──── ✶ 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒖 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒐 ' 🎨
Mok Dan-bi nunca soube o porquê de ser abandonada, quando a garota era mais nova, ela dizia a si mesma que seus pais fizeram isso para o seu bem, seu pai adotivo era o melhor pais de todos e ela tinha...
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dois. quarteto especial !
2013, OUTONO!
— Danbi-ah, você vai se atrasar para a aula!
A voz do lado de fora do quarto escuro e gelado pertencia ao seu pai, Yoon Jung-jae. Mok Dan-bi sentou na cama de uma só vez, olhando em volta e notando que a outra cama de solteiro no fundo do quarto —pertencente a Ju-won — estava vazia.
— Droga!
Disparou desesperada, levantando da cama e caçando seu uniforme no cabide. A saia xadrez, a camisa social branca e o blazer verde estavam perfeitamente lavados e ela agradeceu seu pai por isso. Dan-bi trocou o pijama rapidamente pelo o uniforme, o novo semestre estava começando e mesmo que ela ainda estivesse no primeiro ano do ensino médio, a garota se esforçava para ter a ficha estudantil limpa.
Dan-bi saiu do seu quarto as pressas usando apenas meias coloridas, a garota correu até o seu all-star branco com desenhos — feitos pela mesma — e sentou no chão para calça-los.
— Ya, Ju-won! Por que não me chamou? — perguntou a Mok, olhando para a irmã em frente ao espelho travando uma batalha com a gravata do uniforme.
— Eu tentei, mas você dorme como uma pedra, Bibi. Ju-won retrucou.
A porta da frente se abriu e Kang Hae-jun entrou no campo de visão de Dan-bi. Às vezes ela se perguntava como era possível alguém crescer tanto, Hae-jun costumava ser o mais baixo do quarteto quando todos eram crianças, mas quando o garoto começou a praticar esportes, sua gordura de bebê sumiu completamente e seus consideráveis 1,80 de altura colocavam os 1,60 de Dan-bi no chinelo.
Mas o Kang não era o único, Dan-bi tinha tido suas mudanças notáveis, as bochechas cheias desapareceram depois dos doze anos e os seus cabelos agora estavam batendo pouca coisa acima do seu ombro, Dan-bi também ganhou mais sardinhas no rosto, mas elas eram visíveis apenas se alguém a notasse por muito tempo.
— Pai, o tofu! — declarou o menino, entregando a sacola plástica ao homem.
Jung-jae abriu um de seus sorrisos calorosos e gentis pegando a sacola e voltando à cozinha.
Hae-jun olhou para a garota amarrando os cadarços e soltou uma risada ao se agachar para ficar na altura dela.
— Perdeu a hora?
— Sim, mesmo com os alarmes. Dan-bi fez uma careta.
Hae-jun esticou os seus dedos e limpou os resquícios de tinta que estava no pescoço da Mok. Dan-bi agradeceu com um sorriso e Hae-jun concordou, ficando de pé outra vez. O garoto agarrou um pedaço de madeira e começou a bater no teto, avisando o restante da família que o café da manhã estava pronto.
