──── ✶ 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒖 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒐 ' 🎨
Mok Dan-bi nunca soube o porquê de ser abandonada, quando a garota era mais nova, ela dizia a si mesma que seus pais fizeram isso para o seu bem, seu pai adotivo era o melhor pais de todos e ela tinha...
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um. família por escolha !
2001, INVERNO!
Os olhos da pequena garota dobraram de tamanho quando ela viu a porta do restaurante abrir. Mok Dan-bi estava sentada nas escadas com desenhos de flores a algumas horas, paciente e obediente como ela sempre foi durante os seus cinco anos de vida. Seus pais disseram que estavam de volta depois de alguns minutos, Dan-bi lembrava de ver os olhos tristes da sua progenitora quando ela deixou a pequena mala de mão e arrumou o gorro com orelhas de gatinho sobre a sua cabeça.
Seu pai soltou um suspiro, ele sempre era impaciente. Dan-bi assistiu o homem agarrar a mão da sua mãe e puxar escada abaixo, sumindo da vista da pequena garotinha. "Eles vão voltar" ela pensou, paciente. Mas o homem em sua frente a surpreendeu e ela se afastou levemente para trás.
Yoon Jung-jae uniu as sobrancelhas ao ver a pequena figura em sua frente, uma garotinha tão nova quanto a sua filha. O homem colocou as mãos na cintura e olhou de um lado para o outro "onde estão os pais dela?" se perguntou, sentindo seu instinto protetor aflorar na mesma hora.
— Olá, pequena. Jung-jae se agachou, tomando cuidado para não assustá-la ainda mais — Você vai entrar no restaurante? Onde estão os seus pais?
— A mamãe... ela pediu para eu esperar.
Respondeu Dan-bi, torcendo os dedos na sua saia cor de rosa. Os olhos de Jung-jae notaram a mala ao lado da pequena e ele ofegou, "deus, ela foi abandonada". Yoon Jung-jae sentiu um misto de tristeza e raiva o invadir, como alguém tinha coragem de abandonar aquela adorável criança aquela hora da noite? Seja lá quem for, não merecia o título de mãe ou pai.
Jung-jae ficou de pé, se esforçando para dar o seu melhor sorriso à pequenina.
— Você quer entrar, querida? Tem sopa de macarrão quentinha aqui. Ele disse gentilmente, apontando para o seu restaurante. — Você pode esperar seus pais aqui dentro, que tal?
Dan-bi mordeu as bochechas e abaixou a cabeça, encarando seu tênis.
— Não posso seguir estranhos.
Yoon Jung-jae sorriu, meio aliviado. Aquela garotinha era esperta.
— Sim, você está certa. Mas pode confiar em mim, eu não quero que você fique com frio — Jung-jae se abaixou novamente — A minha filha está lá dentro, não quer brincar com ela um pouquinho?
"Brincar?" Os olhos de Mok Dan-bi brilharam, a última vez que ela esteve em uma creche fazia tanto tempo que ela estava começando a esquecer como escrever o seu próprio nome. Brincar parecia divertido, e aquele senhor tinha um sorriso caloroso, sua voz passava uma confiança que ela nunca sentiu com seu pai.
