Cap. 7: Revelações e Tensões

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𓂃𓂃𓂃𓄹𓄺𓂃𓂃𓂃𓂃𓂃𓂃𓂃𓂃𓂃𓂃𓂃𓂃𓂃𓂃𓂃𓄹𓄺𓂃𓂃𓂃

           ➥ Wang Yibo

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Esta manhã, acordei suavemente, sentindo Zhan mover-se ligeiramente, meio deitado sobre mim, com o rosto aninhado no meu pescoço. A sua mão repousava no meu peito, e eu conseguia sentir o calor da sua respiração regular contra a minha pele. Depois da noite passada, cansados, adormecemos sem sequer pensar em tomar banho, e a necessidade começava a fazer-se notar.

Zhan levantou o rosto gentilmente, ainda sonolento, e olhou para mim antes de murmurar com uma exclamação divertida de horror: « Yibo, meu amor, depressa... um duche! »

Não pude evitar soltar uma gargalhada ao ouvir a sua voz ainda rouca de sono e ver a expressão de desgosto no seu rosto, ao tomar consciência dos nossos corpos pegajosos de suor e amor.

Depois de me levantar, virei-me para ele e, erguendo-o com cuidado, como se descobrisse pela primeira vez o peso do seu corpo, abracei-o com ternura e levei-o até à casa de banho. O chão frio sob os meus pés descalços fez-me arrepiar, mas, ao sentir já o sorriso dele no meu pescoço, esqueci o frescor gelado e concentrei-me no seu corpo, que se aconchegava ainda mais contra o meu.

Quando chegámos à casa de banho, coloquei Zhan na borda do lavatório e abri a torneira do duche. A água começou a correr, primeiro fria, depois aquecendo lentamente, criando uma fina névoa que, pouco a pouco, foi enchendo o espaço. Atrai-o para debaixo do jato de água comigo. A água quente deslizou pelos nossos corpos, apagando os vestígios da maravilhosa noite passada, lavando o cansaço e os restos da nossa paixão. Zhan suspirou, fechando os olhos, saboreando o toque calmante.

Peguei no sabonete e comecei a passá-lo suavemente nas suas costas, traçando linhas invisíveis com os meus dedos, desenhando caminhos de espuma branca na sua pele. Sob as minhas carícias, ele olhava-me intensamente, os olhos cheios de doçura e de uma cumplicidade silenciosa. Cada gesto tornava-se um pretexto para nos aproximarmos mais, para prolongarmos o contacto, para apreciarmos essa intimidade nova e deliciosa. Inclinando a cabeça, beijei-lhe os lábios com amor.

« Sabes, és lindo assim... », murmurei-lhe ao ouvido, a minha voz misturando-se quase com o som da água. Zhan corou ligeiramente, mas um sorriso maroto apareceu nos seus lábios, levemente rosados após o doce beijo.

« És tu que me tornas lindo, A-Yi », respondeu ele, a sua voz voltando a ser suave e calma.

Ele pegou no sabonete e, com uma lentidão deliciosa, quase tímida, as suas mãos percorreram o meu peito, explorando cada recanto da minha pele. Parávamos de vez em quando, beijando-nos, rindo, sussurrando, provocando-nos, desfrutando dessa fusão dos nossos dois mundos, onde o simples ato de tomar banho se transformava num gesto de amor.

A água continuava a correr à nossa volta, envolvendo-nos no seu calor reconfortante, apagando tudo o que não éramos nós dois. E, naquele instante suspenso, não havia mais nada além da sensação da sua pele contra a minha, da sua respiração misturada com a minha e da imensidão desse amor que nos unia profundamente.

Depois de longos momentos sob a água quente, de carícias e beijos partilhados, acabámos por sair do duche, os nossos corpos ainda quentes com o vapor que envolvia a casa de banho como um casulo. Zhan arrepiou-se ligeiramente quando o ar mais fresco da divisão nos envolveu, e não pude evitar sorrir ao ver os seus cabelos molhados colados à testa.

« Espera », murmurei suavemente, pegando numa toalha para secar delicadamente os seus cabelos, os meus dedos embrenhando-se na sua cabeleira negra. Ele fechou os olhos, saboreando a carícia, um leve sorriso a desenhar-se nos seus lábios. Cada gesto era uma prova de afeto, uma forma silenciosa de dizer "amo-te".

A ELE, MEU CORAÇÃO     -    Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora