Capítulo 2

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—Então você descobriu. - Afirma Parkinson, o olhando de cima a baixo com um semblante mascarado. Não tinha nenhuma expressão em seu rosto, mas havia um brilho em seus olhos. Hadrian não conseguia dizer o que era, mas, lendo seus pensamentos, ele logo soube o que era.

—Sim, Parkinson. Você não parece muito feliz, não é? O que foi? – Questiona com um ar de superioridade, a olhando da mesma forma. Tinha um sorriso perverso no rosto, o que desconcertava qualquer um, até mesmo Pansy, que engoliu a seco.

—Não acho que seja algo de tanta importância. Não é?– Afirma Draco, olhando-a de forma repreendedora, que a fez abaixar um pouco o olhar.

—Assim espero.–Diz o de olhos verdes, dando o assunto por encerrado.

O resto do caminho foi um completo silêncio, pois nenhum deles tinha algo a dizer que fosse realmente necessário falar.

Hadrian olhava para os campos e a paisagem distraidamente, mas seus pensamentos estavam voltados totalmente para seu Tom.

Queria saber como ele estava e se estava bem. Se estava com saudades, assim como ele. Suspirou com o pensamento de estar magoando seu companheiro.

Mas, então, logo a imagem dele, sentando em seu escritório e com um sorriso no rosto, lhe veio a mente e ele sorriu também.

Um dia antes, Tom havia feito um feitiço que ele havia achado. O feitiço permitia que, quando pensassem um no outro, eles logo o veriam, em sua mente. Não importava o momento, se eles pensassem um no outro, ao mesmo tempo, eles se veriam, como se um filme passassem em seus pensamentos.

Foi então que Hadrian percebeu algo que fez seu coração derreter numa calda cremosa e quente. Não importava o momento ou o que estivesse acontecendo, se estivesse ocupado ou não, sempre que ele pensava em Tom o via.

Quando Tom revelou a ele que, apenas no momento em que seus pensamentos estivessem conectados, apenas quando pensassem um no outro ao mesmo tempo, eles os veriam, seu coração parecia querer sair por sua boca pelo tanto que batia.

Ficou agarrado nele o dia inteiro, quando percebeu que ele sempre  pensava em si. Não importava o momento, Tom sempre o tinha em mente.

Ele sorriu levemente, enquanto o via escrever distraidamente num pergaminho. Estava ocupado, trabalhando em seu escritório no ministério.

Estava vestido tão lindamente, que fez Hadrian sorrir bobo. Ele amava quando Tom se vestia daquela forma. Estava vestido um terno, caro e chique. Mas estava apenas com o colete, já que o paletó estava sobre a cadeira.

Gostava tanto de vê-lo assim, chique e elegante. Fazia seu rosto esquentar e seu corpo formigar de uma forma agradável.

Sabia que, nesse momento, Tom estava lendo todos os seus pensamentos e sabia que ele estava abafando aqueles que eram impuros. Estavam quase se revelando, então Hadrian decidiu que já estava na hora de parar com aquilo. Não queria que, mais uma vez, Tom visse aqueles pensamentos tão impróprios.

Suspirou, mantendo sua mente e seu coração calmos, pois aquele não era o momento para aquilo.

Abriu os olhos e, ao olhar para o lado, viu os gêmeos tentando disfarçar algo com assobios e desviando o olhar para qualquer outro lugar do vagão, menos para si.

Eles sabiam o que ele estava fazendo, pois foi ele mesmo que disse o que era. Devem estar assim, pois o viram corar e devem ter achado que era algo de natureza imprópria, como sempre.

Suspirou novamente, ignorando eles e suas mentes sujas como um bueiro muggle. Decidiu que precisava esticar um pouco as pernas e respirar ar fresco, já que o local parecia abafado.

𝕷𝖆𝖉𝖞 𝕯𝖆𝖘 𝕿𝖗𝖊𝖛𝖆𝖘 (2ª Temp.)Onde histórias criam vida. Descubra agora