Capítulo 1

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—Querida serpente, você tem certeza de que quer ir para lá? Eu consigo dar aulas particulares para você, meu amor.– Súplica novamente, quase se ajoelhando perante o garoto de olhos verdes.

—Tommy, eu estou de bem com isso. Você sabe muito bem que posso lidar com aquele velho imundo. Então, por favor, apenas se despeça. Eu irei sentir saudades.– Diz com os olhos suplicantes, olhando o homem mais alto a sua frente.

Com um suspiro, Tom sorriu levemente e acenou, desistindo de fazer Hadrian mudar de ideia em voltar aquela escola. Ele se aproximou e abraçou seu garoto, num abraço apertado e aconchegante.

Hadrian suspirou, sentindo o perfume amadeirado e caro do outro e afundou seu rosto do peitoral do mesmo.

Ele iria sentir saudade daquilo, daquele homem, de seu companheiro. Queria que ele pudesse ir junto à ele, mas aquilo, infelizmente, não seria possível, então a triste e inconsolável saudade teria de ser suportada.

Sentiu um carinho em sua cabeça e ele suspirou novamente, sorrindo suavemente e, mesmo não vendo aquele sorriso, Tom sorriu, apertando ainda mais o mesmo em seus braços. Ele apoiou o queixo em sua cabeça, sentindo o cheiro de chocolate, devido o shampoo que o outro usava.

Hadrian estava mais alto, era visível. Não era mais um garoto tão baixo, como antes. Agora, com seu gloriosos 14 anos, ele estava visivelmente mudado.

Seu rosto, antes redondo e jovem, estava mais afinado, mas ainda tinha as bochechas gordas e coradas. Seus lábios continuavam grossos e macios, e estavam ainda mais vermelhos. Seu corpo, que antes era bem delineado, estava ainda mais agora, com suas coxas grossas que eram escondidas pelas calças sociais, sua cintura fina, suas nádegas enormes e avantajadas, igualmente seus quadris.

Hadrian havia o provocado tanto com aqueles quadris. Colocava shorts curtos e, quando não os usava, ficava apenas com uma camisa de botões extremamente fina.

Aquelas tentações inocentes deixavam Tom louco e, para piorar, quando o garoto percebeu, finalmente, o que fazia com seu companheiro, ele não tardou em judiar ainda mais com a sanidade do mesmo.

Passou a usar roupas femininas, o que surpreendeu a todos. Mas, pelo que eles imaginavam, não eram tão afeminadas.

Vez ou outra ele usou saia, outras vezes ele usou shorts jeans, que Tom julgou rapidamente que eram a maior das tentações.

Quando lhe foi perguntado o motivo daquela súbita mudança, Hadrian apenas disse que os ternos não lhe eram tão agradáveis para se usar em casa, então ele optou por usar coisas leves e, para o desgosto da sanidade de Tom, extremamente sexy.

Ele mal podia se segurar quando estava na presença daquelas peças impróprias e que deixavam seus quadris tão perfeitamente delineado. Ainda menos quando o dito jovem se sentava em seu colo, como se o provocasse, tentando fazê-lo chegar ao limite.

Também estava mais gentil e manhoso, o que fazia seu pai ter mini ataques quando ele fazia algo que o deixava corado.

As mudanças, claramente, se deviam ao fato dele está na idade. Estava na puberdade, então as mudanças eram comuns. Mas aquilo não deixava Tom mais calmo, muito pelo contrário. O deixavam ainda mais temeroso.

—Ei, vocês já se despediram?–Disse repentinamente Fred, enquanto carregava seu malão.

—Sim. E vocês?– Hadrian devolve a pergunta, num tom venenoso, pois estava irritado com a ideia de deixar seu companheiro e ir até aquela escola maldita.

—Ah, foi tão triste vê-lo chorar.–Murmura George com um arfar triste. Ele, seu irmão e Damon haviam ficado extremamente próximos e a proximidade mudou o vampiro.

