olhos.

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