VIII

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Capítulo 8

ENCONTROS E DESENCONTROS

Daphne's POV

Faziam quase duas horas desde que Sarah saiu de casa para comprar alguns ingredientes para minha mãe cozinhar o jantar dessa noite. Falamos exatamente o caminho, que não era muito difícil, para chegar ao mercado.

Mas, pelo visto, ela conseguiu se perder. Meus pais falaram para eu ir procurá-la e, se não à encontrasse, ligasse imediatamente para a polícia. Fiquei com medo, se aquela garota sumir, vou perder a melhor amizade que tenho e também minha prima.

Saí correndo, procurando por ela. Fui até o mercado, perguntei para outras pessoas, e nada. Começou a escurecer, decidi dar mais uma volta, ela provavelmente virou na rua errada, aquela débil mental me paga.

Não aguentava mais andar, estava ficando exausta e sem esperanças. Mal conseguia sentir minhas pernas, que estavam bambas depois de tanto caminhar em busca de Sarah. Espero que ela esteja bem.

De repente, vejo alguém pedalando em alta velociadade, e esse alguém estava vindo na minha direção, estava perto demais. Apenas fechei os olhos, esperando o impacto brutal que a bicicleta faria em mim e, depois, a colisão que eu teria com o asfalto no momento em que caísse. Porém, por sorte, o ciclista freou a tempo.
Abri os olhos, e vi ninguém mais, ninguém menos, que Frederick. Ele me examinava, ofegante, com aquele velho par de olhos esverdeados.

Realmente, esse garoto era um tremendo de um gato.

- Daphne.

- Oi. - dei um meio sorriso. - Que susto!

- Tudo bem? - ele desceu da bicicleta e parou de pé na minha frente.

- Sim.

- Você tá suada pra caralho! Tava correndo?

- Tava, a Sarah sumiu.

- Sumiu? - balancei a cabeça em concordância. - O Mike também. Fui na casa dele, tentei pular a janela do quarto, mas vi que ele não tava lá. Tô procurando por ele.

- Pelo visto minha prima não foi a única que desapareceu.

- Sobe na garupa, eu te ajudo a procurar por ela.

- Não precisa!

- Você vem ou não? - num piscar de olhos, ele já estava montado na bicicleta.

- Okay, okay. - subi na garupa.

- Tudo certo aí atrás?

- Sim, senhor. - ele riu.

- Então, vamos.

Antes que ele começasse a pedalar, me segurei nele, abraçando sua cintura. Percebi que ele pareceu gostar daquilo. Safado. Dei uma risada anasalada enquanto sentia o vento bater no meu rosto.

Rodamos Hurricane de cima a baixo e não encontramos a Sarah. Fiquei com o coração apertado. Eu devia ter ido com ela ao invés de ter entrado no banheiro para lavar o cabelo. É culpa minha. Agora, ela havia sumido! E se fizerem algo com ela? E se a machucarem?

"      WELCOME TO HURRICANE!     "    -  FNaFOnde histórias criam vida. Descubra agora