Ele nunca foi tão intimo de alguém quanto era dos gêmeos. Se sentia de bem com isso e nunca foi tão sincero em suas ações. Era gentil, manhoso, carinhoso e, principalmente, pervertido.

Ele já havia se entregado aos gêmeos e, aparentemente, ele gostou muito, já que sentia desejo e excitação constantemente.

Hadrian sentia-se desconfortável sempre que sentia o cheiro, pois passou a achá-lo desagradável.

—Ele irá ficar bem. E vocês sempre podem ir visitá-lo já que sempre quebram as regras.–Os conforta e, quando da a ideia, eles se entre olham e sorriem maroto.

—Devem ir logo. Antes que alguém aqui me reconheça.– Diz Tom, olhando ao redor desconfortável. Ele estava sob o disfarce de Lord Slytherin, que, agora, era o Ministro da Magia, e não queria que ninguém incoveniente lhe visse ali, por isso estavam mais afastado da multidão.

—Está bem.–Murmura Hadrian, suspirando pesadamente. Ele se virou para seu amante e o olhou com pesar.— Sentirei saudade.

—Eu também, minha cobra.–Diz sorrindo pequeno e triste. Despedidas não eram falorisadas por ele, ainda menos quando se tratava de sua serpente.

—Vamos logo.–Exclama os gêmeos irritados pela demora e enjoados pela molosidade do casal apaixonado.

Com um último e rápido abraço em Tom, Hadrian logo subiu no trem, que já estava prestes a sair.

Fred logo pediu seu malão, para que não carregasse tanto peso. Ele e George juraram, colocando em risco sua vida, para Tom que iriam tomar conta dele. E assim estão fazendo.

Andando pelos corredores do trem, que já estava em movimento, eles procuravam por um vagão vazio, de preferência, mas como não acharam, decidiram procurar por Draco.

Andaram por alguns minutos até, finalmente, ouvirem a risada elegante do dito bruxo dos cabelos loiro branco vindo de um vagão. Foram até lá e logo acharam o dito, que, obviamente, tinham sonserinos ali.

Os gêmeos não ligaram muito, pois se estavam com Draco e Hadrian, ficariam bem, afinal, o dito loiro se aproximou dos cabeças de fogo amigavelmente, sendo, agora, agradáveis amigos.

—Bem, vocês...–Parou de falar quando ouviu, de repente, uma suave batida da porta do vagão e, ao olhar para a mesma, viu, pela janela, os olhos esverdeados o fitando. Sorriu e não tardou em convidá-los para entrar.—Entrem.

—Draco?–O chama, confuso e com uma das sombrancelhas erguidas, um dos sonserinos que estavam ali, quando duas cabeças vermelhas entraram e logo se acomodaram ao lado dele.

—Não se preocupem. Esses são meus amigos.–Afirma sorrindo amigável, deixando os outros ainda mais confusos.

—Você? Amigo de um...– O dito sonserino começou a dizer, quando saiu de seu estupor, mas foi interrompido, com rapidez, por Hadrian, que o olhava friamente.

—Cuidado com o que vai dizer, Zabini, ou pode perder a língua.–Ameaça o olhando no fundo das íris negras que logo se arregalaram em choque.

—Como você...?–Tenta perguntar, mas estava sem palavras. Então, com um sorriso amigavelmente sádico, Hadrian logo continuou.

—Acho que não nos conhecemos ainda. Sou Hadrian.

Após suas palavras, o vagão ficou num silêncio absurdo, que só foi cortado por Pansy, que engasgou em sua própria saliva, devido o choque.

Ah, a viajem seria longa.

Continua...

𝕷𝖆𝖉𝖞 𝕯𝖆𝖘 𝕿𝖗𝖊𝖛𝖆𝖘 (2ª Temp.)Onde histórias criam vida. Descubra agora