Acordei um pouco mais tarde do que de costume e enquanto descia estranhei uma movimentação incomum na casa. Faziam algumas -longas- semanas desde que me mudei para cá. Normalmente nunca havia ninguém aqui, exceto eu, Bertha e Carter que estranhamente não veio me receber com seus pulos como todas as manhãs. Ao me aproximar da sala pude ouvir uma voz conhecida e sem pensar muito corri na direção dele, pulando imediatamente em seus braços.- Papai! - Exclamei o sentindo me apertar enquanto eu cerrava os olhos.
Nossa saudade era mútua e a sensação de estar em casa dentro daquele abraço me fazia querer não sair dele nem tão cedo. Um leve pigarreio me tirou do transe de conforto em que eu me encontrava e enquanto abria lentamente os olhos pude ver Kaulitz que estava encostado na grande mesa em seu escritório, o homem observava a cena com seus braços cruzados e uma expressão séria em seu rosto. Só então passou pela minha cabeça que provavelmente meu pai havia vindo sem avisar e o homem que ainda mantinha seus olhos fixados em mim não devia estar feliz com aquela visita. Me afastei de meu pai, percebendo que eu ainda usava uma camisola de seda fina que estava coberta apenas por um robe do mesmo tecido, fazendo com que os olhos de Kaulitz me fitassem de cima a baixo. Me senti envergonhada e cruzei os braços ao redor de meu corpo enquanto baixava meu olhar.
- Bom dia, querida! - Olhei para Kaulitz, completamente surpresa com sua fala e mais ainda ao vê-lo fazer sinal para que eu fosse até ele.
- Bom dia. - Respondi com a voz falha, indo até o homem que me desconcertou quando segurou minha cintura firmemente, me puxando para mais perto e depositando um leve selinho no topo de minha cabeça.
- Vejo que perdeu a hora, senhorita. - Meu pai disse, nos observando. - Ah, que falha a minha. Vejo que perdeu a hora SENHORA. - Corrigiu sua frase, orgulhosamente dando ênfase ao "senhora".
- Bem, é que... - Comecei a falar pausadamente, gaguejando enquanto pensava no que diria a seguir, não conseguindo me concentrar em nada enquanto sentia Kaulitz pressionando seus dedos em minha cintura.
- Estava dormindo de maneira tão angelical que não quis acordá-la. - Respondeu o homem ao meu lado, me fazendo olhar para ele rapidamente.
- Oh, não sabe como meu coração se alegra em vê-los tão felizes, mal posso esperar para ver os rostinhos dos meus netos correndo pela casa. - Meu pai disse entre sorrisos que foram acompanhados por Kaulitz eu apenas suspirei, forçando um sorriso sem mostrar os dentes. - Então está certo, não quero tomar mais o tempo de vocês, meus filhos. Como sua mãe diz: deixemos os recém casados em paz, o pós casamento é um dos momentos mais agitados na vida de um casal. - Meu pai disse, olhando para Kaulitz com uma expressão que não consegui decifrar em seu rosto.
- Bem, não quero desrespeita-lo, mas minha sogra tem toda razão. - Kaulitz respondeu e os dois novamente deram risadas maliciosas e só então entendi do que se tratava, olhando mais uma vez para o homem ao meu lado, pensando em como ele era bom em sustentar todas essas mentiras ridículas.
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𝗛𝗢𝗪 𝗙𝗔𝗥 𝗗𝗢𝗘𝗦 𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗔𝗥𝗞 𝗚𝗢? | TOM KAULITZ
FanficAté onde você iria pela lealdade ao legado da família? Quando duas famílias poderosas decidem se unir e usam seus filhos como moeda de barganha, a vida que eles conhecem parece desaparecer diante dos seus olhos. Amy, a princesa valiosa da casa de s...