𝙎𝙩𝙧𝙤𝙣𝙜𝙚𝙧 - 𝓡𝓱𝓪𝓮𝓷𝔂𝓻𝓪 𝓐𝓷𝓭 𝓗𝓪𝓻𝔀𝓲𝓷

Visenya Strong

Se tinha uma coisa que Visenya Strong queria muito, era ganhar uma irmãzinha.

Ela amava seus irmãos, obviamente, mas três meninos davam muito em seus nervos. Ela queria uma bonequinha para fazer companhia.

E então, finalmente sua mãe deu à luz Aemma Strong.

–Que coisa mais fofucha! -ela diz, olhando a bebê adormecida com a boquinha aberta, enrolada em uma manta rosa, um tufo de cabelo castanho  saindo pelo lado.

A família paparicava bastante o novo bebê.

Ela nasceu no mesmo dia em que Aegon II e sua esposa Lannister anunciaram o nascimento de gêmeos, Jaehaerys e Jaemond. Aemond e sua esposa Baratheon também estavam esperando um filho e Daeron se casou também.

Rhaenyra sabia que todas essas gravidezes resultariam em meninos, sem exceção.

Ela acabou contando para o marido e os filhos que as Quatorze Chamas aceitaram sua oração e nenhum homem Targaryen poderá ser pai de uma menina.

Visenya se assusta um pouco com a ideia.

–Isso significa que as únicas mulheres com sangue de dragão serão as nossas descendentes? -pergunta para a mãe.

–Sim.

Visenya se sente um pouco mal com isso.

–E se tentarem algo com uma filha ou neta nossa?

–Nós negamos. -fala Rhaenyra, em um tom decisivo -Não devemos nada a essa família.

Otto Hightower não sabe, mas causou o fim da própria família. Com sua gana de poder, além das suas parentes virarem prostitutas de bordel, os homens da família tomaram sem saber um veneno que destruiu sua fertilidade, vindo direto de Essos pela mão de Aenyssa. Os Hightowers não passam dessa geração.

Visenya achava maravilhoso a vingança contra a família que queria exterminá-los e tomar o seu lugar. E melhor ainda, com a ajuda da neta e do irmão da mulher que eles prejudicaram.

Falando em Aenyssa, ela tinha uma novidade, contada dias depois do nascimento de Aemma.

–Logo haverá outro bebê. Jacaerys e eu teremos nosso primogênito.

O jeito foi a família fazer uma festa para comemorar a dupla alegria.

Nesta festa, Visenya sentiu seu coração disparar loucamente primeira vez... Quando viu Cregan Stark, o Lord de Winterfell e Protetor do Norte.

É claro que sua mãe percebeu.

Harwin por sua vez, ficou com um pouquinho de ciúmes.

–Ei lobinho, vai farejar filha dos outros para lá; vai. -ele fala, cutucando em Cregan.

O tempo se passa e Cregan e Visenya trocam cartas um com o outro.

Rhaenyra apenas diz:

–Se é o que você quer, meu filhote, eu apoiarei sua felicidade. Eu sei melhor do que ninguém que um dragão quando cresce baterá as asas para voar e escolher seu próprio destino.

E Visenya escolhe casar com Cregan.

Embora tristes por se despedirem dela, Visenya e sua família prometem que sempre se visitarão com seus dragões, o que é um método de locomoção bem rápido.

E realmente, quando nasce a primeira filha de Aenyssa e Jacaerys, Saerys, Visenya rapidamente monta em seu dragão para visitar sua sobrinha.

O relacionamento de Cregan e Visenya foi de uma adaptação complicada no começo. Se acostumar com os defeitos e manias um do outro não foi fácil. E os nortenhos precisavam aprender a confiar na sua nova Lady Stark.

Conversando sobre a herança, Cregan e Visenya percebem uma coisa.

–Eu ainda estou sujeito a Corôa mas nossos descendentes não estarão?

–Exatamente. Ninguém da linhagem de Rhaenyra Targaryen está sujeito ao Trono De Ferro, como decreto para compensar a perda da minha mãe em sua posição de herdeira.

–Agora aquele bêbado inútil ficou com a posição e eu não sei se rio ou choro. -confessa Cregan.

–Talvez o reino precise disso. Talvez o reino precise de um estrago como esse, para parar de maltratar suas princesas.

Visenya sente um pouco de vontade de rir ao pensar que eles nunca mais poderão usar princesas como éguas de procriação. Mas ela se pergunta o que será do reino com tantos príncipes nascidos para tomar tudo para si e nenhuma princesa para ser explorada.

E o tempo passa. E muitos meninos nascem. E as meninas da família de Rhaenyra começam a ser visadas.