Villain (Descendentes)

Aulas

F.M: Se alguém te entrega um bebê chorando, você... A, Xinga. B, Tranca numa torre. C, Dá a mamadeira. Ou D, Arranca seu coração. - Nesse momento, estamos tendo essa aula chata de Bondade Curativa. A Evie logo levanta a sua mão e a fada madrinha pareceu ficar animada. - Evie.

Evie: Qual era a segunda mesmo? - Eu e a Mal nos viramos para ela, mas eu apenas ri enquanto a de roxo continuou seu desenho da varinha mágica.

F.M: Hum... Tudo bem. Mais alguém. - Ela olhou para nós cinco antes de olhar para mim. - Senka.

Eu: C, dá a mamadeira. - Falo simples lixando as minhas unhas.

F.M: Correta, de novo. - Ela diz parecendo bem feliz de ter pelo menos uma aluna acertando.

Carlos: Você arrasa, hein felina? - Eu apenas os olho arqueando uma sobrancelha para eles.

Mal: Ela só escolhe a que não tem a menor graça. - Aponto pra ela mostrando que essa era a minha tática e todos pareceram entender.

Evie: Faz todo o sentido. - Eu assopro as minhas garras vendo que elas estão bem afiadas e vimos uma menina entrando assustada na sala.

F.M: Oi, minha querida. - Ela diz com um tom bem gentil e suave.

XXX: Oi. Tem que nos dispensar antes pra coroação. - Ela diz nos olhando atenta com medo de nós e eu apenas me inclino na mesa com um sorriso de lado.

F.M: Todos aqui se lembram da minha filha, Jane. - A mais velha diz enquanto assinava o que estava na prancheta.

Jane: Mãe, não.

F.M: Tudo bem. Jane, esta é a turma. - Ela diz a empurrando para perto de nós como se incentivasse uma criança.

Jane: Oi... - Ela diz nervosa e tremendo então eu resolvi brincar um pouco.

Eu: Oi Jane, não precisa ter medo, nós não mordemos... Com força. - Falo brincando com ela lhe fazendo uma mordidinha que a deixou meio assustada, mas os meus amigos riram. - Se acalme, dá pra sentir seu medo daqui.

Vejo a Jane me olhar com uma sobrancelha arqueada e eu aponto para o meu nariz mostrando que eu conseguia, literalmente, sentir o cheiro de medo. Ela logo pareceu se assustar ainda mais e saiu da sala quase correndo.

F.M: Vamos continuar com isso? - Ela diz chamando nossa atenção e foi para perto do quadro novamente. - Se você achar um frasco de veneno, você... A, Coloca no vinho do rei. B, Passa numa maçã. Ou C, Entrega as autoridades competentes.

Dessa vez, todos levantaram as mãos, menos eu e a minha irmã. Olho para os meninos vendo o Jay forçando o braço do Carlos para baixo, eu apenas nego com a cabeça soltando um suspiro ao ver eles fazendo essas brincadeiras, logo a Fada Madrinha escolhe o Jay para responder.

Jay: C, Entrega as autoridades competentes. - Ele diz soltando o braço do Carlos que cruzou eles revoltado.

Carlos: Eu ia dizer isso. - Ele resmunga dando um leve tapa no braço do Jay.

Jay: Own, mas eu disse primeiro. - Ele diz fazendo um biquinho e os dois começaram a brincar subindo na mesa com ambos subindo na mesa. Vejo a minha irmã olhar para mim e resmungo antes de ir até os dois dando um tapa no Jay com a minha cauda e puxo o Carlos para atrás de mim.

Eu: Para com isso, Jay. Sabe que brincar assim com filhotes é covardia. - Falo com o Carlos me abraçando em busca de proteção.

Jay: Ah, você é bem chata as vezes, Senka. - Eu apenas mostro minhas garras para ele que caiu da mesa com o susto.

F.M: Obrigada, Senka. Rapazes, eu vou recomendar que usem toda essa energia lá no campo de jogo. - Ela diz antes de ambos voltarem a se sentar.

Carlos: Ah não, tudo bem. - Ele diz antes de empurrar levemente o Jay. - Seja lá o que for, estamos fora.

Após essa fala, os meninos foram ter aula de Educação Física, enquanto eu e as meninas fomos aos nossos armários pegar os materiais para a próxima aula. A Evie tinha pego os materiais dela e eu também tinha, mas fiquei um pouco mais pra conversar com a Mal.

Eu: Você vai usar aquela garota, não vai? - Pergunto vendo o que ela procurava no livro de feitiços da Malévola.

Mal: Você me conhece, eu tenho um plano perfeito para ter o que queremos. Quando tudo acabar... Seremos as Donas do Mundo. - Ela diz colocando a mão no meu ombro e eu apenas a olho negando com a cabeça.

Eu: Não... Você e a Malévola serão... Eu sou a filha de Scar, se lembra? - Falo retirando sua mão do meu ombro e a relembrando do dia em que fui rejeitada pela Malévola, o dia em que a Mal foi escolhida para seguir seu legado. - Siga sua mãe como um cachorrinho. Eu vou ser a leoa que meu pai criou.

Mal: Sen... - Eu apenas me viro e me afasto com raiva da Mal ser tão cega, mas eu não podia a culpar por completo já que ela passou a vida toda tentando chamar a atenção daquela mulher enquanto eu tinha toda a atenção que eu queria com o meu pai.

Vou andando para a próxima aula e quando eu cheguei vi o Kion sentado com alguns garotos. Resolvi não falar com ele, pois assim como os outros, deve me evitar achando que sou igual ao meu pai, o que, na verdade, é um belo elogio pra mim, pois antes do veneno o corromper ele era um verdadeiro leão leal ao ciclo da vida.

Kion: Oi Senka. Parece que teremos aula juntos, né? - Eu levanto meu rosto disfarçando a surpresa dele ter vindo falar comigo.

Eu: Parece que sim. - Digo antes de virar meu rosto vendo os meninos que falavam com ele, parecendo bravos. - Seus amigos não gostaram de ver você falando comigo.

Kion: Eles vão superar ao ver como você é legal. Ei, tá livre depois da aula? - Eu arqueio a sobrancelha com essa pergunta.

Eu: Talvez, depende do motivo de querer saber. - Falo me inclinando levemente pra perto dele em forma de desafio.

Kion: Queria te mostrar a área onde é permitido tomarmos as nossas verdadeiras formas. Topa? - Ele pergunta parecendo meio animado e eu sorri de lado sentindo que seria uma boa chance para saber como é o reino do Simba.

Eu: Tô dentro. É permitido caçar? - Pergunto curiosa e de certa forma ansiosa, pois precisava treinar caça todos os dias para não perder o jeito.

Kion: Somente animais comuns, não pode ser nenhum que tome a forma humana. - Eu aceno com a cabeça sabendo bem diferenciar o cheiro de um transmorfo e o cheiro de um animal comum.

Eu: Está bem, vamos ver se o principezinho sabe caçar. - Falo de forma desafiadora para ele.

Kion: Eu te vejo lá. - Ele apenas diz isso antes do professor chegar e ele voltar ao seu devido lugar.