"Mas sei que é tão fácil
Foi fácil perder a hora com você
Cabelo bagunçado
Você do meu lado
Dois corpos desenhados pra não desgrudar"
Quando se trata de expressão, geralmente, palavras são usadas com tal finalidade, entretanto, nem sempre elas são as que dizem mais. Gestos, toques, olhares são capazes de colocar para fora qualquer sentimento que esteja queimando por dentro.
O amor, com sua singularidade, pode ser considerado o sentimento que não é proferido, mas, em silêncio, é dito de outras formas.
Kara nunca disse a Lena que a ama.
Lena nunca disse a Kara que a ama.
E não era preciso.
Kara tinha em sua mente tudo o que a impedia de ter o seu momento mais íntimo com Lena, e não faria absolutamente nada que não fosse consentido por ela. Quando, dentro do carro, a morena emitiu aquelas palavras com a voz carregada de desejo, seu controle foi findado. Tinha o consentimento, tinha o desejo mútuo, tinha absolutamente tudo para abrirem o jogo da maneira que esperavam.
Cada movimento feito gritava o que nunca havia sequer saído de suas bocas.
Devido às circunstâncias, Kara, que estava totalmente segura de si para quando a hora chegasse, podia sentir um resquício de receio. Havia até pensado em hesitar quando se lembrou de que a qualquer momento Lena poderia sentir repulsa do que estavam prestes a fazer, porém, qualquer sentimento ligado a desistência esvaiu-se quando, já em seu quarto, enquanto suas mãos seguravam o corpo de Lena junto ao seu, a morena passou a desabotoar com maestria botão por botão da sua blusa, sem cessar o beijo. Beijo esse que trazia consigo a demonstração do quanto se desejavam.
Lena deslizou suas mãos pelos ombros de Kara para que sua blusa caísse, e assim que o fez, sentiu seu próprio vestido soltar-se do seu corpo vagarosamente quando a destra da loira descia abrindo o zíper lateral.
Kara desfez o contato de seus lábios para que pudesse distribuir beijos pelo pescoço da morena, e conforme suas mãos puxavam as alças para os braços, sua boca parou em seu ombro. O vestido caiu aos pés de Lena, ao lado dos sapatos de ambas que haviam sido retirados às pressas assim que fecharam a porta do quarto.
Lena conteu um sorriso quando Kara, ao se afastar, lhe deu um olhar que poderia jurar que leria sua alma.
- Você tem certeza que... - Lena selou seus lábio aos dela de novo, dessa vez em um selinho rápido, apenas para lhe calar, e se afastou, sem sair de cima de suas pernas.
- Eu confio em você.
Segurando uma de suas mãos, Kara a guiou até a cama e a fez sentar-se na beirada, e sob um olhar de completo fascínio - coisa que nunca acabava para nenhuma das duas quando se tratava da outra -, retirou sua calça, essa que Lena já havia feito questão de abrir também, no meio do corredor onde haviam ficado os casacos de ambas.
Lena sentiu seu coração acelerar ainda mais quando subiu o olhar pelo corpo de Kara e seus olhos se encontraram. Não precisava vê-la para saber o quão linda era, mas a concretização havia causado um efeito maior do que esperava.
Sem dizer uma palavra sequer, Kara a beijou antes que desse o maior sorriso que poderia dar ao notar o olhar da outra sobre si. Suas mãos percorriam seus corpos buscando tomar conhecimento de cada canto da outra com urgência.
Kara dobrou uma perna de cada lado das de Lena assim que ela parou no meio da cama. Encontrou o fecho do sutiã em suas costas e o abriu sem qualquer dificuldade. Lena tirou as mãos da cintura de Kara para que seu sutiã fosse tirado por completo.
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As Folhas do Outono (SuperCorp)
FanficNuma noite de outono, após sofrer um acidente, Lena Luthor, que carrega um nome um tanto quanto conhecido no mundo da moda em Nova York, fica sob os cuidados da médica Kara Danvers. Os cuidados tendem a se estender para fora do hospital, de uma form...