Depois de ver o que será do futuro de sua família, Rhaenyra resolve se concentrar no que realmente é precioso para ela.
Os homens a sua volta falharam com ela, menos um: Harwin Strong.
E Rhaenyra está decidida a não deixar nada e nem ninguém atrapal...
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A filha caçula de Rhaenyra e Harwin era aquela que a mãe não previu.
–Não sei o que será de você, minha querida, mas acho que seu destino será grandioso. -diz Rhaenyra para ela.
Quando ela cresceu, começou a receber vários pedidos de casamento.
Harwin pegou a maioria e jogou no fogo da lareira junto com a lenha. Em parte era ciúme, em parte era o fato da maioria vir da família de Otto Hightower.
–Porque vocês chamam de família de Otto? Não seria a família de Viserys, pai da mamãe?
–Oh não. É de Otto. -fala Harwin, cheio de desprezo só de pensar nele -O seu avô é um bundão covarde, isso sim.
Infelizmente, uma vez Aemma acabou sendo avistada de relance, voando em seu dragão, por alguns filhos de Aemond Targaryen, que ficaram obcecados com a ideia de casar com ela desde então. Seus pais simplesmente recusaram e mandaram os meninos irem a merda. Aemond ficou furioso, mas Rhaenyra ameaçou usar os filhos dele como mordedor dos filhotes de Syrax se não os deixassem em paz.
Aemma aos poucos descobre a história de tudo o que aconteceu na sua família e dá toda a razão para a sua mãe. Ainda bem que ela saiu de perto daquelas pessoas horríveis e tóxicas. Sua vida perto deles seria um desastre.
Quando Aemma pensa em sua mãe, ela pensa em fogo ardente, em amor pela vida. Ela odiaria ver o que aconteceria com sua mãe, que brilhava como se fosse um sol próprio, sendo apagada e sufocada por deveres dentro de uma côrte que nunca lhe daria uma chance de mostrar quão boa ela poderia ser.
Era opinião que todos os seus irmãos e sobrinhos compartilhavam.
–Dizem que o amor é a morte do dever, e o dever é a morte do amor. Mas eu digo, o que é dever perto de poder ter cada um de vocês? -fala Rhaenyra para a sua família.
Aemma fica feliz por eles estarem longe da confusão criada por seu avô tolo.
–Você soube? Há uma controvérsia na sucessão da Casa Hightower. Daeron foi escolhido como herdeiro, mas Aemond acha que como é o segundo filho, tem mais direitos do que Daeron.
–Mas Daeron diferente dele tem uma esposa da Campina e conviveu anos com seus parentes Hightowers.
–É aquela velha hipocrisia. O rei tem que seguir a tradição, mas eles podem fazer o que quiser.
–Não é como se a Torralta tivesse recuperado o dinheiro que perdeu naquele ataque.
–Bem, para quem não tem herança, qualquer coisa é lucro.
Os príncipes turbulentos já estavam em uma idade de causar problemas. Só um trono, mas uma fila enorme de herdeiros.
–Dois a menos desse alguns dias atrás. -comenta Aemma, dando de ombros.
Os filhos gêmeos de Aegon tinham morrido misteriosamente. Mas tudo bem, Aegon tinha mais nove meninos para o suceder. Só restava saber se o assassinato cometido foi obra de seus irmãos mais novos ou seus primos.
Aemma viu quando sua mãe balançou a cabeça quando soube da notícia.
–Ah, Alicent. Foi para isso que você me traiu? -ela pergunta para si mesma, em voz baixa.
Mas se tem uma coisa que Aemma aprendeu com a história da Casa Targaryen, é que era questão de tempo até matarem uns aos outros. Muito poder, muita arrogância e pouco bom senso estava no sangue.
Ela também ri quando descobre que seu tio, o frágil e rabugento Vaegon, ferrou com os Hightowers, a Fé e a Cidadela de dentro para fora. E ninguém suspeitou dele.
Vaegon decidiu chamá-la, pois sua vingança foi para a próxima etapa.
O sorridente Vaegon tinha Mellos amarrado a uma cama, o homem queimava de febre e estava amarelado.
–Oh, querida, veja só. O homem que abriu sua avó também precisa ser aberto. Está com uma infecção no fígado.
Vaegon passa o bisturi para ela.
–Quem melhor que a homônima de minha inocente sobrinha?
Mellos fica aterrorizado.
–Não! Por favor não!
–Quando minha avó gritou, foi imobilizada e segurada e teve sua barriga rasgada, ela implorou também, não foi? Quando você deu chás abortivos para ela perder seus bebês, você teve pena? Quando você a cortou do jeito errado sabendo que Baelon poderia ter chances de viver e o deixou em sofrimento fora da barriga da mãe você se importou? Covarde de merda!
Ela pega a faca.
–Você realmente acha que ninguém olharia o corpo e ficaria horrorizado pela posição do corte? Me disseram tudo, você cortou na parte errada da barriga dela de propósito!
Aemma ri, com o fino bisturi na mão.
–Não se preocupe. Eu vou ser bem lenta, para a sua incisão ser perfeita.
Mellos guinchou de dor enquanto era lentamente aberto na barriga.
Vaegon assistia com satisfação.
–Você tem uma ótima mão para a precisão, querida.
Mellos morre gritando, com a barriga sendo aberta sob o pretexto de ver seu fígado doente.
Vaegon põe a mão em seu ombro.
–O idiota não percebeu que era um veneno. Achou que sairia impune.
Aemma sorri.
–Nós vingaremos nossas ancestrais mortas por esses vermes!
