Sol e chuva

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Durante muito tempo pensei que o problema era eu;

Por nunca ter encontrado alguém que me decifre;

Ou que nunca entendeu;

Por ser tão intensa e me derramar com facilidade;

De repente sou sol outrora sou chuva na cidade.

Dias de sol fazem parte da vida;

Mas os dias  de chuva também vem;

Não podes amar somente o sol;

Tem que está pronto para se molhar também.

Os que só queriam dias de sol;

Foram os primeiros a me abandonar;

E quando os ventos aumentam,

a terra fica molhada e as nuvens pesam;

Tu irás ficar?

Não posso ser sempre sol;

Porque assim poderia te queimar;

Nem sempre estou quente;

Feliz e brilhando a iluminar.

Confesso que sou mais chuva;

Úmida, outrora silenciosa e serena;

Às vezes tempestade;

Às vezes uma chuvinha pequena;

Sou tão inconstante que não cabe nesse poema.

Tu queres apenas o sol por conta da sua beleza?

Por que não aprecia

a essência da chuva em toda a sua natureza?

Se derramar por inteira,

desmanchar sua grandeza

Cair e refrescar

Virar rio ou virar mar

Tu consegues me decifrar?

Eu sou sol e chuva.


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